sábado, 27 de fevereiro de 2010

Nisartes - Parte I


Diz-se por ai que este ano não haverá NISARTES?
Será verdade?
Que têm os Filhos de Nisa a dizer sobre isto?
Quem é que os Filhos de Nisa gostavam que viesse aqui actuar?
Que gostariam que fosse evidenciado na Feira?
Não acham que haveria de haver um dia para o Queijo, outro dia para a olaria, outro dia para os bordados, outro dia para a gastronomia, etc...?
Água, pedra, vento, fogo, madeira....!?!?
Pronto! Como gostariam que acontecesse a Nisartes?

Vamos lá a ver se isto não passa só de conversa porque os filhos de Nisa querem Nisartes, nem que para isso nos limitemos a foclore, bandas e dois ou três filhos de Nisa a por música (não esquecendo as gerações mais velhas que já estão saturadas de tanta martelada!)...
Bom Fim-de-semana :)

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

José Megre - "O pai da Baja"


Ontem estive na apresentação do livro " José Megre - como eu vi todos os países do mundo (menos um)" em Lisboa.
José Megre foi o organizador responsável pelo lançamento da Maratona de Portalegre, em 1987, e da Baja Portugal, em 1988, prova que é hoje conhecida como Rali Transibérico, a mais importante competição Europeia da modalidade, integrando a Taça do mundo.
O percurso da prova passa pelo nosso concelho (Tolosa) como todos sabem. Desta forma, muito lhe ficamos a dever pelo facto de atrair ao nosso concelho a multidão que vem participar, bem como, assistir à prova.
Em nome do nosso concelho quero agradecer a José Megre (falecido a 21 de Fevereiro de 2009)por ter escolhido também o concelho de Nisa para fazer parte integrante da prova e desta forma, dar-nos a oportunidade de sermos conhecidos por esse mundo fora.
Mas acrescento que os Filhos de Nisa gostariam que a prova pudesse cada vez mais "estender-se" ao nosso concelho e deixo essa dica para o "Alenterra" e à nossa autarquia...
Tentem através da organização verificar se tal é possivel, pois a Vila de Nisa só tem a beneficiar com isto...
José Megre onde quer que esteja o nosso muito obrigado.
Até sempre.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Os Filhos de Nisa perguntam: ADN


O que é a ADN?
Tem sido fundamental a criação desta associação?
Nisa precisa de uma associação de desenvolvimento?
Afinal qual é a polemica em torno da ADN?

Gostaria que se falasse na ADN em si.
Obrigada!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Diz-se por ai - parte VII


Mandaram-me um mail a pedir um post a expor a seguinte situação aos Filhos de Nisa:
Diz-se que deram entrada a um projecto na Câmara Municipal de Nisa para uma futura construção de habitação mesmo em cima da Nascente da "Fonte Nova" em Nisa. Será verdade?
Nunca foi permitida a construção de absolutamente nada naquela área precisamente porque dali nasce a água que vai jorrar à nossa fonte centenária, a "Fonte Nova"...
Diz-se que se espera a resposta de Lisboa...
Agora perguntamos aos Filhos de Nisa:
Vamos deixar morrer mais uma fonte?!
Ninguém vai fazer absolutamente nada sobre estes "supostos factos"!?
Nós os Filhos de Nisa temos o dever de averiguar a veracidade desta situação.
Se isto não é verdade porque razão já se lá encontra uma grua?!
Se for verdade...VIVA A REBALDARIA!!!

Convocam-se todos os filhos de Nisa- I

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Nisa - Situação económica em que nos encontramos II. Declaração da Drª Fernanda Policarpo


O Artigo está na intrega em :

http://jornaldenisa.blogspot.com/

"...
a) - Votar contra, seria uma opção de terra queimada de “quanto pior, melhor”! Seria bloquear o pagamento, com atrasos já bastante significativos, a centenas de empresas, de empresários e de comerciantes em geral por fornecimento de bens ou de serviços prestados ao Município; Seria alimentar uma situação já de si bastante difícil, inviabilizando o acesso a fundos comunitários e previstos no financiamento de diversas obras em curso; Seria criar condições para inviabilizar o Município de recorrer a novos créditos por excesso de endividamento com consequências nas receitas futuras provenientes da Administração Central;
b) - Votar a favor seria, de algum modo, manifestar concordância com as políticas orçamentais seguidas até à data e contra as quais apenas se expressou o PSD.
Assim, considerando que:
1) - Não é do interesse do Concelho bloquear o normal funcionamento do Município, principal entidade empregadora, pelas consequências que daí resultariam, em especial na oferta e manutenção de emprego e do pagamento de salários por parte de centenas de credores da Câmara;
2) - As dotações orçamentais visam essencialmente pagamento de compromissos assumidos e que qualquer Executivo (qualquer que seja a sua composição) tem de os assumir, independentemente da forma e dos prazos que os determinou, de acordo com o princípio intergeracional;
3) - Cada Vereador deve assumir a responsabilidade do cargo para que foi eleito, exercendo as suas competências ao invés de abandonar as sessões ou faltando a elas (como outros fizeram no passado), por mais mediatizadas ou difíceis que sejam as situações;
Considerei que, sem acordo prévio ou compromisso com quem quer que seja, ponderando todas as consequências do meu voto, era meu dever viabilizar o normal funcionamento do Município, optando pela ABSTENÇÃO.
Continuarei a exercer as minhas competências com a equidade, transparência e rigor com que sempre norteei a minha vida. Não estou interessada na luta do PODER PELO PODER! Estou convicta que são estes os princípios de actuação que os meus eleitores esperam de mim."
Nisa, 03.02.2010

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Nisa - Situação económica em que nos encontramos


" SITUAÇÃO FINANCEIRA DA CÂMARA DE NISA, em 31 de Dezembro de 2009:
- Dívida à banca, 10 296 461 € (8 166 722 € de Médio e Longo prazo, mais 1 181 654 € de Curto prazo), tendo já sido ultrapassado o limite de endividamento que é de 9 638 311,00 €;
- Dívida a fornecedores, 3 931 441 € (por trabalhos já efectuados e facturados);
- Compromissos já assumidos 2 136 295 € (por trabalhos já contratados e, eventualmente, alguns já finalizados, mas ainda não facturados).

Na Informação n.º 40/2009, de 14 DEZ, da Divisão Financeira da Câmara consta o seguinte:

“As limitações na vertente da despesa são evidentes, o que implica grande redução no funcionamento da Autarquia, alertando-se mais uma vez, cfr. se vinha a alertar desde 2007, para a necessidade de implementar medidas de grande contenção a nível global, só assim irá permitir a execução do orçamento para o próximo ano no cumprimento do equilíbrio orçamental, tanto mais que a receita final apurada resultou das orientações impostas pelo Despacho da Sra. Presidente de 11 DEZ 2009.”

Gabriela Tsukamoto assinou em 11 DEZ 2009 um Despacho através do qual determinou “que se faça um aumento de 15% em todas as rubricas do orçamento da receita na parte corrente” e “que se aumente em 8% toda a receita de capital”.

É assim na Câmara de Nisa: A RECEITA AUMENTA POR DESPACHO da sua Presidente …

E escreve ainda a Presidente no Despacho: “Mesmo com estes aumentos que deverão agora ser considerados, temos ainda um desequilíbrio entre a receita e despesa no que se refere a corrente, que é preocupante, e que tem com certeza a ver com a parte de despesa efectuada no corrente ano e que transita para o próximo ano como dívida e que compromete o normal funcionamento da actividade, uma vez que a dívida acrescida das despesas obrigatórias absorve o valor agora inscrito em orçamento para 2010”.

A Presidente conclui que o Orçamento de 2010 só vai servir para pagar dívida que esta Senhora contraiu antes dos Vereadores do PS chegarem à Câmara.

Face à situação descrita, os Vereadores do PS consideram que a situação financeira da Câmara é muito preocupante!

MAPA DE PESSOAL (Opção gestionária):

- Custos com pessoal em 2009: 5 054 296 €, (o que representou 68% da despesa corrente);
- Na reunião de 6 de JAN de 2010, a Presidente de Câmara, apresentou uma proposta de Aumento de Custos com o Pessoal, no valor de 153 716, 62 €, divididos em 2 parcelas, 100 016,62 € para recrutamento de trabalhadores, mais 53 700 € para alterações de posicionamento remuneratório por opção gestionária.

A proposta da Presidente foi DERROTADA com os 3 votos contra dos 2 Vereadores do PS e da Vereadora do PSD. Depois de algum debate sobre a matéria, foi apresentada uma nova proposta com contributos dos Vereadores do PS e da Vereadora do PSD que, inclusive, a verbalizou, e que, teve em conta principalmente o seguinte pressuposto:

- Situação de quase ruptura financeira da Câmara

Assim, mandava a prudência e o rigor que, no ano de 2010, seria aconselhável alguma contenção da despesa, pelo que, propusemos que fossem considerados os seguintes casos:

- 5 postos de trabalho para o Gabinete de Protecção Civil (Sapadores Florestais);
- 7 postos de trabalho para Assistentes Operacionais (afectas às Escolas);
- 3 postos de trabalho para Assistentes Operacionais ( 2 motoristas e 1 para secção de Obras ) – a remuneração de entrada destes trabalhadores, ao contrário do proposto pela Presidente da Câmara será, por sugestão nossa, pelo escalão acima do ordenado mínimo;
- 2 Assistentes Operacionais, só os meses de Julho e Agosto (nadadores – salvadores);
- 3 Professores de Inglês para as aulas extra-curriculares;
- 5 postos de trabalho a tempo indeterminado para que as pessoas que fazem os 5 anos em 2010, pudessem passar a efectivos;
- abertura de concurso em Outubro de 2010 para recrutamento de técnico superior para a Biblioteca Municipal.

Esta proposta, que nos pareceu muito mais razoável, foi APROVADA com 3 votos a favor dos Vereadores do PS e da Vereadora do PSD, teve a abstenção da Senhora Presidente e o voto contra do Vereador da CDU.

Como se pode ver, da parte dos Vereadores do PS, não houve qualquer perseguição e sempre estivemos disponíveis para a negociação, inclusive para contemplar algumas situações em opção gestionária, nomeadamente dos trabalhadores com remunerações mais baixas. O que não está, nem estará, na nossa vontade, é pactuar com actos de gestão irresponsáveis, atitudes demagógicas ou atitudes de chantagem.

Os Vereadores do PS ABSTIVERAM-SE relativamente à proposta conjunta da CDU e do PSD sobre o Mapa de Pessoal aprovado na reunião de 3 FEV 2010.



Queremos continuar a trabalhar para o bem do nosso concelho e não será com campanhas de maledicência. SÓ A VERDADE É RECTA!

Nesse sentido, reuniu a Comissão Política Concelhia de Nisa do Partido Socialista, onde se inclui o Presidente da Assembleia Municipal, resultando daí a manifestação, por unanimidade, da sua total solidariedade para com os seus Vereadores, reconhecendo e elogiando o seu desempenho responsável e isento e repudiando a política do quero, posso e mando, do esbanjamento e do incentivo à guerrilha institucional que têm sido seguidas pela Presidente da Câmara."

Retirado de :

http://psnisa.blogspot.com/


Traduzindo para português.
Isto só vem provar grande parte das coisas que eu publiquei neste blog...
Estamos na bancarrota?
Como vamos resolver a situação de Nisa?
Como se gasta "mundos e fundos" em obras que não trazem qualquer prato de "comida" para a mesa dos Nisenses, ficando nós agora sem dinheiro para uma migalha de pão?
Sabem o que isto me faz lembrar?
É melhor eu não dizer!
Mas em nome dos Filhos de Nisa, obrigada por nos terem "gerido tão bem"...

13º rally papper solidário com familia do bombeiro Manuel Flores‏


A organização do 13ºRally Papper encontra-se a promover uma campanha de solidariedade para com a Familia do Bombeiro Manuel Flores, com a venda de um DVD com as fotos do 13ºRally Papper, o DVD terá as fotografias tiradas pela organização e por todos os participantes que tenham tirado fotos e que podem até dia 21 de Fevereiro enviar para este endereço de correio electrónico.
Os DVD's têm o custo de 2 euros que irão reverter na totalidade para a família de Manuel Flores.
Os DVD's podem ser encomendados através de email através do endereço 13rallypapper@gmail.com, ou então no OC'OPUS BAR.


João Paulo Valente (membro de organização do 13º rally papper)

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Carnaval em Nisa - A minha opinião


Nisa é uma terra do melhor que existe no "mercado".
Comédias é connosco!
Comemoram-se as comadres, os compadres e o certo é que isso marca toda a vida. Pois mesmo sem sermos todos da mesma familia, somos quase todos compadres e comadres uns dos outros.
Infelizmente o carnaval para mim só me trás recordações menos felizes.
Normalmente tenho alguém doente nesta altura...
A única vez que gozei verdadeiramente o Carnaval foi quando me vesti de "PRESIDENTA".
Nunca me tinha rido tanto!
Fi-lo numa de brincadeira e de não tive a minima vontade de mal tratar a senhora...
No carnaval podemos gozar com quem queremos e pelo país fora todos aproveitam isso para gozar com os politicos.
...este ano não foge à regra.
Tenho uma pessoa que amo muito internada e não devo andar em macacadas.
Mas mesmo assim também não tinha escapatória!
Com a Engenheira Gabriela já brinquei uma vez. Vestir-me de Dr Idalina ou Dr Fernanda tinha de arranjar umas "andas", o resto eram acessorios. Ou arranjava um fato de advogada e um martelo ou uma farda da cepsa...como vêm não era muito complicado...
Adiante. Já participei nos bons tempos do Carnaval de Nisa.quem não se lembra dos Cortejos organizados pela Dona Zé com o Grupo de Escuteiros de Nisa?
Era a loucura!
E os grandiosos bailes da sociedade?
Hoje em dia as coisas não estão muito bem...mas podem ficar melhor se forem tratadas atempadamente. Penso que temos boa gente que organiza umas coisas porreiras...e o Domingo vem ai.
Só que quero fazer uma critica que não quero que seja considerada destrutiva!
Será que a nossa Câmara não tem uma aparelhagem, como aquelas que são usadas nas campanhas eleitorais que se ouvem num raio de três quilometros, para pôr a tocar na sua carrinha que acompanha as criancinhas no cortejo da Escola?!
É deprimente!Lá se esforçam as professoras e auxiliares. Os miúdos todos contentes vêm dar as boas vindas ao carnaval e não há uma ***** que toque?
Ninguém pede dinheiro. Isto não trás custo!
Será possivel?
Vá não bato mais no pobrezinho...
De qualquer forma, o dia de ontem que por si só para mim foi um dia triste, tenho de dedicá-lo não só às crianças que mais uma vez animaram as nossas ruas, como os velhinhos, mas a três grandes senhoras Filhas da Terra a quem muito devemos pelo que nos dão como pessoas e por serem como são!
Dedico este post, à Dulce, à Cami e à Vanessa por me terem alegrado ontem.
Um BOM CARNAVAL PARA TODOS OS FILHOS DE NISA

Um abraço

Margarida Oliveira

A pedido de várias familias: Quem governa o Município de Nisa?

"...Contudo não podemos permitir que o poder se instale na rua só porque o desagrado de alguns combina com forças politicas interessadas em lançar a confusão. Só existe uma situação na qual o poder deve ser confrontado na rua e essa é a ditadura. Mas nisso os países comunistas, há semelhança de outros regimes totalitários, deram um lição histórica sobre como decidir com mão pesada, mantendo salários baixos e sem liberdade sindical..."


Quem quer ler o artigo na integra poderá fazê-lo em :

"Opinião de António Franco in "O Distrito de Portalegre"

http://jornaldenisa.blogspot.com/

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Filhos de Nisa e o Queijo de Nisa


“É um queijo curado, de pasta semidura, de tonalidade branco amarela, fechada, com olhos pequenos, obtido por esgo-tamento lento da coalhada, após coagulação do leite cru de ovelha, estreme, por acção de uma infusão de cardo (Cynara Cardunculus, L.)”. Mantém a forma tradicional de fabrico e revela características atribuíveis ao leite e, portanto, à forma tradicional de maneio das ovelhas.

O uso da Denominação de Origem Protegida obriga a que o queijo seja produzido de acordo com as regras estipuladas no caderno de especificações, o qual inclui, designadamente, as condições de produ-ção de leite, higiene da ordenha e conservação do leite e fabrico do produto. A rotulagem deve cumprir os requisitos da legislação em vigor, mencionando também a Denominação de Origem Protegida. O Queijo de Nisa deve ostentar a marca de certificação aposta pela respectiva entidade certificadora.

Comercialmente pode apresentar-se sob a forma de merendeira, com peso compreendido entre 200 a 400g ou sob a forma normal, com peso compreendido entre 800 a 1.300g.


Carloto e Carloto, Lda
Maria Dinis Venâncio
MONFORQUEIJO, CRL
QUAL, Queijo do Alentejo, Lda
SOTONISA, Sociedade Lacticíneos Lda"

http://www.rotadossabores.com/index.php?option=com_content&task=category§ionid=5&id=65&Itemid=87


Que tem o povo de Nisa a dizer sobre o Queijo de Nisa?
Estamos a fazer um bom trabalho?
Que se poderia fazer mais para divulgar e promover o nosso queijo?

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

OS FILHOS DE NISA E A EVOLUÇÃO DOS TEMPOS


Todos nós conhecemos as Cantarinhas de Nisa. Sejamos Nisenses ou Portugueses, de Norte a Sul, todos sabem que existimos.
Mas, os tempos mudam e quando a arte por si só não se renova e se aperfeiçoa, acaba por estagnar e ficar só por ai...
Nisa tem muitas potencialidades que aos meus olhos, estão muito mal aproveitadas.
Assumo que não encontro olaria mais bonita que a nossa.
Mas todos nós temos e estamos fartos de ver sempre o mesmo!
Porque é que a nossa olaria está a começar a "passar" por despercebida?
Porque não evoluimos.
Fizeram-se cursos de Olaria e assim que estes terminaram, a porta fechou-se!
Ninguém quer mais aprender uma arte que por si só, não passa mesmo disso, a fama.
Porque não haveremos de modernizar a olaria de Nisa?
Porque haveremos de se limitar a pratos, jarras, jarros, vasos...e sempre a mesma coisa?
Porque é que não há uns "idiotas" que peguem nas peças e as façam evoluir?
Se eu tivesse dinheiro já tinha tratado disso mesmo!
Cheguei a ter essa conversa com alguém que já cá não está, tão ou maiss "idiota" que eu e que achou a idéia fantastica.
Mandou-me calar, quem sabe se um dia a vida não me daria a oportunidade de ser eu a tal "idiota"...
Pois bem. Já percebi que chegou o momento não para mim que escolhi outro caminho, mas para quem sentir que tem a capacidade de se mandar pra frente!
Pode fazer-se muita coisa com as catarinhas como base:
- Bancadas de cozinha pedradas que devidamente cozidas e envernizadas, à posteriori, fariam um sucesso enorme!
- Paineis de Azuleijo, que sem ser em azuleijo mas em barro pedrado, embelezariam paredes de hall ( não sei se é assim que se escreve) de entrada das casas.
- Candeeiros em forma de cantarinha ou em semi lua (fui eu que dei essa ideia e já se faz)
- Loiças de casa-de-banho feitas em moldes (como se faz na marinha grande) que seriam um sucesso...

E muitas mais idéias que me "entopem" a mente há tantos anos, fariam de nós continuamente conhecidos e reconhecidos além fronteiras...
Existem muitas técnicas de cozedura e de envidramentos que permitiriam a sustentabilidade do produto e averiguar isso mesmo não demoraria tempo nenhum!

Estarei errada? Penso que não!
Mas pergunto aos filhos de Nisa o que têm para dizer sobre isto, ao mesmo tempo que pergunto:
Estagnámos no tempo, ou não ???
Fará sentido o que acabei de escrever, ou não ???

Os FILHOS DE NISA precisam de ajuda

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

FILHOS DE NISA E FILHOS DE COISA NENHUMA - Parte I



Ao contrário do que muitos pensam, tento de várias formas, ajudar ao desenvolvimento de Nisa. Umas vezes batendo palmas, outras chamando a atenção, lá vou tentando explicar o que penso estar menos bem aqui pelo nosso concelho.
Nem tudo é mau. Nem tudo é bom.
Mas há formas de trabalhar aqui por Nisa que aos olhos de uns pode ser bom e aos olhos de outros pode ser menos bom...
Uma coisa que sempre me interroguei é o porquê de certas exigências para uns e a falta das mesmas exigências para outros!
A vida não está fácil e penso que por parte da nossa Câmara haveria de ser prioridade acompanhar, encaminhar e influênciar as pessoas ao investimento, seja ele muito pequeno ou muito grande. Por várias razões. Porque faz com que as pessoas não sejam tão dependentes dos serviços e afins, ao mesmo tempo, estão a ajudar o desenvolvimento comercial em Nisa.
Digo eu!
A Câmara não tem obrigação de abrir lojas. Nem muito menos comercios!Mas devia estimular à criação de empresas, precisamente para acabar com tantos dependentes do estado...
Mas o que tenho visto e observado, na realidade isto não acontece!
Porquê?
Porque "embarrancam" tudo o que é projectos!
Porque criam dificuldades ridiculas que custam muito dinheiro a quem quer investir e necessita de uma licença para abrir as portas!
Se fosse assim para todos!Eu deixava-me estar aqui caladinha...
Mas não é igual para todos e há provas!
Por exemplo:
- Porque é uns cafés para terem licença para estarem abertos ao público tiveram de colocar portas de guarda vento (carissimas), caso contrário, não lhes era validada essa lincença e a outros não?
- Porque é que uns, para abrir negócio, não lhes é exigido basicamente nada e a outros lhes é exigido tudo (casas de banho para os empregados, novas loiças de casa-de-banho, etc)?
- Porque é que aos comercios não lhes foi exigida a tal porta de guarda vento e eu para abrir uma ervanária me foi exigido essas portas (300 contos que gastei em aluminios, fora a do café que foram mais 300 contos)?
- Porque é que certos terrenos estão limitados e não se pode construir, mas se forem entregues a outros (que devem ter mel), já se pode construir?
- Estarei eu apanhada, ou será que isto está bem visto aos olhos de todos?
- Acham que isto é de quem tem vontade de ajudar o povo a investir e a "largar" a tal dependência? HUMMMMMMMMMMM, acho que não!

PS- Queremos igualdades de direitos para todos!Porque é devido a estas situações que apareceu um Blogue chamado "FILHOS DE NISA"...Serão uns Filhos de Nisa e outros Filhos de Coisa Nenhuma?!
Era bom que nos respondessem, pois se há dúvidas é precisamente porque ninguém as esclarece...
Bom Fim De Semana!!!

OS FILHOS DE NISA AGRADECEM


Hoje realizou-se uma sessão de apresentação das novas instalações do Serviço Municipal de Protecção Civil (SMPC) de Nisa localizadas no Heliporto Municipal de Nisa.
Estiveram presentes o Governador Civil do Distrito de Portalegre, o Comandante e 2º Comandante Operacional Distrital da Autoridade Nacional de Protecção Civil, a Comandante do Corpo de Bombeiros de Nisa, Comandos locais da GNR, Representante da Equipa de Protecção da Natureza e eleitos das autarquias locais.

Atendendo que no nosso concelho, se têm registado em anos anteriores experiências menos felizes no que toca aos incêndios florestais, e sendo este, um problema que nos preocupa como cidadãos, os FILHOS DE NISA VÊM POR ESTE MEIO AGRADECER O FACTO DE ESTAREM A FAZER UM EXCELENTE TRABALHO E FELICITAM OS RESPONSÁVEIS POR NOS PROTEGEREM E NOS CRIAREM MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA NESTE SENTIDO.
BEM HAJAM!

Os FILHOS DE NISA INFORMA - SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE NISA


Para todos aqueles que são irmãos da Santa Casa da Misericórdia de Nisa e que estavam cheios de vontade de trabalhar e ajudar a Santa Casa a ser (a continuação) um serviço de qualidade, têm agora oportunidade de o fazer e dar o seu melhor...

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Falando a sério com...os FILHOS DE NISA - PARTE I - Consumo de Drogas


Cocaína, heroína, haxixe, ecstasy... » Consumo abusivo de substância s causa perturbações no humor

Quando se fala em toxicodependências, não raras vezes se pensa em substâncias ilegais mas há outras legais que deixam sequelas no humor.

Basicamente são três os tipos de substâncias capazes de provocar alterações no estado de espírito de quem as consome de uma forma abusiva: psicanalépticas, psicodislépticas e psicolépticas. Mal-usadas, além de criarem dependência, podem causar perturbações no humor, bem como acentuar ou esconder outras patologias mentais. Por exemplo, entre os toxicodependentes é mais frequente do que se julga a doença bipolar.

Traduzindo para uma linguagem mais simples, as substâncias psicanalépticas são os estimulantes, as psicodislépticas ou psicadélicas provocam perturbações das percepções, e as psicolépticas são sedativas. Conheça mais sobre cada uma delas...

Substâncias psicanalépticas

«Quando se abusa de estimulantes é de esperar que haja um efeito psicoestimulante com manifestação, nomeadamente desinibição e exaltação do humor», refere o Dr. Luís Patrício, psiquiatra, director do CAT das Taipas, em Lisboa, sublinhando que «numa fase inicial estas substâncias deixam o consumidor desinibido, com algumas, até eufórico, e mais tarde é que se dá uma alteração inversa».

Existem, contudo, indivíduos que, por sofrerem de perturbações do humor, são medicados com antidepressivos, que também são psicanalépticos, com a finalidade de tratarem uma anomalia do foro psíquico.

Todavia, uma situação é usar as substâncias por imperativos de saúde e com acompanhamento médico, outra é usar (e abusar) das mesmas.

Ora, os indivíduos que não sofrem de perturbações do humor mas que usam essas substâncias estão a alterar o pró­prio funcionamento mental e a criar um ciclo de dependência. Isto porque, com o consumo continuado e abusivo, suportam mal a ausência de estimulantes. Quanto às substâncias propriamente ditas, a cocaína e as anfetaminas servem para exemplificar.

«A cocaína tem um efeito muito rápido e as anfetaminas uma acção mais prolongada», diz Luís Patrício, prosseguindo:

«A privação aguda destas substâncias, em doentes com dependência estabelecida, implica uma vivência depressiva. A vacuidade que é experimentada pelo doente é muito intensa, por isso temos de estar atentos para a probabilidade de risco de suicídio ou de comportamentos perigosos que possam surgir na ânsia de procurar nova dose de cocaína.»

Existem substâncias também estimulantes e de consumo diário que estão legalizadas, como a nicotina e a cafeína. Contudo, «apesar de terem uma acção estimulante, diferem bastante da cocaína e das anfetaminas a nível de efeitos, na criação de dependência e nos sintomas de ausência de consumo», explica o psiquia­tra, que acrescenta:

«No consumo de nicotina e cafeína não se coloca questões ao nível de grave perturbação mental, embora nós todos conheçamos alguém que seguramente sente algum mal-estar quando deixa de fumar ou quando não bebe o café a que está habituado. Pode inclusive surgir uma certa irritabilidade na privação destas substâncias.»

Substâncias psicolépticas

Responsável pela morte lenta ou rápida de inúmeros indivíduos, que a começaram por fumar e só depois a injectar, a heroína é talvez o melhor exemplo de uma substância psicoléptica.

«De acção tranquilizante, o que mais nos preocupa em relação aos opiáceos, é o potente efeito sedativo, muito grave na situação de overdose», comenta o mesmo psiquiatra.

«Mas, antes de ter um efeito sedativo», continua, «a heroína causa euforia, sendo por isso responsável pela relação de maior proximidade que o consumidor vai estabelecendo com a substância até à criação da dependência».

Neste seguimento, de acordo com Luís Patrício, «na ausência de consumo de heroína, a pessoa dependente pode apresentar um quadro crónico de perturbação de humor, que nada tem a ver com a depressão, mas como se fosse uma deficiência, ou seja, como se, sem aquela substância não conseguisse viver. Por isso é que as terapias de substituição ao opiáceo têm um resultado bastante favorável».

Substâncias psicodislépticas

Comparativamente com LSD, o nome dietilamida do ácido lisérgico não é associado a nenhuma droga. Pois é, ambos significam o mesmo e são o exemplo mais típico de uma substância psicodisléptica, assim como o popular ecstasy (também anfetamínico) e as pastilhas similares.

«Tanto o LSD como outros “ácidos” são substâncias que perturbam o funcionamento do cérebro e provocam graves alterações da percepção e do pensamento entre as quais causando alucinações, delírios e ilusões», sustenta Luís Patrício, salientando:

«Mas, entre nós, a substância psicodisléptica mais frequentemente consumida em abuso é o THC ou tetraidrocannabibol, que existe no haxixe, a resina da cannabis.»

E continua: «No consumidor crónico de haxixe, encontramos um quadro sintomatológico, síndrome amotivacional, que não responde de uma forma brilhante à terapêutica farmacológica com antidepressivos, sendo, por isso, necessário que o doente faça um afastamento do consumo de haxixe para poder reencontrar a capacidade de sentir e a vivacidade que não consegue ter sob o efeito desta substância.»

Recuperar o humor perdido

«As substâncias não são más em si, ou seja, são o que são. A atitude das pessoas perante aquilo que existe é que pode ser adequada ou danosa para a saúde», afirma o psiquiatra.

Sendo uma substância medicamentosa, prescrita pelo profissional de saúde, à partida, o uso será adequado, pois, o especialista objectiva melhorar a condição de vida do doente. Pior, é quando o consumo é feito indiscriminadamente, sem ser como terapêutica, sejam substâncias legais e ilegais como de certos medicamentos...

«O indivíduo que faz um consumo de abuso tem que ser ajudado a compreender que esse consumo é de certo modo uma resposta que encontra perante uma determinada dificuldade», explica o director do CAT das Taipas.
Assim, conforme o psiquiatra, «quando propomos que o doente modifique aquela resposta danosa para a saúde, temos de procurar uma alternativa suficientemente confortável e adequada para que não recue para a resposta danosa».

Também pode acontecer que as substâncias ilícitas sejam usadas como autoterapia, devido a perturbações de humor, que poderão esconder uma patologia mais grave. Só depois de se suspender o consumo é que será possível diagnosticar uma doença psiquiátrica, como a esquizofrenia ou a doença bipolar.

Por isso, segundo este psiquiatra, «para devolver à pessoa a responsabilidade de gerir a sua vida e contribuir para que não volte aos consumos de abuso, é importante perceber o que está por detrás dos consumos, assim como compreender a própria psicopatologia que possa advir dos próprios consumos».

Alguns doentes são acompanhados durante um longo período, nomeadamente, até o terapeuta considerar que estão criadas as condições psicológicas e psicossociais para a estabilização do humor.

Neste sentido, Luís Patrício defende a prescrição de determinados fármacos como instrumentos de preparação para a posterior ruptura com o consumo de abuso.

«Vamos pensar num doente psicótico que teve a infelicidade de fazer consumos de heroína», começa por exemplificar o nosso interlocutor, continuando:

«Com este opiáceo, além do bem-estar, o doente também pode sentir um apaziguamento da sua doença. O tratamento dos sintomas é também o que se pretende com a medicação adequada à patologia. Mas, se os fármacos têm eficácia terapêutica, têm também efeitos secundários desagradáveis, como seja a secura da boca, obstipação, aumento de peso. Assim, entramos numa área de concorrência entre a terapêutica medicamentosa prescrita e cuidada e o uso abusivo de uma substância ilegal.»

Desta forma, tanto o tratamento como o acompanhamento de um especialista são factores chave para o abandono do consumo de substâncias prejudiciais e para a recuperação do humor perdido.

E depois do tratamento?

Dependência rompida e tratamento terminado poderão ficar sequelas, que não são notadas pelos outros muito facilmente.

«Os indivíduos, que durante muitos anos foram toxicodependentes, podem manter uma certa tristeza, como se colocassem a si próprios um estigma interno», menciona Luís Patrício.

«Há inclusive quem utilize esta noção para fazer vincar diariamente que ainda sofre de uma doença. Compreendo, mas na minha opinião se a doença foi tratada, não está activa ou não existe. Porém, não se excluí uma recaída», acrescenta o psiquiatra, frisando ser importante «não colocar rótulos, nem o de ex-toxicodependente, aos ex-consumidores de substâncias ilícitas, como se fossem menos válidos porque tiveram uma “fractura” psíquica».

O apoio da sociedade a estes indivíduos é essencial para o sucesso do tratamento. Pode, aliás, ser o desfecho da terapêutica. Por exemplo, um doente em fim de tratamento, poderá recair mais facilmente se não for reintegrado ao nível social e profissional, consoante as suas capacidades e responsabilidades.

Consequências sociais, familiares e profissionais

Nas primeiras vezes em que um indivíduo faz um mau uso de uma substância, provavelmente nem imagina o desfecho da situação se continuar a consumir. Apesar de conhecer o final triste de algumas histórias, julga que aquele destino não lhe estará reservado. Pode até nem estar, mas é apenas a probabilidade menos certa... se continuar a consumir.

A situação de dependência de psicoestimulantes – cocaína, anfetaminas – pode atingir níveis de disfunção de tal ordem que a própria pessoa não é capaz de gerir os próprios consumos nem a sua actividade de relação. Portanto, pode perder o controlo porque, acima de tudo, necessita de se sentir estimulada.

«No âmbito da dependência de substâncias psicolépticas, a uma certa altura, haverá uma franca perda da capacidade de executar a actividade laboral, pois a pessoa fica, cada vez mais, num estado sedado», garante Luís Patrício.

A título de exemplo, o mau uso no consumo endovenoso pode causar infecções, abcessos, feridas que, por sua vez, conduzem à exclusão social. O toxicodepen­dente não dá importância às feridas, pois os opiáceos ajudam a suportar a dor.

Por último, entre nós, o consumo de subs­tâncias psicodislépticas, para além do haxixe e da cannabis, não costuma ser diário, sendo normalmente feito durante o fim-de-semana.

«O ecstasy ou as pastilhas são drogas ditas recreativas, de lazer e diversão. Sob efeito destas substâncias, diminui manifestamente o nível de responsabilidade, e de consciência podendo haver alteração da percepção. Por exemplo, pode acontecer que os consumidores não meçam o risco e dancem descalços em cima de chapas de ferro velho e vidros», diz o psiquiatra.

«O consumo», continua, «sendo feito em ciclos, aos fins-de-semana, leva a que muitos consumidores, no domingo, necessitem de fazer medicação sedativa ou de consu­mir uma substância sedativa ilícita para ficarem sedados, pois o estado de excitação é intenso. A experiência vai se transformando num ciclo frenético de consumo».

A dependência mais frequente dos portugueses

Luís Patrício não deixou de mencionar uma outra dependência que, nas suas palavras, «está relacionada com a subs­tância que mais mau uso e abuso tem em Portugal e que mais danos provoca a nível individual, social e familiar. Refiro-me ao álcool».

As bebidas alcoólicas têm uma característica curiosa. Acontece que o consumo abusivo confere os três efeitos já abordados: psicanaléptico, psicodisléptico e psicoléptico.

«Com uma dose acima da moderada, é obtido um efeito estimulante, uma euforia exacerbada. Havendo continuidade deste consumo, ocorre uma intoxicação, acompanhada de uma manifesta perturbação, inclusive com alterações da percepção da realidade. Continuando a insistir no consumo, surge o estado sedativo, porventura a anestesia ou coma», explica o especialista.

Enquanto de início, o consumo de álcool é propagandeado por muitos consumidores, mais tarde é dissimulado.

«O doente alcoólico é uma pessoa isolada, porventura abandonada, com enormes dificuldades de prestação de actividade profissional. A vida familiar é caótica e há variadas repercussões directas e indirectas, como sejam, os acidentes rodoviários ou as doenças hepáticas», indica o psiquiatra, que menciona um facto:

«Enquanto a promoção para o consumo de substâncias ilícitas é feita “de boca em boca”, a promoção do álcool passa pela publicidade. Veja-se, por exemplo, a criação das ladys-night, que fomentam o consumo e de forma gratuita, nas senhoras.»

E desmistifica algumas crenças: «O álcool não aquece; não abre o apetite, embora seja chamado de aperitivo; não promove a digestão, mas há quem o chame de digestivo; não dá força, inteligência ou memória, pelo contrário; e do ponto de vista sexual, aumenta o desejo mas diminui a capacidade.»

Outras dependências

As sociedades evoluem, sendo também inevitável um processo evolutivo nas dependências.
«A saúde mental é uma área em que não pode deixar de olhar para as substâncias de abuso e para os comportamentos aditivos com uma atenção muito particular», refere Luís Patrício, explicando:

«Não se trata só da substância. Hoje em dia ocupamo-nos de outras dependências, que também são muito danosas, como a da Internet ou do jogo.»

Num centro equivalente ao CAT das Taipas, em Paris, foi criado uma consulta para os utilizadores compulsivos de Internet. Esta dependência é até bastante complexa, na medida em que pode ter associadas outras dependências. Por exemplo, os cibernautas podem recorrer a estimulantes, nomeadamente anfetaminas, para se manterem activos horas a fio em inúmeras relações virtuais.

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http://medicosdeportugal.saude.sapo.pt/action/2/cnt_id/1275/

Não é fácil ter um filho toxicodependente. Muitos pais vivem na angústia de não saberem em que ponto da educação erraram e não conseguem lidar com o problema, que muitas vezes, começa na infância.

Quando alguém se interroga dos porquês da entrada na toxicodependência, surgem inevitavelmente por esta ordem ou outra, a busca do prazer imediato, a pressão por parte dos outros, a curiosidade, a acessibilidade, a vontade de se sentir mais velho (a) ou confiante, a revolta, a dificuldade de enfrentar a pressão, de conseguir lidar com maus tratos e abusos ou ainda como forma de melhorar a imagem.

Não nos esqueçamos de que estamos a tratar, na maioria das vezes, de uma franja particular da população – a juventude – que está habituada a receber mais informação do que aquela que pode descodificar e que é habitualmente confrontada com mais opções do que aquelas que pode tomar, numa idade em que é mais apetecível agir que reflectir.

Pode-se dizer que, de um modo geral, os jovens experimentam drogas porque o seu sistema de valores interno não está suficientemente desenvolvido para resistir às pressões externas.

Na origem dos problemas de infância que podem conduzir à droga, a atitude dos pais ou de quem exerça esse papel, é de primordial importância: Por Isso há 13 atitudes básicas que devem ser tomadas em linha de conta (1).

Cuidados a ter na infância

- Os pais devem dar às crianças um sentimento de segurança.

- A criança foi feita para sentir que é amada e desejada.

- O medo e o castigo devem ser evitados tanto quanto possível.

- Deve ser dada à criança a possibilidade de aprender a ser independente e responsável.

- Os pais devem aparentar calma e serem tolerantes, não se mostrando chocados, quando as crianças derem evidência de instintos “selvagens” próprios da sua condição humana.

- Os pais devem ser tão firmes e consistentes quanto possível, de forma a evitar, na criança, a confusão e o aparecimento de atitudes contraditórias.

- É pouco prudente fazer com que uma criança se sinta inferior.

- É imprudente forçar uma criança para além das suas capacidades.

- Os sentimentos e os desejos da criança devem ser respeitados, mesmo se não estiverem exactamente de acordo com os desejos dos pais. Á criança deve ser permitida a satisfação dos seus desejos, dentro, claro está, dos limites do razoável.

- Todas as perguntas que as crianças façam devem ter uma resposta franca e honesta e sem ultrapassar a sua capacidade de compreensão.

- Os pais devem mostrar apreciação e interesse em relação às coisas que os seus filhos estejam a fazer, mesmo que pelos padrões deles, elas não sejam interessantes ou importantes.

- Mesmo que as crianças tenham dificuldades ou problemas, elas deverão sempre ser tratadas, como normais e saudáveis.

- É preferível educar os filhos com o objectivo do crescimento, desenvolvimento e do melhoramento, do que com o objectivo da perfeição.

(1) Maurice Levine

Se os pais criarem a ilusão que conseguem pôr em prática todos estes ensinamentos, ficarão inevitavelmente desiludidos por terem criado esse ideal impossível de perfeição. Não é isso que se pretende.

Muito frequentemente, as atitudes assumidas pelos adultos são desfavoráveis para o saudável e feliz desenvolvimento da criança, tendo como resultado toda uma variedade de situações que se poderão desenvolver depois, como a utilização das drogas, como refúgio (virtual) para o seu mal-estar.

Para Elsa, (nome fictício) ex-toxicodependente, os pais devem:

- Não aceitar a “benignidade“ das drogas “leves”, ajudando-os a compreender que as mesmas frequentemente são causadoras da “ingressão” nas drogas “pesadas”.

- Não passarem a ser policias – o uso das drogas não se resolve com tensão e ansiedade.

- Não se envergonharem por terem um filho “drogado”. Devem falar com ele, pedir ajuda a pais na mesma situação e/ou a especialistas.

- Procurarem ajudar o filho em vez de lhe atirarem à cara as asneiras que anda a fazer, tomando consciência que tão cedo as asneiras não vão acabar.

- Aceitarem que, ainda que inconscientemente, são eles pais que sustentam o vício dos filhos, facilitando-lhes a vida.

- Não acusar, mesmo que seja esse o impulso que sentem, num momento de raiva e desespero.

- Darem um acompanhamento mais activo, paralelamente ao apoio prestado pelos técnicos.

O meu filho está a usar drogas?

Sinais de alerta:


- Desinteresse repentino pelos verdadeiros amigos, pela escola, pela família e pelos desportos.

- Isolamento. Passar horas a fio na rua ou enfiados no quarto.

- Pedir bastante dinheiro em casa, utilizando os mais variados pretextos (virtual pagamento de multas, gasolina, etc)

- Começar a ser bastante crítico com as pessoas e com a vida.

- Cada vez mais dificuldade em acordar ou adormecer.

- Mudança súbita de vestuário e desleixo.

- Desaparecimento de objectos pessoais ou de familiares (ouro, antiguidades, etc.)

O meu filho é toxicodependente.

O que fazer?
- Identificar e utilizar valores tais como a saúde, o(a) companheiro(a) ou família, a aparência, a relação com Deus, a inteligência, a posição na comunidade, o auto-respeito, a sua profissão ou os amigos.

- Motivação. A melhor resposta que se pode dar à pergunta: “Quando é que as pessoas mudam?” ainda é: “quando as próprias quiserem”. O que se pode fazer então é activar o desejo de saída, contrariando a filosofia de algum modo instalada no nosso país de que as drogas vieram para ficar e que não há outra solução senão adaptarmo-nos a elas, fazendo ver ainda que ao contrário do que alguns apregoam, a toxicodependência não é uma doença crónica, recorrente e fatalmente progressiva e que há saída para ela.

- Recompensas. Pesar os custos e os benefícios da toxicodependência. As pessoas desistem da droga quando começam a ter mais recompensas por viverem sem ela do que com ela.

- Recursos. Identificar forças e fraquezas, avaliando as reservas que se tem e as que estão a faltar para depois as ir buscar!

- Procurar apoio entre as pessoas mais próximas, a começar pela família.

- Procurar amadurecer a identidade pela procura do auto-respeito e de uma vida de novo responsável.

- Procurar alcançar objectivos mais altos, perseguindo e atingindo coisas de valor, como por exemplo coisas que beneficiem outras pessoas e contribuam para o bem-estar da comunidade. Habitualmente, quando alguém deixa de ser egoísta e se foca nas outras pessoas, acaba por desistir do seu comportamento auto-destrutivo.

Na teia da droga

Uma vez deixados enredar na teia da droga, só se conseguem libertar quando assumem responsabilidades perante si e os outros. Apenas quando forem capazes de tomar decisões e terem arcaboiço para suportar depois as consequências é que conseguem dar esse passo.

Isso acontece quando conseguirem reconhecer obrigações nos valores (habitualmente adormecidos durante a fase dos consumos) que sustentam, quer eles estejam relacionados com os seus filhos, pais, amigos, empregados, colegas, vizinhos, ou com o país em que vivem.

Acresce que a sociedade de consumo, na qual todos nos integramos, está aliada a diversas questões, como forte individualismo (egoísmo), competitividade, busca incessante do cómodo e confortável, falta de solidariedade e de comunicação, ansiedade e stress, factores estes que vão provocar depois, insegurança e instabilidade psicológica.

Além disto, podemos apontar a existência de problemas sociais como desemprego, pobreza, exclusão, racismo, degradação patrimonial, falta de condições de ensino e insucesso escolar e profissional, os quais juntamente com a indiferença religiosa e a inexistência de crença na transcendência humana, podem ser conducentes ao uso de substâncias psicoactivas.

Deste modo, o recurso à droga pode ser visto como forma do Homem combater um sentimento individual e colectivo de angústia e insegurança.

Dr. Manuel Pinto Coelho


-Há ou não há consumo de droga em Nisa?
-Há ou não há consumo de droga em menores de 16 anos?
-Que fazem as escolas no sentido de educar as camadas mais jovens perante os perigos e as dependencias do consumo de drogas?
-Nisa está a altura de conseguir controlar este consumo e por sua vez, ajudá-los na sua reinserção social?
-Vamos continuar a fingir que não se passa nada?

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Filhos de Nisa e os seus direitos - Parte III


O executivo camarário chegou a acordo relativamente ao Mapa de Pessoal para 2010 e a mudança de posicionamento remuneratório, por via da opção gestionária, de 49 dos funcionários.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

DIZ-SE POR AI - PARTE VI


Diz-se por ai que um certo funcionário de uma certa instituição foi-lhe posto um processo disciplinar e a um processo crime...
Diz-se que o que está em causa é o facto de ter escrito neste blogue.
Diz-se que o que está em causa é que não pode opinar neste blogue.
Diz-se que o que escreveu é crime.
Diz-se que não se pode dizer o que se pensa, pois pode ser censurado.
Diz-se que dá muito mais à conta "pegar" pelo elo mais fraco...
Diz-se que afinal o blogue é mesmo muito censurado, mas porquê?
Que há para esconder?
Onde está a transparência?
Porque não se dignificaram a falar com a pessoa primeiro, antes de lhe quererem "entalar a vida"?
É esta a forma de se "pre-ocuparem" com os funcionários não é??????????
Há males que vêm para bem...
E vocês? Vão continuar com o "cúzinho entalado"? Com "medufa" de quê?
De não terem vida própria e parecerem um telecomando, mas para os bolsos dos outros???
Tanto silêncio por causa de 500 eurozitos????
Isso podem ganhar em qualquer lado!!!!
É isto que vão ensinar aos vossos filhos? A não lutarem pelo que acreditam e a serem calados constantemente?
Tanto "asno" que há em Nisa...deita-te! E vocês deitam-se!Levanta-te!E vocês levantam-se!Ladra! E vocês ladram!....
Mas também se diz por ai que os dias estão contados...
A ver vamos! Porque este e todos os outros que venham a estar nas mesmas condições JÁ NÃO ESTÃO SOZINHOS.......

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Os filhos de Nisa Informam - Programa PORA – FEDER aprovou candidaturas do Município de Nisa‏

O Programa Operacional do Alentejo (PORA) - FEDER aprovou as candidaturas que a Câmara Municipal de Nisa apresentou para financiamento dos investimentos de Requalificação da Rede Viária e da criação artística “Valquíria Enxoval” da autoria de Joana Vasconcelos.
Artigo na integra em: http://viladnisa.blogspot.com/