sexta-feira, 23 de outubro de 2009

"Obras na Devesa"



Como é do conhecimento de todos, há um mês que se iniciaram as obras na Devesa, prometidas há já alguns anos.
Coincidência! O facto de se iniciarem uma semana antes das eleições autarquicas.
Mas, deixemos isso de parte.Mais vale tarde que nunca!
Gostaria de saber a opinião dos filhos de Nisa sobre estas alterações...por exemplo: depois de se ter gasto fortunas na construção da rotunda, gostaria de saber o porquê de voltarem a deitá-la abaixo para agora se gastar mais fortunas a substitui-la (a rotunda), por um cruzamento...será que não fazemos mais nada em Nisa, senão construir, destruir, para voltar a construir...sei lá, parece que não se sabe verdadeiramente o que se quer...
Opinem,
Alentejana

16 comentários:

  1. Anónimo24.10.09

    Gostava que quem de direito me explicasse" onde nasce o dinheiro" da Camara, fazia jeito a muita gentinha!
    As obras são necessárias, mas no futuro vamos comer obra? ou ficar a admirar a beleza e só por sí ficar com a barriga cheia? Milagre!!!!!!!!!!!!

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  2. Anónimo24.10.09

    Estas obras era eu criança e já se falava que se iam fazer, já no tempo do Drº Oliveira Salazar se falava nas obras da devesa.
    O dinheiro vem dos quadros comunitários

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  3. Anónimo26.10.09

    Quando não se fazem obras a Cãmara é acusada de nada fazer, quando se faz porque não se devia de fazer daquela forma.
    Penso que a obra em causa, como foi dito anteriormente já desde há muito tempo que foi prometida, pois se agora está a ser executada deixemos que a façam independentemente das rotundas. O importante é que a população fique bem servida, não acham???

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  4. Anónimo26.10.09

    Não é por acaso que esta e outras obras começaram na véspera de eleições! Apoiada em Quadros comunitários? Quais? Basta de areia para os olhos. Só não vê quem não quer! Os prazos de pagamento naturalmente que foram programados para depois das eleições. Fico com curiosidade em saber como se vai pagar! A obra é precisa? Claro que é e já foi prometida pelo PCP há mais de 10 anos nos seus programas eleitorais. Mas, nesta altura, é prioritária? Então e o emprego? O turismo? O comércio? O ensino (a nossa vergonha mais actual)? O alargamento da Zona Industrial? O desporto? Bem, fico-me por aqui porque de facto em Nisa trabalha-se para a isolar cada vez mais do progresso. Depois dizem que é a interioridade, a desertificação, o envelhecimento da população, a falta de motivação para os jovens, etc. etc. etc. PARA ONDE VAMOS, FILHOS DE NISA?
    Alfer

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  5. Anónimo26.10.09

    Será que a rua fica só com um sentido?
    Osmoradores foram ouvidos?
    Bom...mesmo que fossem depois não se aceitavam sugestões...Não é verdade? Neste executivo a vozes são só de burros , ou seja, do Portalete e do engraxa Eng. Luis.Por isso é que as ruas estão como se vê, todas elas são a descer e uma só a subir, parece a montanha russa.

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  6. Anónimo27.10.09

    Os dinheiros são financiados pelo QREN, google it"
    E também concordo com o anónimo que afirma que em Nisa se se faz é porque se se faz, se não se faz é porque não se faz. Enfim.

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  7. Anónimo27.10.09

    Quem é o Eng. Luis?

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  8. Anónimo28.10.09

    Com o inicio desta construção vários aspectos merecem reflexão:
    1.O valor horário que se paga aos serventes de pedreiros é digno de um país 3º mundista. Ouvi falar em 3,5€ à hora, será verdade? a ser é uma exploração humana! Se é certo que a câmara não pode intervir, é certo que pode fiscalizar, pode requerer uma inspeção geral do trabalho.
    2. No actual tempo em que vivemos, da "reciclagem", da reutilização dos mais variados materiais, a Câmara nada fez com o que restou do anterior jardim.
    Será que todo o que foi retirado do antigo jardim não terá utilização? onde param os gradeamentos, as cantarias, os lindos candeeiros, as imponentes floreiras? Nos paises avançados dá-se utilização, prezam-se estes aspectos, aqui escondem-se em barracões...ou nos quintais de alguem!porque não reutilizá-los nas mais variadas fontes que se encontram abandonadas!
    3. Mais uma vez é de lamentar que a população de Nisa não possa ter intervido neste projecto com o seu contributo,com a sua opinião. "Viva a Democracia do come e cala da CMN!!!"
    4. será que vai ser outra obra como o da Rua Julio Basso em que todos sairam prejudicados (residentes e comerciantes), e que de beleza nada tem? e que nunca mais tem fim?
    5.Penso que todos os nisenses têm de dar os parabéns à excelente e grande equipa de arquitectos que a Câmara possui, pelo excelente contributo que têm dado à vila de Nisa...!
    6. Numa Vila que já foi "Grande" e que se aproxima cada vez mais depressa da aldeia, será que se justifica o actual ordenamento de trânsito? pode-se jogar à bola e ao belho em plena rua, tal é o movimento destas...Existem residentes que para se deslocarem da sua casa às bombas de gasolina, ficam logo sem um litrito!Tempos de poupança?? Não parecem!!
    7. Mais um investimento que não vai gerar economia, nem emprego para os nisenses. Continua-se com a actual politica de "fachada" que não irá contribuir com um centimo para os bolsos dos residentes!Ah esqueci-me! que talvez ajude/beneficie o pessoal da pedra...

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  9. O arranjo da Zona da Deveza-de-Traz foi a reunião de Câmara e aprovado. Fazer bem ou menos bem é necessário. Como a Praça da Republica este espaço encontra-se desde há muito abandonado e maltratado. O piso em terra batida era o adequado para as grandes feiras de gado com origens perdidas no tempo, provavelmente desde as origens de Nisa-a-Nova.
    Com o crescimento de Nisa, e consequente aumento da malha urbana, muitas vezes ao "sabor da maré" pelas vias viárias aparece a Rua Dr. Sidónio Pais, Largo da Cabine Eléctrica e Estrada de Montalvão.
    A Tapada da Câmara, onde se situavam as nascentes da Fonte Nova, era a zona de trocas e vendas das vacas. Por serem perigosas, estavam confinadas a esta tapada. Nos restantes espaços os animais menos perigosos.
    Toda a actividade desta zona girava em torno da agricultura. Era ver dezenas de carroças e carrêtas de bois paradas ao cair da noite.
    Durante o dia só ficavam as que estavam em reparação ou construção, era uma grande azáfama, não olhando relógios nem dias de semana, guiava-nos a barriga e o sol. Trabalhadores rurais ao serviço dos "senhores" donos da vila, por ex., Dr. Jaime, o Dr. Basso. Também gente livre como pássaros que viviam de alguns poucos hectares de terra. Criavam dois ou três porcos que matavam nos dias frios de Inverno, as aves de capoeira, os derivados como o leite e os ovosjuntamente com os produtos da agricultura eram a sua "dieta" alimentar. Vender na Praça ás quintas e domingos dava-lhes algum dinheirinho que em tempos difíceis era religiosamente amealhado não viesse alguma contrariedade.
    Ainda pode hoje ver-se tanto na Deveza-de-Traz como na Deveza-da-Frente algumas casas com duas entradas, a porta de entrada e um portão em arco e alto por onde carrêtas e carroças entravam carregadas dos produtos agrícolas, principalmente fenos.
    Para dar suporte á agricultura havia toda uma série de serviços que se desenvolviam nas Devezas. Uns trabalhavam a madeira na forma mais tosca, outros faziam as rodas, cubos e raios; os ferreiros; cada um era especialista na sua área. Havia também armazéns de lenhas, azeitona e outras, cada actividade localizada na época do ano.
    Na da azeitona havia vários pontos de recolha directa ao produtor que posteriormente a vendiam ao “negociante”.
    Era vê-los juntos e felizes quando iam colocar o ar de ferro na roda de madeira e se deslocavam á ribeiro na "Laje Branca", dia que jorraria algum vinho. Era vê-los passar para a Taberna da Charrinha, do ti “Emil Àrell" ou Cantinho da Sorte, com um quarto de pão, farinheira ou toucinho entre as 10 e 11horas da manhã, onde iam beber o "canudo d´ametade".
    Quero deixar aqui palavras de apreço e de reconhecimento àqueles que fazem parte das minhas memórias, das nossas memórias.
    Desculpem-me pelo uso de alcunhas, pois, alguns não os conheço de outra forma.
    Aos Metildes, Bresungas, Sem-Tripas, Galuchos, Marzias, Raniscas, Belonas, Mouras, Malinos, Polidos, Papa Leites, Freiras, Tuítas, Caritas, Paraltas, Certainhos, Salgueiros, Chorões, Cebolas, Freiras, Más Ferreiros e a tantos outros.
    Honra á vossa memória.
    José Moura

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  10. Anónimo28.10.09

    Grande zé é disso que o ovo gosta. Tantas vezes esquecidos com as modernices importadas esquecendo valores antigos de verdade. Faz-nos falta as devezas de trás de frente e de lado, faz-nos falta as tabernas, as carroças e as carretas, faz-nos falta sermos quem fomos sem medo do riso dos futuristas que de bom nao trazem nada. Andar pra frente si mas com uma mão bem apoiada no passado que nos sustentaria de outra forma que não esta forma de vida que envergamos. Façam da vida uma festa bem vivida.

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  11. As obras da devesa, a meu ver, são muito válidas!
    Ali está um área enorme, bem no centro da vila que servia apenas para "ferro velho"...
    Concordo que se faça no local uma paragem para os autocarros e expressos.A área é grande e deixamos de ver a dificuldade que vimos todos os dias, quando um autocarro precisa de virar para parar em frente ao "Central".Sei bem do que falo!Até já ajudei a puxar um contentor do lixo para que os autocarros pudessem "dar" a curva...
    Outra coisa, dou os parabéns aos "nossos alpalhoeiros".Acho que os "donos do Mini preço" estão a ter um acto de grande coragem, relativamente ao investimento que estão a ali fazer. À priori, será uma boa aposta.Tanto para a devesa como para os próprios. Desta forma, o comercio deixa de se centrar apenas em torno do "Centro de saúde" e "bombeiros" e outras zonas passam a ser mais movimentadas e valorizadas.Nisa só tem a ganhar com isso!
    Falam muito de obras e trabalho nada.É certo que esse é um dos maiores problemas em Nisa. Mas, reflectindo...ali não havia basicamente trabalho nenhum. Com estes novos recursos, concerteza,haverá mais alguns trabalhinhos.Que mais não seja, no novo e grande "Mini Preço"!
    Porém, continuo sem perceber o porquê de retirarem a "recente" rotunda e fazerem outra vez um cruzamento!?!#|&% Se calhar não é para eu perceber!
    Quanto à questão referida por alguém sobre "o pessoal da pedra", gostava de vos dizer que se os orçamentos da mesma pedra forem aceitáveis porque não!?
    Não passamos o dia a criticar a autarquia por ajudar "tudo" o que vem de fora?!O problema está em a empresa pertencer a quem pertence!
    Se já cá está (a dita empresa) há tanto tempo! Se quem lá trabalha são os "nossos".
    Se a empresa está com dificuldades...Temos o dever de ajudar sim senhor!
    Se esta empresa fechar são mais 30 ou 40 funcionários que ficam desempregados...e ai!?
    Concordo que se ajude as empresas e que igualmente se façam reformulações a nivel administrativo.Se como trabalham não funciona, deveriam arranjar um forma de funcionar!Se calhar, se não hovesse tanta gente a lucrar, sem haver lucros,a coisa correria melhor!"Mas, quem lá mora é poderá dizer o que é o jantar!"
    Se não nos pomos a pau, qualquer dia, nem essas cá temos...
    Se o que precisamos para o municipio estiver bem aqui à frente dos nossos olhos, há que negociar, chegar a um consenso, ajudamo-nos uns aos outros e a estabilidade, pouco a pouco, pode ser que se manisfeste...
    Todos que me conhecem sabem que sempre gostei de uma "boa critica"...Não o faço por fazer!Porque é giro criticar tudo e todos!Mas, porque é da critica que nascem as melhores soluções.Nesse sentido penso que o este blogue está a ser bastante útil...e podemos criticar... construtivamente!
    Todos temos capacidade para sermos donos e juizes, mas é importante colaborar!
    E o burro sou eu!?
    Desculpem-me se fui mazinha!
    Um abraço para todos,
    Alentejana

    28 de Outubro de 2009 4:14

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  12. Alentejana, concordo plenamente contigo, a critica por critica não traz vantagens a ninguém, mesmo ninguém, há que ajudar as empresas que temos cá temos, pois se assim não for qualquer dia nem essas cá temos, estás no bom caminho.
    Também quero dar os meus parabéns ao comentário do José Moura, pois fez-me regressar à minha infância, que foi toda na Devesa de Trás (Rua Drº Sidónio Pais)

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  13. Falar claro30.10.09

    Se não há mais empresas é porque muitas não foram autorizadas a abrir em Nisa e outras obrigadas a sair de cá.
    Quem pode falar sobre isto, será quem chumbou muitos projectos, para que não houvesse concorrêcia e desenvolvimento e assim seria muito mais dificil manter a forma "democrática" como têm sido eleitos.

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  14. Caminhante30.10.09

    Belos tempos descritos pelo José Moura, pena que tenham vindo os doutores e engenheiros ( ASAE ) dizer o que fazia bem ao povo que vivia até aos 90 anos e agora morre pelos 40.

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  15. Anónimo6.11.09

    já que se diz e bem que as obras da devesa são bem vindas, porque ali já parecia um ferro velho, entam podemos avançar para a zona industrial onde existem lote ocupados tipo reforma agraria do pós 25 de Abril e pessoas que querem lotes não os conseguem, continuando estes lotes ocupados sem que se faça seja o que for e quem quer investir tem que esperar ate Há tipo pivatização dos mesmos, mais uma vergonha em NISA.

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  16. Somos todos iluminados: arquitectos, engenheiros, doutores, economistas. somos presos por ter cão e por não ter, por fazer e por deixar de fazer!
    Preocupamos com 900 mil euros INVESTIDOSnuma obra há muito reclamada pelos nisenses e que só a eles beneficiam; mas não preocupamos com as centenas de milhões que se gastam em TGV e outras obras faraónicas que TODOS pagamos e so ALGUNS beneficiarão.
    Bendita terra qie tais filhos tem!

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