quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Falando a sério com...os FILHOS DE NISA - PARTE I - Consumo de Drogas


Cocaína, heroína, haxixe, ecstasy... » Consumo abusivo de substância s causa perturbações no humor

Quando se fala em toxicodependências, não raras vezes se pensa em substâncias ilegais mas há outras legais que deixam sequelas no humor.

Basicamente são três os tipos de substâncias capazes de provocar alterações no estado de espírito de quem as consome de uma forma abusiva: psicanalépticas, psicodislépticas e psicolépticas. Mal-usadas, além de criarem dependência, podem causar perturbações no humor, bem como acentuar ou esconder outras patologias mentais. Por exemplo, entre os toxicodependentes é mais frequente do que se julga a doença bipolar.

Traduzindo para uma linguagem mais simples, as substâncias psicanalépticas são os estimulantes, as psicodislépticas ou psicadélicas provocam perturbações das percepções, e as psicolépticas são sedativas. Conheça mais sobre cada uma delas...

Substâncias psicanalépticas

«Quando se abusa de estimulantes é de esperar que haja um efeito psicoestimulante com manifestação, nomeadamente desinibição e exaltação do humor», refere o Dr. Luís Patrício, psiquiatra, director do CAT das Taipas, em Lisboa, sublinhando que «numa fase inicial estas substâncias deixam o consumidor desinibido, com algumas, até eufórico, e mais tarde é que se dá uma alteração inversa».

Existem, contudo, indivíduos que, por sofrerem de perturbações do humor, são medicados com antidepressivos, que também são psicanalépticos, com a finalidade de tratarem uma anomalia do foro psíquico.

Todavia, uma situação é usar as substâncias por imperativos de saúde e com acompanhamento médico, outra é usar (e abusar) das mesmas.

Ora, os indivíduos que não sofrem de perturbações do humor mas que usam essas substâncias estão a alterar o pró­prio funcionamento mental e a criar um ciclo de dependência. Isto porque, com o consumo continuado e abusivo, suportam mal a ausência de estimulantes. Quanto às substâncias propriamente ditas, a cocaína e as anfetaminas servem para exemplificar.

«A cocaína tem um efeito muito rápido e as anfetaminas uma acção mais prolongada», diz Luís Patrício, prosseguindo:

«A privação aguda destas substâncias, em doentes com dependência estabelecida, implica uma vivência depressiva. A vacuidade que é experimentada pelo doente é muito intensa, por isso temos de estar atentos para a probabilidade de risco de suicídio ou de comportamentos perigosos que possam surgir na ânsia de procurar nova dose de cocaína.»

Existem substâncias também estimulantes e de consumo diário que estão legalizadas, como a nicotina e a cafeína. Contudo, «apesar de terem uma acção estimulante, diferem bastante da cocaína e das anfetaminas a nível de efeitos, na criação de dependência e nos sintomas de ausência de consumo», explica o psiquia­tra, que acrescenta:

«No consumo de nicotina e cafeína não se coloca questões ao nível de grave perturbação mental, embora nós todos conheçamos alguém que seguramente sente algum mal-estar quando deixa de fumar ou quando não bebe o café a que está habituado. Pode inclusive surgir uma certa irritabilidade na privação destas substâncias.»

Substâncias psicolépticas

Responsável pela morte lenta ou rápida de inúmeros indivíduos, que a começaram por fumar e só depois a injectar, a heroína é talvez o melhor exemplo de uma substância psicoléptica.

«De acção tranquilizante, o que mais nos preocupa em relação aos opiáceos, é o potente efeito sedativo, muito grave na situação de overdose», comenta o mesmo psiquiatra.

«Mas, antes de ter um efeito sedativo», continua, «a heroína causa euforia, sendo por isso responsável pela relação de maior proximidade que o consumidor vai estabelecendo com a substância até à criação da dependência».

Neste seguimento, de acordo com Luís Patrício, «na ausência de consumo de heroína, a pessoa dependente pode apresentar um quadro crónico de perturbação de humor, que nada tem a ver com a depressão, mas como se fosse uma deficiência, ou seja, como se, sem aquela substância não conseguisse viver. Por isso é que as terapias de substituição ao opiáceo têm um resultado bastante favorável».

Substâncias psicodislépticas

Comparativamente com LSD, o nome dietilamida do ácido lisérgico não é associado a nenhuma droga. Pois é, ambos significam o mesmo e são o exemplo mais típico de uma substância psicodisléptica, assim como o popular ecstasy (também anfetamínico) e as pastilhas similares.

«Tanto o LSD como outros “ácidos” são substâncias que perturbam o funcionamento do cérebro e provocam graves alterações da percepção e do pensamento entre as quais causando alucinações, delírios e ilusões», sustenta Luís Patrício, salientando:

«Mas, entre nós, a substância psicodisléptica mais frequentemente consumida em abuso é o THC ou tetraidrocannabibol, que existe no haxixe, a resina da cannabis.»

E continua: «No consumidor crónico de haxixe, encontramos um quadro sintomatológico, síndrome amotivacional, que não responde de uma forma brilhante à terapêutica farmacológica com antidepressivos, sendo, por isso, necessário que o doente faça um afastamento do consumo de haxixe para poder reencontrar a capacidade de sentir e a vivacidade que não consegue ter sob o efeito desta substância.»

Recuperar o humor perdido

«As substâncias não são más em si, ou seja, são o que são. A atitude das pessoas perante aquilo que existe é que pode ser adequada ou danosa para a saúde», afirma o psiquiatra.

Sendo uma substância medicamentosa, prescrita pelo profissional de saúde, à partida, o uso será adequado, pois, o especialista objectiva melhorar a condição de vida do doente. Pior, é quando o consumo é feito indiscriminadamente, sem ser como terapêutica, sejam substâncias legais e ilegais como de certos medicamentos...

«O indivíduo que faz um consumo de abuso tem que ser ajudado a compreender que esse consumo é de certo modo uma resposta que encontra perante uma determinada dificuldade», explica o director do CAT das Taipas.
Assim, conforme o psiquiatra, «quando propomos que o doente modifique aquela resposta danosa para a saúde, temos de procurar uma alternativa suficientemente confortável e adequada para que não recue para a resposta danosa».

Também pode acontecer que as substâncias ilícitas sejam usadas como autoterapia, devido a perturbações de humor, que poderão esconder uma patologia mais grave. Só depois de se suspender o consumo é que será possível diagnosticar uma doença psiquiátrica, como a esquizofrenia ou a doença bipolar.

Por isso, segundo este psiquiatra, «para devolver à pessoa a responsabilidade de gerir a sua vida e contribuir para que não volte aos consumos de abuso, é importante perceber o que está por detrás dos consumos, assim como compreender a própria psicopatologia que possa advir dos próprios consumos».

Alguns doentes são acompanhados durante um longo período, nomeadamente, até o terapeuta considerar que estão criadas as condições psicológicas e psicossociais para a estabilização do humor.

Neste sentido, Luís Patrício defende a prescrição de determinados fármacos como instrumentos de preparação para a posterior ruptura com o consumo de abuso.

«Vamos pensar num doente psicótico que teve a infelicidade de fazer consumos de heroína», começa por exemplificar o nosso interlocutor, continuando:

«Com este opiáceo, além do bem-estar, o doente também pode sentir um apaziguamento da sua doença. O tratamento dos sintomas é também o que se pretende com a medicação adequada à patologia. Mas, se os fármacos têm eficácia terapêutica, têm também efeitos secundários desagradáveis, como seja a secura da boca, obstipação, aumento de peso. Assim, entramos numa área de concorrência entre a terapêutica medicamentosa prescrita e cuidada e o uso abusivo de uma substância ilegal.»

Desta forma, tanto o tratamento como o acompanhamento de um especialista são factores chave para o abandono do consumo de substâncias prejudiciais e para a recuperação do humor perdido.

E depois do tratamento?

Dependência rompida e tratamento terminado poderão ficar sequelas, que não são notadas pelos outros muito facilmente.

«Os indivíduos, que durante muitos anos foram toxicodependentes, podem manter uma certa tristeza, como se colocassem a si próprios um estigma interno», menciona Luís Patrício.

«Há inclusive quem utilize esta noção para fazer vincar diariamente que ainda sofre de uma doença. Compreendo, mas na minha opinião se a doença foi tratada, não está activa ou não existe. Porém, não se excluí uma recaída», acrescenta o psiquiatra, frisando ser importante «não colocar rótulos, nem o de ex-toxicodependente, aos ex-consumidores de substâncias ilícitas, como se fossem menos válidos porque tiveram uma “fractura” psíquica».

O apoio da sociedade a estes indivíduos é essencial para o sucesso do tratamento. Pode, aliás, ser o desfecho da terapêutica. Por exemplo, um doente em fim de tratamento, poderá recair mais facilmente se não for reintegrado ao nível social e profissional, consoante as suas capacidades e responsabilidades.

Consequências sociais, familiares e profissionais

Nas primeiras vezes em que um indivíduo faz um mau uso de uma substância, provavelmente nem imagina o desfecho da situação se continuar a consumir. Apesar de conhecer o final triste de algumas histórias, julga que aquele destino não lhe estará reservado. Pode até nem estar, mas é apenas a probabilidade menos certa... se continuar a consumir.

A situação de dependência de psicoestimulantes – cocaína, anfetaminas – pode atingir níveis de disfunção de tal ordem que a própria pessoa não é capaz de gerir os próprios consumos nem a sua actividade de relação. Portanto, pode perder o controlo porque, acima de tudo, necessita de se sentir estimulada.

«No âmbito da dependência de substâncias psicolépticas, a uma certa altura, haverá uma franca perda da capacidade de executar a actividade laboral, pois a pessoa fica, cada vez mais, num estado sedado», garante Luís Patrício.

A título de exemplo, o mau uso no consumo endovenoso pode causar infecções, abcessos, feridas que, por sua vez, conduzem à exclusão social. O toxicodepen­dente não dá importância às feridas, pois os opiáceos ajudam a suportar a dor.

Por último, entre nós, o consumo de subs­tâncias psicodislépticas, para além do haxixe e da cannabis, não costuma ser diário, sendo normalmente feito durante o fim-de-semana.

«O ecstasy ou as pastilhas são drogas ditas recreativas, de lazer e diversão. Sob efeito destas substâncias, diminui manifestamente o nível de responsabilidade, e de consciência podendo haver alteração da percepção. Por exemplo, pode acontecer que os consumidores não meçam o risco e dancem descalços em cima de chapas de ferro velho e vidros», diz o psiquiatra.

«O consumo», continua, «sendo feito em ciclos, aos fins-de-semana, leva a que muitos consumidores, no domingo, necessitem de fazer medicação sedativa ou de consu­mir uma substância sedativa ilícita para ficarem sedados, pois o estado de excitação é intenso. A experiência vai se transformando num ciclo frenético de consumo».

A dependência mais frequente dos portugueses

Luís Patrício não deixou de mencionar uma outra dependência que, nas suas palavras, «está relacionada com a subs­tância que mais mau uso e abuso tem em Portugal e que mais danos provoca a nível individual, social e familiar. Refiro-me ao álcool».

As bebidas alcoólicas têm uma característica curiosa. Acontece que o consumo abusivo confere os três efeitos já abordados: psicanaléptico, psicodisléptico e psicoléptico.

«Com uma dose acima da moderada, é obtido um efeito estimulante, uma euforia exacerbada. Havendo continuidade deste consumo, ocorre uma intoxicação, acompanhada de uma manifesta perturbação, inclusive com alterações da percepção da realidade. Continuando a insistir no consumo, surge o estado sedativo, porventura a anestesia ou coma», explica o especialista.

Enquanto de início, o consumo de álcool é propagandeado por muitos consumidores, mais tarde é dissimulado.

«O doente alcoólico é uma pessoa isolada, porventura abandonada, com enormes dificuldades de prestação de actividade profissional. A vida familiar é caótica e há variadas repercussões directas e indirectas, como sejam, os acidentes rodoviários ou as doenças hepáticas», indica o psiquiatra, que menciona um facto:

«Enquanto a promoção para o consumo de substâncias ilícitas é feita “de boca em boca”, a promoção do álcool passa pela publicidade. Veja-se, por exemplo, a criação das ladys-night, que fomentam o consumo e de forma gratuita, nas senhoras.»

E desmistifica algumas crenças: «O álcool não aquece; não abre o apetite, embora seja chamado de aperitivo; não promove a digestão, mas há quem o chame de digestivo; não dá força, inteligência ou memória, pelo contrário; e do ponto de vista sexual, aumenta o desejo mas diminui a capacidade.»

Outras dependências

As sociedades evoluem, sendo também inevitável um processo evolutivo nas dependências.
«A saúde mental é uma área em que não pode deixar de olhar para as substâncias de abuso e para os comportamentos aditivos com uma atenção muito particular», refere Luís Patrício, explicando:

«Não se trata só da substância. Hoje em dia ocupamo-nos de outras dependências, que também são muito danosas, como a da Internet ou do jogo.»

Num centro equivalente ao CAT das Taipas, em Paris, foi criado uma consulta para os utilizadores compulsivos de Internet. Esta dependência é até bastante complexa, na medida em que pode ter associadas outras dependências. Por exemplo, os cibernautas podem recorrer a estimulantes, nomeadamente anfetaminas, para se manterem activos horas a fio em inúmeras relações virtuais.

-----------------------------------------------------------------
http://medicosdeportugal.saude.sapo.pt/action/2/cnt_id/1275/

Não é fácil ter um filho toxicodependente. Muitos pais vivem na angústia de não saberem em que ponto da educação erraram e não conseguem lidar com o problema, que muitas vezes, começa na infância.

Quando alguém se interroga dos porquês da entrada na toxicodependência, surgem inevitavelmente por esta ordem ou outra, a busca do prazer imediato, a pressão por parte dos outros, a curiosidade, a acessibilidade, a vontade de se sentir mais velho (a) ou confiante, a revolta, a dificuldade de enfrentar a pressão, de conseguir lidar com maus tratos e abusos ou ainda como forma de melhorar a imagem.

Não nos esqueçamos de que estamos a tratar, na maioria das vezes, de uma franja particular da população – a juventude – que está habituada a receber mais informação do que aquela que pode descodificar e que é habitualmente confrontada com mais opções do que aquelas que pode tomar, numa idade em que é mais apetecível agir que reflectir.

Pode-se dizer que, de um modo geral, os jovens experimentam drogas porque o seu sistema de valores interno não está suficientemente desenvolvido para resistir às pressões externas.

Na origem dos problemas de infância que podem conduzir à droga, a atitude dos pais ou de quem exerça esse papel, é de primordial importância: Por Isso há 13 atitudes básicas que devem ser tomadas em linha de conta (1).

Cuidados a ter na infância

- Os pais devem dar às crianças um sentimento de segurança.

- A criança foi feita para sentir que é amada e desejada.

- O medo e o castigo devem ser evitados tanto quanto possível.

- Deve ser dada à criança a possibilidade de aprender a ser independente e responsável.

- Os pais devem aparentar calma e serem tolerantes, não se mostrando chocados, quando as crianças derem evidência de instintos “selvagens” próprios da sua condição humana.

- Os pais devem ser tão firmes e consistentes quanto possível, de forma a evitar, na criança, a confusão e o aparecimento de atitudes contraditórias.

- É pouco prudente fazer com que uma criança se sinta inferior.

- É imprudente forçar uma criança para além das suas capacidades.

- Os sentimentos e os desejos da criança devem ser respeitados, mesmo se não estiverem exactamente de acordo com os desejos dos pais. Á criança deve ser permitida a satisfação dos seus desejos, dentro, claro está, dos limites do razoável.

- Todas as perguntas que as crianças façam devem ter uma resposta franca e honesta e sem ultrapassar a sua capacidade de compreensão.

- Os pais devem mostrar apreciação e interesse em relação às coisas que os seus filhos estejam a fazer, mesmo que pelos padrões deles, elas não sejam interessantes ou importantes.

- Mesmo que as crianças tenham dificuldades ou problemas, elas deverão sempre ser tratadas, como normais e saudáveis.

- É preferível educar os filhos com o objectivo do crescimento, desenvolvimento e do melhoramento, do que com o objectivo da perfeição.

(1) Maurice Levine

Se os pais criarem a ilusão que conseguem pôr em prática todos estes ensinamentos, ficarão inevitavelmente desiludidos por terem criado esse ideal impossível de perfeição. Não é isso que se pretende.

Muito frequentemente, as atitudes assumidas pelos adultos são desfavoráveis para o saudável e feliz desenvolvimento da criança, tendo como resultado toda uma variedade de situações que se poderão desenvolver depois, como a utilização das drogas, como refúgio (virtual) para o seu mal-estar.

Para Elsa, (nome fictício) ex-toxicodependente, os pais devem:

- Não aceitar a “benignidade“ das drogas “leves”, ajudando-os a compreender que as mesmas frequentemente são causadoras da “ingressão” nas drogas “pesadas”.

- Não passarem a ser policias – o uso das drogas não se resolve com tensão e ansiedade.

- Não se envergonharem por terem um filho “drogado”. Devem falar com ele, pedir ajuda a pais na mesma situação e/ou a especialistas.

- Procurarem ajudar o filho em vez de lhe atirarem à cara as asneiras que anda a fazer, tomando consciência que tão cedo as asneiras não vão acabar.

- Aceitarem que, ainda que inconscientemente, são eles pais que sustentam o vício dos filhos, facilitando-lhes a vida.

- Não acusar, mesmo que seja esse o impulso que sentem, num momento de raiva e desespero.

- Darem um acompanhamento mais activo, paralelamente ao apoio prestado pelos técnicos.

O meu filho está a usar drogas?

Sinais de alerta:


- Desinteresse repentino pelos verdadeiros amigos, pela escola, pela família e pelos desportos.

- Isolamento. Passar horas a fio na rua ou enfiados no quarto.

- Pedir bastante dinheiro em casa, utilizando os mais variados pretextos (virtual pagamento de multas, gasolina, etc)

- Começar a ser bastante crítico com as pessoas e com a vida.

- Cada vez mais dificuldade em acordar ou adormecer.

- Mudança súbita de vestuário e desleixo.

- Desaparecimento de objectos pessoais ou de familiares (ouro, antiguidades, etc.)

O meu filho é toxicodependente.

O que fazer?
- Identificar e utilizar valores tais como a saúde, o(a) companheiro(a) ou família, a aparência, a relação com Deus, a inteligência, a posição na comunidade, o auto-respeito, a sua profissão ou os amigos.

- Motivação. A melhor resposta que se pode dar à pergunta: “Quando é que as pessoas mudam?” ainda é: “quando as próprias quiserem”. O que se pode fazer então é activar o desejo de saída, contrariando a filosofia de algum modo instalada no nosso país de que as drogas vieram para ficar e que não há outra solução senão adaptarmo-nos a elas, fazendo ver ainda que ao contrário do que alguns apregoam, a toxicodependência não é uma doença crónica, recorrente e fatalmente progressiva e que há saída para ela.

- Recompensas. Pesar os custos e os benefícios da toxicodependência. As pessoas desistem da droga quando começam a ter mais recompensas por viverem sem ela do que com ela.

- Recursos. Identificar forças e fraquezas, avaliando as reservas que se tem e as que estão a faltar para depois as ir buscar!

- Procurar apoio entre as pessoas mais próximas, a começar pela família.

- Procurar amadurecer a identidade pela procura do auto-respeito e de uma vida de novo responsável.

- Procurar alcançar objectivos mais altos, perseguindo e atingindo coisas de valor, como por exemplo coisas que beneficiem outras pessoas e contribuam para o bem-estar da comunidade. Habitualmente, quando alguém deixa de ser egoísta e se foca nas outras pessoas, acaba por desistir do seu comportamento auto-destrutivo.

Na teia da droga

Uma vez deixados enredar na teia da droga, só se conseguem libertar quando assumem responsabilidades perante si e os outros. Apenas quando forem capazes de tomar decisões e terem arcaboiço para suportar depois as consequências é que conseguem dar esse passo.

Isso acontece quando conseguirem reconhecer obrigações nos valores (habitualmente adormecidos durante a fase dos consumos) que sustentam, quer eles estejam relacionados com os seus filhos, pais, amigos, empregados, colegas, vizinhos, ou com o país em que vivem.

Acresce que a sociedade de consumo, na qual todos nos integramos, está aliada a diversas questões, como forte individualismo (egoísmo), competitividade, busca incessante do cómodo e confortável, falta de solidariedade e de comunicação, ansiedade e stress, factores estes que vão provocar depois, insegurança e instabilidade psicológica.

Além disto, podemos apontar a existência de problemas sociais como desemprego, pobreza, exclusão, racismo, degradação patrimonial, falta de condições de ensino e insucesso escolar e profissional, os quais juntamente com a indiferença religiosa e a inexistência de crença na transcendência humana, podem ser conducentes ao uso de substâncias psicoactivas.

Deste modo, o recurso à droga pode ser visto como forma do Homem combater um sentimento individual e colectivo de angústia e insegurança.

Dr. Manuel Pinto Coelho


-Há ou não há consumo de droga em Nisa?
-Há ou não há consumo de droga em menores de 16 anos?
-Que fazem as escolas no sentido de educar as camadas mais jovens perante os perigos e as dependencias do consumo de drogas?
-Nisa está a altura de conseguir controlar este consumo e por sua vez, ajudá-los na sua reinserção social?
-Vamos continuar a fingir que não se passa nada?

20 comentários:

  1. Anónimo4.2.10

    Se há consumo de droga em Nisa?????
    deixem-me rir........ todo o pais conhece essa realidade......
    admira-me tu fazeres essa pergunta...... não sabes???
    basta olhares....
    Eu próprio consumo sempre que posso :)

    ResponderEliminar
  2. Anónimo4.2.10

    O tabaco também é uma droga!
    A vacina da gripe tb é uma droga!
    A vida em Nisa é uma droga!
    Haveria de abrir um CAT em NISA...

    ResponderEliminar
  3. Ponte da barca4.2.10

    Já namorei um toxicodependente.
    Tudo começou já o namorava há quase um ano.
    Dizem que não mas as companhias contam muito.
    Ele era uma pessoa como outra qualquer.Tinhas uma boa relação até o cavalo deu cabo dele e da minha carteira.
    Fez duas desintoxicações que de nada valeram.ao fim de duas semanas voltava à mesma.
    Deixei-o!
    Ainda hoje passo por ele e tenho muita pena!Mas quem cai nisto muito raramente sai dela...
    Digam não à heroina enquanto for tempo!

    ResponderEliminar
  4. Anónimo4.2.10

    É um grave problema social, consumos exagerados de substâncias que se consumidas com moderação não surtirão efeitos tão nocivos. E não está só nas que provocam os chamados estados influenciados agora já legislados e criminalizados na condução automóvel mas endeusados no dia a dia. É o caso do adormecimento mental diário provocado pelo álcool nos homens que saem do trabalho e a esposa na espera em casa. A noite prometedora e o adolescente em orgias que começa no álcool e acaba na 1ª primeira experiencia da droga, de heroína, haxixe ou outra. Depois de 2 ou 3 repetições de cavalo, reparaste que serve para tudo, que não há nada melhor “enquanto há efeito”, o que não percebeste é que já tas agarradinho. A tua vida pode ter dado uma volta, é como apanhar a sida ou desenvolver cancro, vais ter que lutar. Se tiveres a cabeça boa e coragem podes vencer… Painel de controlo! Pode ter sido abalado, mas usa-o, não consumas! Só por hoje. Consegues uma semana?

    Há quem beba copos todos os dias, há quem beba 5 minis, há quem se perca e fecha o Boqueirão. Há quem coma tanto e se sinta morrer de gordura! As adições só nos fazem mal, controla os teus consumos mas… mas por favor não consumas “cavalo”.

    ResponderEliminar
  5. É pura hipocrisia dizer que fulano ou sincrano consumiram drogas.
    É pura ignorância dizer que nunca consumiram.
    A Droga não se resume apenas a haxixe, cocaina, heroina, lsd...
    Já quando eu era mais nova, me lembro, era habito em Nisa os meninos porem as meninas a fumar haxixe para lhes darem a volta...
    Mas o haxixe não vicia e deixemos a ignorância na dispensa. Que pode ser um trampolim para o consumo de outras, pode!Mas nunca vi ninguém a roubar ou a coçar-se ou a tratar mal alguém porque fumou um charro.Não se espantem por eu dizer isto!Afinal foi com os anos 60 que começou esta forma de estar...
    A maior parte de quem foi para AFRICA, fumou liamba, fora as porcarias que por lá vos deram como se fosse um medicamento...
    A geração de mulheres após anos sessenta, quando começaram a namorar, era na arvore da mentira e nas meias luas que se escondiam a fumar o seu primeiro cigarrinho e posteriormente o seu charro...
    Mas é tudo mentira!Em Nisa não houve nada disto...hihihi
    Uns estragaram-se outros souberam dizer que não queriam mais, mas aindo hoje davam o cú e cinco tostões para voltar a trás e viver esse ritual outra vez...
    Não conheço ninguém que nunca tivesse fumado um charro...e podia começar por contar as histórias que as nossas professoras nos contavam no ciclo, sobre a sua infância!!!E passar para os meninos do BREAK DANCE que não fumavam, COMIAM...mas como agora uns são policias, outros Doutores, etc....Toda a gente vivência situações como estas por mais que digam que é mentira, só se estão a enganar a vocês próprios...
    Condeno altamente o consumo de drogas pesadas!
    Não é que não condene as leves, mas de alguma maneira, são as pesadas que estragam as pessoas e a sociedade!!!
    A droga é um mundo!E só quem o conhece é que pode falar... Eu posso falar da maior experiência de vida que tive em 32. Uma rusga que me fizeram no meu antigo café...
    Foi muito interessante. Interessante pois nunca houve no distrito um aparato policial tão grande como aquele.
    Apanharam dois charros. Um deles no bolso de um individuo que tinha entrado no meu café pela primeira vez!Diziam que o meu café era o café dos drogados!O certo é que ainda não vi ninguém que lá estava e que frequentava o meu café a fazer um tratamento de desintoxicação!!!
    Devo ser eu que vejo muito mal...
    A acção em si foi bem feita e acho que deveria haver muitas mais!Simplesmente porque isso poderá fazer com que tenham medo e não arrisquem a "dar cabo da vida" por meia dúzia de euros...
    Só é uma vergonha social aquilo que eu vivi para quem fica contente com a desgraça da população!!!
    Não foram lá por causa de mim!
    Foram lá porque alguém lhes disse que havia lá muita droga...
    Mas também me disseram a mim, um dia antes, e a todos aqueles que frequentavam o café, que havia uma senhora que sabia de fonte segura que ia haver uma rusga no café...
    E ai, podem agradecer a essa senhora não terem apanhada muitas gramas de haxixe...porque aquela gente a unica coisa que fazia era fumar os tais charritos (e era no jardim, jamais dentro do meu café)que vocês puseram no mercado com os anos sessenta...

    Cont

    ResponderEliminar
  6. Agora em Nisa o que acontecia na meia lua, acontece atrás do pavilhão (e sabem bem o que estou a falar), nas azinhagas...
    Com a cachopada é fácil!Têm dinheiro no bolso, porque os pais não têm juizo. Dois ou três mais velhos sabendo disso mesmo aproveitam-se da situação e vendendo-lhes o 1º charro, arranjam consumistas para 5 anos...
    E assim se passam os fins de semana em Nisa...
    SE O POVO SE SENTE BEM A ANDAR ADORMECIDO?????????

    Acredito que andaria muito mais feliz se houvesse trabalho, ocupação e a cima de tudo fossemos todos amigos de verdade...
    Enquanto continuarem a ir para casa dizer à familia que fulano A fez aquilo e o outro, quando quem fez foram vocês...é muito complicado!

    E depois também não há dinheiro!
    Compram carradas de material, dá para fazer o dinheiro e ainda consomem de borla...
    Ganham mais dinheiro do que se estivessem a trabalhar na...
    E isto é o que me contam!PORQUE EU NUNCA VENDI DROGA ILICITA EM 32 anos que tenho...e isto é a pura da verdade e quem me conhece sabe que falo a pura das verdades...

    Não sei o que são drogas pesadas, mas sei o que é viver e ter um filho com um toxicodependente...
    Não sei qual é o efeito de uma dependencia de drogas, mas sei o que é o efeito de um charro!
    E jamais esconderei o que fui, o que sou e o que hei-de vir a ser, porque tenho um filho que amo muito e que faço questão de continuar a acompanhá-lo, educá-lo e prepará-lo para o amanhã, criando valores de verdade, justiça, honestidade!Só assim poderei ter orgulho em mim, nele, e por sua vez ser enternamente grata à vida por me ter acompanhado e me protegido sempre!!!Espero que a vida faça o mesmo com ele...

    Posso aos vossos olhos ser a louca. Mas nunca dei cabo da minha vida, nem da de ninguém...
    Gostaria de deixar um recado:
    A todos aqueles que falam de todos, menos os que têm em casa, mais tarde ou mais cedo pagam...e é engraçado que vos tenho visto a pagar a todos!Uns pelas linguas das mães, outros pela dos pais, e outros pela propria lingua...

    Tomem conta de quem amam, pois um dia pode ser tarde!
    Comecem os senhores mais importantes cá do burgo, passando pelos menos importante...têm todos disto lá em casa para dar e para vender...
    E aqui só há uma solução!Assumir a falha e ajudar os nosso filhos a compreender que esse não é o caminho...
    Porque nas história verdadeira da vida é assim que tudo se passa...e para resolver fraquezas destas, garanto-vos que DEUS não aceita TRENS de COZINHA...

    Muito obrigada,
    Margarida Oliveira

    ResponderEliminar
  7. Anónimo4.2.10

    O consumo de drogas, seja ele qual for é prejudicial à saúde, as tretas do são leves não viciam não são tão claras como as apregoam. O pior é que Nisa parou na filosofia e modus vivendus da geração hippie, com os charros rimos, o mundo é melhor, quando na verdade não é. As coisas são como são, a droga é como é - uma droga - se não fosse maléfica não seria proibida.
    Podem vir para aqui argumentar o contrário, aconselho eu a pedirem ajuda, a droga não mata, vai matando, e muitas das vezes mata quem mais se gosta.

    ResponderEliminar
  8. Anónimo4.2.10

    Conheço muita gente que já esteve bem agarrado ao cavalo. Alguns (maioria) tiveram um fim triste.Ou porque foram presos.Ou porque acabaram por falecer. Poucos são os que se curam, é verdade.Mas há quem tenha tido essa coragem e essa força e que largou o vicio e hoje estão bem na vida, casados, com filhos e são muito felizes...
    O importante aqui é que se perceba que o consumir de drogas não faz bem a nada!Não faz bem à saúde fisica e psiquica, não faz bem à carteira, destroi amizades e relações familiares e transforma-nos em pessoas piores!
    Curiosidade é uma coisa e devemos concordar quando se diz que todos experimentamos, mas não passou disso e isso é que é importante!
    Digam não ao consumo de drogas!Eu digo!

    ResponderEliminar
  9. Anónimo4.2.10

    Já vi muita desgraça mas felizmente foi bem longe daqui.Aqui até se escondem bastante.Em Lisboa lidamos com esta realidade a toda a hora principalmente quando se quer estacionar um carro.Lá vêm eles, para a direita, pra esquerda, e dizem eles que guardam o carro...aqui em Nisa ainda não temos disto, graças a Deus!Mas é importante reeducar a populção!É necessaria informar as pessoas e um conselho: Nunca aceitem nada que de outras pessoas que não tenham confiança suficiente. Conheço um caso que apareceu no Algarve sem saber como lá foi para...

    ResponderEliminar
  10. Anónimo5.2.10

    Alcoolismo, Heroína e outros Cavalos

    É um grave problema social, consumos exagerados de substâncias que se consumidas com moderação não surtirão efeitos tão nocivos. E não está só nas que provocam os chamados estados influenciados agora já legislados e criminalizados na condução automóvel mas endeusados no dia a dia, é o caso do adormecimento mental diário provocado pelo álcool nos homens que saem do trabalho e a esposa os espera em casa. A noite prometedora adolescente em orgias que começa no álcool e acaba na 1ª primeira experiencia da droga, de heroína, haxixe ou outra. Depois de 2 ou 3 repetições de cavalo, reparaste que serve para tudo, que não há nada melhor “enquanto há efeito”, o que não percebeste é que já tas agarradinho. A tua vida pode ter dado uma volta, é como apanhar a sida ou desenvolver cancro, vais ter que lutar. Se tiveres a cabeça boa e coragem podes vencer… Painel de controlo! Pode ter sido abalado, mas usa-o, não consumas, só por hoje, consegues uma semana?
    Há quem beba copos todos os dias, há quem beba 5 minis, há quem se perca e fecha o Boqueirão. Há quem coma tanto e se sinta morrer de gordura! As adições só nos fazem mal, controla os teus consumos mas… por favor não consumas “cavalo”.

    ResponderEliminar
  11. Anónimo5.2.10

    Hum!!!!!!! Já hoje li em diferentes notas deste blog " TRENS DE COZINHA "!!!
    Uma coisa é certa, DEUS e se chegarmos a ELE ... não nos pede termos no nosso enxoval " TRENS DE COZINHA ", mas sim obras feitas a favor do próximo, em actos e palavras.

    Tão pouco DEUS nos vai perguntar o que foi que fizemos, pois isso já ELE tem anotado na SUA sebenta.

    As contas vamos todos que prestar, quando DEUS nos perguntar o que foi que não fizemos e o porquê ...

    O porquê de termos dado as costas, quando vimos algo que não estava certo, e para não fazer figura de " PARVO(A) " ," FORA DA MODA, MEU ",
    " O MAU DA FITA ", " ESTRAGA PRAZERES ", etc., fizemos de conta que " AQUI NÃO PASSOU NADA ".

    Porquê não pode parar uma morte, ou seja um assassínio, e me fiz cumplíce do mesmo, para não me complicar a vida com as coisas dos outros?

    Hoje em dia a falta de temor a DEUS é a desgraça de uma família, uma rua, um bairro, uma aldeia, uma vila, uma cidade enfim um país e do mundo inteiro.

    Todos nós temos culpas no cartório. Uns por cultivar, outros por vender, uns por consumir, outros porque aqui não passa nada.

    Há que confrontar a realidade e começar a fazer campanhas de esclarecimento publico a todos os níveis.

    O mal não é de NISA, mas porque não começar NISA a dar exemplos aos vizinhos e juntarem forças para que haja uma esperança para as nossas crianças?

    Obrigado Alentejana pelo artigo, pois já é um passo em frente, pelo menos para os que não seja por curiosidade digam " deixa-me cá ver quem está hoje na berlinda ".

    Já agora para quem não sabe como eu, o que é preciso para neste mundo ter o tal " TREM DE COZINHA "??????????

    Lina Maria Correia Zagalo Neves

    ResponderEliminar
  12. pioledo5.2.10

    Serviço publico... sim senhor!
    A Margarida lá vai fazendo qq coisinha pela nossa formação.

    ResponderEliminar
  13. Anónimo5.2.10

    É incrivel a forma como se despreza este blog por parte de quem devia fazer, mas não faz nada!
    Há artigos por aqui que mesmo dentro da sua importância, dão asas a fofocas!É mesmo disto que o povo gosta!
    Agora no que toca a assuntos de máxima importância e que põem em causa a estabilidade das nossas gentes, ninguém lhes pega.
    Porque será?
    Porque tem telhados de vidro?
    Porque só têm conversa para fofocas?
    Estes artigos que nos tens dado a conhecer são excelentes. Tanto o do consumo de alcool e de drogas.
    Continua Margarida.
    Todos compreendemos o interesse e a dedicação que tens transmitido pela vila de Nisa.
    Quem te critica, fá-lo porque nunca ninguém os ensinou a fazer mais nada. E isso tem um nome: "Empata F****!"
    Admiro muito o que tens feito por aqui. Quando escreves provocas a discussão e se estes do contra tivessem dois dedinhos de testa, até já tinham entrado em contacto com o blog e interagido convosco...
    Eu gosto e agradeço-te...
    Continua e conta comigo!

    Companheiro da Romaria da Senhora da Graça

    ResponderEliminar
  14. JOAO QUINTEIRO6.2.10

    EU ACHO QUE O QUE TA A DAR É " DAR NO CAVALO", OU "IR PRA EQUITAÇAO", OR VEJAM SE TENHO OU NAO RAZAO.... TUDO O QUE É AGARRADINHO TEM DIREITO A DENTISTA GRATIS PRA ARRANJAR OS DENTES , KITS DE BORLA NAS FARMACIAS, CONSULTAS ETC. EU SE QUERO IR AO DENTISTA PAGO E COMO SABEM NAO É NADA BARATO, PRECISO DE MEDICAMENTOS E LA VOU EU NOVAMENTE PAGAR E NAO TOU OU FICO DOENTE PORQUE QUERO E ONDE VAO OS MEUS IMPOSTOS? PRA ENCHER O "CU" (DESCULPEM O TERMO) A ESSES E A OUTROS PARASITAS DA SOCIEDADE QUE NADA FAZEM NEM DESCONTAM PARA A SEGURANÇA SOCIAL... E NAO ME DIGAM QUE NAO SE METE SO QUEM QUER , POIS HOJE EM DIA ATE HA INFORMAÇAO DE MAIS, QUEREM É CURTIR E QUANDO ESTAO ENTERRADOS ATE AO PESCOÇO É QUE SAO COITADINHOS.

    ResponderEliminar
  15. Ó Primo! É estas e outras!Essa de andar tudo a mamar o rendimento minimo porque são todos muito coitadinhos até mete nojo...
    E esqueceste as doses de metadona que custam fortunas ao estado!Ou seja, ao povo!!!
    Viva a rebaldaria

    ResponderEliminar
  16. Anónimo9.2.10

    vejo que em nisa de momento não á problemas de toxicodependentes, é triste saber que se veem ás claras e haver só uma meia duzia de coméntários, vejo que os pais de NISA andem descansados abria um á parte sejam finos porque á muitos jovens em nisa a começar a consumir drogas pesadas por isso meus amigos pais não ignorem tal coisa porque isso é uma vida que não quero pra ninguém, eu pessoalmente não me coloquei nesse ramo mas tenho 1 familiar que o fez e hoje não sei se está vivo ou morto por isso não queiram passar por nenhum ponto que passei nem a minha familia eles invetam tudo que voçes pais ignoram não acontece só aos outros também acontece a nóz e a vida é isso alertava a todos os pais de nisa e não só que lessem o artigo da margarida do principio ao fim e que vejam bem onde andam os vossos filhos. É UMA VIDA BASTANTE DURA A toxicodependenCIA NÃO SÕA UNS SÃO TODOS NÃO IGNOREM SE O VOSSO FILHO QUER DAR-VOS UMA PALAVRA NÃO IGNOREM SE ELE QUER ATENÇÃO PORQUE PODE SER TARDE DEMAIS. não me identifico mas terei sempre esse aperto no coração , não saber onde está o meu familiar amigo, a todos os filhos de nisa espero que tomem essa noticia com bons olhos porque amanhã pode ser tarde, a todos 1 abraço de amizade e carinho.

    ResponderEliminar
  17. Anónimo12.2.10

    Os pais confiam nos filhos ( se vêem os filhos dos outros, lembrem-se que os vossos também podem fazer, muitas vezes eles fazem-se de "santos" e juram aos pais que são os outros) como se não bastasse, há professores que têm pactos com eles.
    Se os alunos não "fizerem ondas" nas aulas, os professores não contam aos pais o que eles aprontam.
    Tudo isto se sabe dentro da escola ( professores, empregadoe a lunos) e os dirigentes também encobrem.

    Um dia vão acordar para esta dura realidade,em tudo na vida...vale mais prevenir.

    Viva a rebaldaria!

    ResponderEliminar
  18. Anónimo19.2.10

    Pois... metadona para os toxicodependentes há (mesmo que seja para conjugar com mais uma dose de heroína). mas quem tiver dor grave, que já não seja aliviada com morfina (ou seus derivados), ou terá que ir ao fundão ou para a conchichina, porque a metadona só existe para "os coitadinhos" dos toxicodenpentes. este é um país de injustiças!!!!!!!!!

    ResponderEliminar
  19. Anónimo19.2.10

    Para quem julga que o charro não causa dependência aqui fica alguma informação.
    p.s. "dependência" é muito mais do que dependência física!!!!!!!!!

    Canabinóides
    Nomes de Rua: Chamon, Charro, Chocolate, Erva, Ganza, Hax, Hash, Liamba

    Apresentação

    A cannabis, a mais popular das drogas ilegais, pode ser conhecida por diferentes nomes de rua como charro, chamon, liamba, erva, chocolate, tablete, taco, curro, ganza, hax, hash, maconha, óleo (óleo de haxixe), boi ou cânhamo. Os canabinóides são derivados da planta Cannabis Sativa e são considerados drogas psicadélicas (leves), alucinogéneas ou depressoras.

    Existem três formas de preparação:
    • "marijuana ou erva" - preparada a partir das folhas secas, flores e pequenos troncos da Cannabis Sativa. Provém de várias “castas”, sendo a mais forte o Skunk (quanto mais forte, maior a quantidade de THC, a substância que provoca os efeitos).
    • "haxixe" – preparado a partir da resina da planta fêmea, a qual é transformada numa barra de cor castanha, com o nome coloquial de "chamom". É potencialmente mais tóxico do que a marijuana, dado que o seu conteúdo em THC (até 20%) é superior ao desta (de 5% a 10%). Os tipos de resina ou haxixe mais comuns são o marroquino, o libanês e o pólen.
    • "óleo de cannabis ou óleo de haxixe" – preparado a partir da mistura da resina com um dissolvente (acetona, álcool ou gasolina), que se evapora em grande medida e dá lugar a uma mistura viscosa, cujas quantidades em THC são muito elevadas (até 85%).
    Estas substâncias são principalmente consumidas por ingestão e inalação. Quando fumada, a cannabis é misturada com tabaco em cigarros feitos manualmente ou em cachimbos. Em algumas culturas africanas ou do Caribe, bebem-se tisanas feitas com esta droga e água. Pode também ser preparada sob a forma de bolos (neste caso os seus efeitos são intensificados).
    Apesar de ser principalmente usada para fins recreativos e sociais, terapeuticamente podem ser utilizada como antiemético oral para tratar as náuseas provocadas pela quimioterapia ou como relaxante.
    A substância activa (delta9-tetrahidrocanabinol ou “THC”) é responsável por quase todos os efeitos característicos destas substâncias. As cannabináceas são absorvidas pelo pulmão ou pelo tracto gastrointestinal com rapidez, sendo depois assimiladas pelas gorduras do organismo, libertando-se no plasma. No Sistema Nervoso Central, o THC actua sobre um receptor cerebral específico, sendo a maior concentração nos gânglios basais, hipocampo e cerebelo.



    Efeitos

    Os canabinóides podem provocar prazer, bem-estar, euforia, intensificação da consciência sensorial, maior sensibilidade aos estímulos externos, ideias paranóides, confusão de pensamentos, sonolência, relaxamento, instabilidade no andar, alteração da memória imediata, diminuição da capacidade para a realização de tarefas que requeiram operações múltiplas e variadas, lentificação da capacidade de reacção, défice na aptidão motora ou interferência na capacidade de condução de veículos e outras máquinas.
    Quando ingerida em lugares desconhecidos com pessoas com pouca experiência, esta droga pode ter efeitos negativos como sintomas de ansiedade e ataques de pânico, aos quais se podem acrescer sintomas de depressão.
    Em termos físicos pode ter consequências como o aumento da pressão arterial sistólica quando se está deitado e diminuição da mesma quando se está de pé. Aumento da frequência cardíaca, congestão dos vasos conjuntivais (olhos vermelhos), diminuição da pressão intra-ocular, foto-fobia, dilatação dos brônquios, tosse ou diminuição do lacrimejo.
    Estes efeitos surgem repentinamente e persistem durante 2 a 4 horas, variando consoante as doses, da potência da droga, da maneira como é consumida, do humor do consumidor e das experiências anteriores.

    ResponderEliminar
  20. Anónimo19.2.10

    (continuação de: mais do que dependência física)

    Riscos

    Doses elevados podem provocar ansiedade, alucinações, ilusões e sensações de paranóia, resultando em sintomas de uma psicose tóxica.
    O consumo crónico pode também implicar o empobrecimento da personalidade que pode manifestar-se através de apatia, deterioração dos hábitos pessoais, isolamento, passividade e tendência para a distracção. De destacar é o “síndroma amotivacional” que se faz acompanhar de uma diminuição da capacidade de concentração e memorização.
    O consumo de canabinóides pode colocar o indivíduo em risco de desenvolver bronquite e asma. Para além disso, risco de cancro do pulmão aumenta, uma vez que o fumo é inalado mais profundamente. A nível endócrino, salienta-se a possível diminuição da testosterona, inibição reversível da espermatogénese no homem e a supressão da LH plasmática, que pode originar ciclos anovulatórios na mulher.
    As mulheres com consumos crónicos podem vir a ter filhos com problemas de comportamento.
    Torna-se perigoso misturar cannabis com álcool dado que a mistura pode provocar um colapso temporário e vómitos.
    A possibilidade de overdose não se coloca. Seria necessário ingerir ou consumir doses astronómicas para causar overdose..
    Ainda não são completamente conhecidas as consequências que a cannabis poderá ter para a saúde dos seus consumidores.


    Tolerância e Dependência

    A tolerância ocorre apenas em grandes consumidores e a dependência é também reduzida.
    Síndrome de Abstinência
    A síndrome de abstinência é leve e pode manifestar-se através de ansiedade, irritação, transpiração, tremores ou dores musculares.

    ResponderEliminar

Obrigado, volte sempre...