quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Filhos de Nisa e o Queijo de Nisa


“É um queijo curado, de pasta semidura, de tonalidade branco amarela, fechada, com olhos pequenos, obtido por esgo-tamento lento da coalhada, após coagulação do leite cru de ovelha, estreme, por acção de uma infusão de cardo (Cynara Cardunculus, L.)”. Mantém a forma tradicional de fabrico e revela características atribuíveis ao leite e, portanto, à forma tradicional de maneio das ovelhas.

O uso da Denominação de Origem Protegida obriga a que o queijo seja produzido de acordo com as regras estipuladas no caderno de especificações, o qual inclui, designadamente, as condições de produ-ção de leite, higiene da ordenha e conservação do leite e fabrico do produto. A rotulagem deve cumprir os requisitos da legislação em vigor, mencionando também a Denominação de Origem Protegida. O Queijo de Nisa deve ostentar a marca de certificação aposta pela respectiva entidade certificadora.

Comercialmente pode apresentar-se sob a forma de merendeira, com peso compreendido entre 200 a 400g ou sob a forma normal, com peso compreendido entre 800 a 1.300g.


Carloto e Carloto, Lda
Maria Dinis Venâncio
MONFORQUEIJO, CRL
QUAL, Queijo do Alentejo, Lda
SOTONISA, Sociedade Lacticíneos Lda"

http://www.rotadossabores.com/index.php?option=com_content&task=category§ionid=5&id=65&Itemid=87


Que tem o povo de Nisa a dizer sobre o Queijo de Nisa?
Estamos a fazer um bom trabalho?
Que se poderia fazer mais para divulgar e promover o nosso queijo?

30 comentários:

  1. Anónimo10.2.10

    Tenho a dizer que adoro os do monte queimado.Com um pãozito a sair do forno, ai mãe!

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  2. Anónimo10.2.10

    os queijos, tal como os enchidos, a lã, o azeite, a olaria pedrada e outros produtos tradicionais de Nisa estão quase a desaparecer.
    A região demarcada "estendida" até Monforte ao sabor e aos caprichos da política "arrumou" de vez o que restava do "queijo de Nisa". Temos o nome e outros o proveito.Houve quem se aproveitasse e bem do "queijo de Nisa", mas também deve ser dito que no concelho poucos ou nenhuns produtores fizeram qualquer esforço para impedir o "roubo" da denominação.
    Quem foi mais esperto saíu a ganhar. O resto é conversa.

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  3. RUI FOUTO10.2.10

    queijo de nisa é de comer e chorar por mais no algarve esta ben divulgado eu estou na catalunya e tenho o prazer de o saborear gracas a uns amigos algarvios que me trazen é da sotonisa RUI FOUTO

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  4. Anónimo10.2.10

    Rui porque não pedes directamente a Nisa?...
    As tuas tias ou primas decerto que te mandavam os queijos.
    Em Nisa ainda se fazem bons queijos

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  5. Anónimo10.2.10

    Sobre o queijo de Nisa, acho que nunca deve perder as características e qualidades já referidas no spot.
    Conseguir-se-á uma maior venda de houver uma conjugação de esforços entre a autarquia e os diferentes produtores de queijo.
    Por outro lado os produtores do queijo de Nisa não devem exagerar no preço do mesmo para que o QUEIJO seja, ainda, mais vendido. Quanto mais caro for o preço do queijo menor será a sua venda, e isto é verdade…
    Se houver vontade dos produtores,( que deviam acabar com a compra de leite de Espanha, peço desculpa a quem não o faça,) penso que os queijos passariam a ser melhores e ficariam com mais prestígio, porque o genuíno de NISA é realmente bom porque se come e chora-se por mais.
    A edilidade com a colaboração dos produtores do queijo de NISA, que são muito mais do que os que são referidos na introdução, podem fazer com que o nosso principal, e melhor, embaixador, em vendas, e divulgação, do nosso concelho, chegue a mais lugares de Portugal e do estrangeiro. Termino dizendo que um queijo de Nisa, da Queijaria Fortunato, não referida no vosso texto, foi muito apreciado numa cadeia de Supermercados na Ilha de S. Miguel, Açores, onde predomina o queijo da Ilha.

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  6. O VELHO QUE SE FARTA DE LER AS ACTAS DA CMN11.2.10

    Penso que o que se poderia fazer para divulgar o queijo de Nisa, era para mim, desde logo, criar uma Associação dos Produtores do Queijo de Nisa, com o objectivo de produzir queijos verdadeiros, ou seja genuínos,..”queijos curados de pasta semidura, de tonalidade branco amarelada, fechado com olhos pequenos, obtido por esgotamento lento da coalhada…”
    Esta futura Associação, se ainda não existir, a ser criada só por vontade dos produtores passaria a ter funções, e naturalmente competências, no problemática, de grande importância
    para os queijos, das relações entre os produtores e a a CMN, assim como um papel crucial em todas as feiras e exposições de queijos de Nisa.
    Seria também esta Associação, à semelhança, do que +a feito noutros concelhos, se não me engano no de Idanha-a-Nova, há uma de queijos, que muito luta pela defesa e venda dos seus queijos, passaria a ter o papel mais importante na divulgação do queijo e consequentemente
    a colocá-lo em muito mais pontos de venda em Portugal e no estrangeiro, criando-se um rótulo mais original, adoptando-se novas estratégias de markting em fim aumentar as suas vendas.
    A Associação seria, deste modo um organismo para proteger a nossa obra prima o QUEIJO, para chamar a atenção do produtor, neste caso intervindo, e teria de fazê-lo amiudadamente, que este ou aquele não se encontraria em condições, para usar o tal rótulo, dos genuínos, e que tivesse um extraordinário objectivo FAZER COM QUE O QEIJO DE NISA SE VENDESSE MUITO MAIS, MAS SEMPRE DE ACORDO COM OS SEUS PADRÕES E NORMAS DE QUALIDADE.

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  7. Anónimo11.2.10

    queijo, olaria, artesanato, termas, natureza, são algumas das riquezas que temos e que temos que promover, divulgar, acarinhar e DEFENDER sempre. As instituições e organismos oficiais, governo central, câmara, organismos que promovem o turismo, todos eles, têm a responsabilidade e o dever de assumir a liderança de um processo de desenvolvimento para o concelho que passe pela potenciação desses aspectos. E os filhos de nisa têm que despertar e ter iniciativa. Só conjungando esforços, todos, conseguiremos.

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  8. Anónimo11.2.10

    As associações não têm resultado em Portugal, quem ainda se lembra do tempo do PREC ( Processo revolucionário em Curso), lembra-se das expropriações que foram feitas e o património delapidado.

    As que existem hoje, estão com as contas como as câmaras, tudo por má gestão ou aproveitamento.

    O que precisamos é de gente séria e honesta a trabalhar e a gerir.

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  9. Anónimo11.2.10

    e Quem promove?
    A Câmara?
    Estes estão mais preocupados em fazer perseguições aos funcionários, agora em determinados serviços da nossa edilidade nem nos corredoredores se pode passar ...
    Os computadores são vasculhado ...parece que estamos no Big Brother.
    Já que não podem malhar na oposição malham no pobrezinho, e depois os probelemas de divulgação do nosso artesanato, gastronomia, tão ricos para o desenvolvimento do nosso concelho, ficam algures escondidos em gavetas....
    O Amigo do Tintim.....

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  10. Anónimo11.2.10

    O queijo é sem sombra de dúvidas uma das nossas maiores riquezas. É com satisfação que lemos que existe finalmente uma associação. Mas pouco mais sabemos! Quais são os objectivos? Quem dirige e quem são os intervenientes? Esperemos que floresça saudável e livre. Independente, isenta do caciquismo que nos atrasa e devora. Que não seja só a tentativa vã de adiar um problema, que há muito deveria ter sido resolvido, o tratamento residual da indústria do queijo.
    Na minha opinião a politica conduzida nos queijos, vector basilar, têm sido de atrofio, incompetência, desleixo. Longos anos com lamas a descarregarem directamente na ribeira do Sôr, esta mesma que vai ao encontro do turismo snob e de elite que se vem desenvolvendo na Barragem de Montargil.
    Depois descrimina-se a população da Freguesia de Tolosa, que não acarreta orientações do poder, ciganos; enfim mauzões do piorio. Quando é o inverso, é a freguesia mais empreendedora e as suas gentes trabalhadoras e frontais, não fingem, nem fazem ámen!
    Esta indústria bem conduzida tem enorme potencial, quase suficiente para todo o concelho (somos pouco mais de 8000) girar em torno desta actividade directa ou indirectamente.
    Devemos contrapor o negativismo, a xenofobia que é transversal neste blog, há que ter espírito construtivo e de acrescento e não o bota abaixo doentio da inveja / ciúme sem argumento.
    Francisco Bizarro
    xixinha@yahoo.com

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  11. O VELHOTE DAS ACTAS DA CMN, ATÉ ESTAS ANDAM ATRASADAS..11.2.10

    UM ESCLARECIMENTO SOBRE ASSOCIAÇÔES


    O anónimo das 10:34 h disse que em Portugal as associações não tinha tido resultados, e as que ficaram fazem-lhe lembrar o PREC, ou seja a altura em que foram fundadas e que as mesmas se encontram muito mal geridas.
    Acontece que associação é …”união de esforços de várias pessoas para prosseguir um fim comum; e normalmente são até pessoas colectivas que não têm fins lucrativos,” como é dito no dicionário da Porta Editora, então uma associação é um acto de unir, nunca dividir, os produtores, neste caso de queijos, tornando-os mais fortes visto que a união faz a força.
    Se os produtores de queijo se unirem passarão a ter mais força nas vendas, mais força até na compra do leite de ovelha, mais força quando de dirigirem, ou exigirem apoios à Câmara e aos organismos do Estado Central.
    Associativismo desculpe, mas não tem nada a ver com colectivização dos meios de produção, como sucedeu de facto no famoso PREC do companheiro Vasco Gonçalves.
    Vou terminar dizendo-lhe,(mais uma vez com conhecimento de causa, aqui mesmo ao lado, tão perto de nós, que pena não termos uma geminação com Valência de Alcântara., ou com El Casar de Cáceres, que produz um bom queijo),
    em ESPANHA as associações e até as cooperativas de produtores de leite, de fabricantes de queijo, de produtores de frutas e legumes funcionam muito bem…
    E que eu saiba Espanha nunca foi, nem é comunista.
    Um último esclarecimento, ao Sr. Francisco Bizarro, penso que ainda não há nenhuma Associação criada, seria bom para o concelho e excelente/óptimo para os QUEIJOS de NISA

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  12. Anónimo11.2.10

    A via associativa é a mais adequada para defender interesses, promover inciativas, reinvidicar junto das entidades oficiais. Há por todo o país milhares de associações, sindicais, de empresários grandes e pequenos de produtores grandes e pequenos que actuam com grande sucesso. O queijo de nisa tem que ser promovido mas antes tem de ser defendido. Se possível melhorar a apresentação os olhos também comem e são sempre os olhos que determinam a compra. Há apenas algumas semanas juntamente com alguns amigos comprámos em nisa cerca de 50 queijos maravilhosos, directamenet num produtor, que nem rótulos tinham. É preciso defender a marca para que outros não se apropriem dela e combater as imitações que são vendidas como se fossem queijo genuino de nisa. Em frente com a associação de produtores, força junto das entidades oficiais, conjuguem esforços e vão em frente. mas mexam-se todos juntos, com confiança, em comunhão de interesses. Não é muito importante se a Cãmara é comunista ou socialista, se os produtores são rosas, laranjas ou vermelhos, ou outra coisa qualquer é precso acçao. afinal todos gostam de queijo. lol.

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  13. UM ANÓNIMO QUE MUITO TEM COLABORADO COM O BLOG11.2.10

    É muito curioso este bolg quando se tratam assuntos de coscuvilhice , ou seja sem qualquer interesse, aparecem imensos comentários.
    Agora que surgem assuntos sérios, de grande valor e importância para valorizar e dinamizar, mais o concelho, não há comentários, não há palavras nem quem as defenda.
    Porquê???
    Não me digam que se encontram como os políticos nacionais, de todos os partidos, que preferem a chicana política, isto é o acessório, ao essencial , ou seja: não querem que Portugal se equilibre; não querem que Portugal vença a crise e dê ao exterior, nomeadamente às agências de rating uma imagem de que somos: sérios, responsáveis, sabemos cumprir os nossos compromissos e somos gente de trabalho e de competência.
    Porém os políticos como são muito maquiavélicos preferem a ruína do país ao equilíbrio das nossas contas nomeadamente deficit e dividas ao exterior.

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  14. Anónimo12.2.10

    "Se os produtores de queijo se unirem..."

    O VELHOTE DAS ACTAS DA CMN, ATÉ ESTAS ANDAM ATRASADAS..

    Ora aqui está o que eu queria dizer: - SE...

    É muito importante que o espiríto de união esteja presente.
    No distrito qual a associação que gerou dinheiro de forma a ser autónoma e não depender de terceiros?

    Quais os sindicatos que têm defendido os seus associados se os dirigentes das mesmas estão controlados pelos meios politícos?!

    Alguém ainda têm a ilusão de que os dirigentes de algum organismo defende o direito de outros?

    Os países estão a afundar com uma crise que é mais social do que económica?

    Quando se criou a União Europeia acham mesmo que os países fundadores ( Alemanha, França,Bélgica, Luxemburgo, Itália e Países Baixos) estavam interessados na união?

    Nessa altura a união soviética comentou como é que era possível quererem fazer essa união se eles tinham tido essa experiência e não tinha resultado e estavam a fazer o camninho inverso?

    Neste momento a nossa maior ameaça é o controle por parte dos governos para instalar uma ditadura ( podem rir!), mas estejam atentos que o que se passa aqui com a TVI, SOL, Mário Crespo, etc.
    Acontece o mesmo no Brasil, aconteceu em Itália com alguns jornalistas muito conceituados e um pouco por todo o mundo. Será coincidência? Talvez não!


    Se não se consegue provar ( têm sido a incidência da explicação sobre o assunto) que houve intervenção do governo na TVI, porque é que o objectivo foi cumprido (Moniz e Manuela afastados e o jornal de sexta acabou)?

    Até o circo que a oposição monta na Assembleia é para dar a impressão que de facto existe oposição.

    O que se conversa nas reuniões dos mais poderosos do mundo, não é propriamente como vão melhorar a nossa vida ( povo), mas como nos irão controlar, há muita literatura sobre este assunto (aproveitem enquanto ainda circula), se não é verdade porque é que quem fala, escreve e divulga sobre estes assuntos é perseguido e até morto?

    Enquanto estamos entretidos a tentar ganhar o pão, o "cabresto" é colocado e nem se dá por isso!

    Se fosse o progresso e desenvolvimento que se queria implantar há muito tempo que eram dadas condições às pequenas e médias empresas para se desenvolverem e não aplicavam a carga tributária em cima delas para as esmagarem( nos últimos 3 anos foram milhares as que tiveram de fechar) e apoiaram as grandes com benefícios e até compadrios.
    O exemplo são os centros comerciais com multinacionais que onde se instalam "arrasam" com os pequenos comerciantes.

    Se não estivermos muito atentos a esta movimentação acordamos mais tarde para um terrível pesadelo.

    Fiquemos espertos!

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  15. Pensador12.2.10

    História de successo para inspirar Nisa!

    "A alentejana que deixou de ser advogada para fazer o melhor queijo do mundo

    Alta, magra, bem-falante, resposta pronta, todos a viam advogada. Cumpriu. Fez o curso, casou-se e foi para Setúbal. De manhã, tratava de furtos, homicídios. À tarde, em Lisboa, comprava aviões e hotéis para um operador turístico. Não foi feliz. Aos 33 anos, investiu 300 mil euros na queijaria Monte da Vinha. Numa vida melhor

    J á tinha pago o sinal, mas uma vaga de notícias sobre raptos no Brasil levou os pais a oporem-se a que ela fosse na viagem de finalistas de Direito. A mãe, funcionária pública, e o pai, empresário, cometeram um tremendo erro de avaliação do carácter da filha ao julgarem que cortando-lhe o financiamento a impediam de viajar. Ela estava determinada a ir "nem que tivesse de varrer o chão" para arranjar o dinheiro.

    Não foi preciso varrer o chão. Arranjou um biscate como monitora de uma excursão a Benidorm de miúdos do secundário e, como o que lhe pagavam não chegava para a viagem ao Brasil, logo tratou de cobrar comissões aos donos de restaurantes e discotecas para onde levava o seu rebanho de adolescentes.

    O calibre de Joana emerge neste episódio e os pais, que a conheciam há 23 anos, tinham a obrigação de saber que ela não se ia ficar - desde gaiata toda a gente a destinava a ser advogada, pois era muito espevitada e tinha sempre a resposta na ponta da língua.

    Alta e magricela, chefe de turma e bem-falante, lá cumpriu o destino, apesar de o desencanto com o Direito ter começado logo no início do curso. "Chegamos à faculdade e é tudo diferente do que imaginamos."

    Foi na viagem de finalistas, acabou o curso, casou-se, mudou-se para Setúbal e fez o estágio de advocacia, enquanto ganhava dinheiro a comprar aviões e hotéis para o operador turístico que lhe arranjara o trabalho de monitora em Benidorm.

    De manhã, em Setúbal, tratava de furtos, cheques sem cobertura e homicídios por negligência. À tarde, em Lisboa, desenhava e vendia pacotes turísticos. À noite, de regresso a Setúbal, era mãe e mulher. Uma vida dura, que lhe permitia viajar muito, mas rendia pouco ao fim do mês.

    Deixou o turismo e foi para o Departamento de Publicidade das revistas femininas da Abril/Controljornal, onde se demorou quatro anos. Vender páginas da Cosmopolitan, Caras ou Activa dava-lhe muito dinheiro mas pouco prazer. "Não me realizava. Não criava nada", desabafa. Farta de fumar e se enervar nos engarrafamentos, entre Setúbal e Linda-a-Velha, resolveu emigrar para o Vimieiro, uma aldeia com 1600 habitantes do distrito de Évora, com o objectivo de transformar em queijo o leite das ovelhas dos rebanhos do irmão agricultor."
    ...

    continua

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  16. Pensador12.2.10

    ...
    continuação

    "Pegou nas poupanças, pediu dinheiro emprestado e investiu 300 mil euros numa queijaria e no sonho de ter uma vida melhor. O facto de não perceber nada de queijos - excepto do ponto de vista do utilizador - não atrapalhou Joana, que herdou a costela empreendedora do pai, que ao longo da vida foi tendo negócios tão diversos como uma serralharia, uma discoteca em Évora e uma empresa de transporte de antiguidades em Paris.

    Como não há cursos que ensinem a fazer queijos e quem os sabe fazer guarda o segredo, não lhe restou alternativa senão a de ser autodidacta. Aprendeu a perceber quem tinha mãos para o queijo, que se estiver vento as ovelhas dão menos leite - e muitas outras coisas. Durante ano e meio perdeu dinheiro a fazer experiências, combinando leite, sal e cardo, até que finalmente conseguir recriar o sabor antigo que guardava na memória desde a infância.

    Hoje está orgulhosa dos queijos Monte da Vinha, que comercializa em três versões - da pasta dura ao amanteigado - e que ela, com aquele seu ar mui saleroso , classifica como "os melhores queijos do mundo".

    "Os meus queijos são diferentes porque não aprendi com ninguém. Se fossem iguais aos outros, neste momento já não havia queijaria", afirma Joana, que emprega dez pessoas, entre as quais duas engenheiras alimentares, que, em média, processam diariamente dois mil litros de leite.

    Por ano, a Monte da Vinha produz 400 mil queijos, dos quais 40% são exportados. Como está limitada na capacidade de crescimento, diversificou criando uma distribuidora de produtos de alta gastronomia, baptizada Gusteau, a partir do chef de Ratatouille.

    "Fiz bem em mudar de vida. Eu era uma advogada média e como queijeira sou muito boa", remata Joana, que, apesar de excelente garfo, continua magricela ("Tenho o metabolismo acelerado", explica) e se prepara para pôr os portugueses a comer ovas de caracol."

    http://w3.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1323559

    Solução, inovar e procurar novos mercados!

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  17. Economista12.2.10

    Jerónimo Martins atinge 1500 lojas na Polónia


    A Jerónimo Martins, que atingiu esta semana o número de 1500 supermercados na Polónia, com a abertura na terça-feira de mais uma loja Biedronka, prepara para o segundo semestre deste ano mais novidades no sector do retalho naquele país e está já a analisar alternativas para a expansão internacional do grupo.

    Num encontro ontem com jornalistas portugueses, o administrador com o pelouro do retalho em Portugal e na Polónia, Pedro Soares dos Santos, escusou-se a avançar que país ou países se perfilam no horizonte, mas adiantou que "o terceiro pilar do crescimento sustentável" da Jerónimo Martins "terá que ser um mercado maior do que a Polónia". Com 40 milhões de habitantes, a Polónia, onde a Biedronka é líder destacada no retalho alimentar com cerca de 3,7 mil milhões de euros facturados em 2009, responde já por 60% dos lucros do grupo Jerónimo Martins. Até 2012 está prevista a abertura de mais 500 lojas no país, num investimento de 900 milhões de euros, atingindo um total de duas mil na cadeia Biedronka, mas ainda "há espaço para ir mais além, sobretudo nas grandes cidades", que passam a ser agora o foco da expansão do grupo, explicou Pedro Soares dos Santos.

    Já em Portugal, as alterações este ano passam pela extinção da marca Feira Nova, passando as nove lojas com essa designação a integrar a cadeia Pingo Doce. O espaço de cada estabelecimento, que ronda actualmente os nove mil metros quadrados em média, vai porém ser reduzido para cinco mil metros quadrados, destinando-se o restante à "venda ou aluguer a cadeias de lojas que tragam tráfego de pessoas", estando já a ser feitos acordos nesse sentido "com operadores de centros comerciais". O redimensionamento não vai no entanto implicar despedimentos, garantiu Pedro Soares dos Santos.

    Eduarda Frommhold

    http://w3.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1492887

    Se não têm possibilidade de exportar directamente, pode contactar este tipo de empresas para colocar os seus produtos

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  18. Anónimo12.2.10

    "Banca: CGD e BCG lançam portal ibérico para apoiar empresários com "visão ibérica do mercado"
    Hoje

    Madrid, 12 fev (Lusa) - A Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o Banco Caixa Geral de Espanha (BCG) lançaram hoje um novo portal para apoiar empresários e empresas com "visão ibérica de mercado" que operam ou queiram operar em Portugal e Espanha.

    O portal bilingue (www.portaliberico-cgd.com) reúne toda a oferta financeira e negócio ibérico das duas entidades e insere-se no Programa Caixa Empresas - Apoio às Exportações.

    Além de aconselhamento financeiro personalizado, informação e a opinião de especialistas, o Portal Ibérico apresenta ainda dados detalhados sobre a economia ibérica, o mundo financeiro e "o melhor dos mercados financeiros"."


    http://w3.dn.pt/Inicio/interior.aspx?content_id=1493273

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  19. Anonimo12.2.10

    Ate ja se fala da biedronka aki, isso ja vai na polonia, a questao é que os grandes distribuidores raramente vêm falar com os produtores, tem de ser ao contrário, e como isto não acontece fica-se por portugal.
    Mais uma vez passa-se o mesmo que a olaria a promoção e a comercialização do produto não é bem explorada pois os produtores não têm força para o fazer.

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  20. Economista12.2.10

    Aqui está uma oportunidade de negócio para os jovens sem emprego que dominem línguas estrangeiras, podem abrir um escritório em Nisa de apoio aos pequenos empresários para assessorar nas vendas com estas grandes empresas!

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  21. Anónimo12.2.10

    Umas perguntas;

    Será que interessa exportar??
    Não se consome tudo o que produz?
    Não será mais lucrativo dar a consumir aqui do que acarretar os custos de exportação?
    Será que maior produção não acarretará decréscimo da qualidade?

    Na minha modéstia opinião, este tipo de produto, de excelência, não deve ser produzido em larga escala, e sim, os preços devem ser altos, seguindo uma politica de desnatação.

    O queijo de Nisa, o Queijo de Tolosa, os enchidos de Alpalhão e outros, as nossas paisagens e património riquíssimo devem ser integrados numa politica global de promoção do Concelho, para potência uma industria turística que que tem muito mais valor acrescentado do que a simples exportação.

    Carlos Félix

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  22. Anónimo12.2.10

    Não lhe chamo força, mas determinação.

    Há algumas semanas passou na televisão um anúncio de um grande hipermercado ( não me lembro qual) que falava no queijo de Nisa.

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  23. Anónimo12.2.10

    Se a extracção do urânio no concelho de Nisa for para avançar, então o Queijo de Nisa e as Termas são para acabar.
    É impossível conciliar as termas com a exploração de uma jaziga de urânio e com a manutenção dos produtos certificados, como queijo de Nisa.
    Todas as propostas apresentadas são para a exploração do urânio a céu aberto.

    Os que defendem a exploração de urânio que pensem bem nisto e não se deixem levar por ilusões.

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  24. Anónimo12.2.10

    Quando têm problemas lamentam-se, quando têm soluções lamentam-se...já não há pachorra!

    Querem que as coisas lhes caiam do céu? Claro que as empresas têm de ter alguém que trate das vendas, daaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!!!!

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  25. Anónimo12.2.10

    Sugestão de post.

    Margarida os casos de depressão sucedem-se e muitas pessoas nem se apercebem, podes fazer um artigo sobre o assunto?


    http://coursejournal_medicina.blogs.sapo.pt/14983.html

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  26. Anónimo12.2.10

    Agora sim, este blog está a ficar educativo!

    Força Margarida continua com temas e comentários interessantes que é disto que precisamos!

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  27. Anónimo12.2.10

    O que está na moda em lojas "Gourmet" são as coisas simples, rústicas e de qualidade, não deixem de fazê-las tanto quanto possível artesanalmente é isso que faz a diferença dos produtos industrializados, e qua habitam as nossas recordações de criança!

    Bem Haja a todas as pessoas que mantém a tradição!

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  28. Anónimo12.2.10

    Se a exploração do urãnio for para avançar acaba tudo, queijo, termas, artesanato, olaria e ... natureza que é hoje em dia um dos principais elementos de atracção do concelho. O veio principal das minas de urãnio está praticamente dentro de nisa se fosse para a frente teriamos exploração na fonte da pipa. pensem nisto nas consequências disto.não ao urãnio apostar nas riquezas que temos que ainda estão numa fase de exploração incipiente que é preciso dinamizar mas ... é preciso iniciativa das pessoas. em nisa parece que tudo depende da cãmara parece que os nizorros estão á espera que alguém faça as coisas por eles. é mais fácil criticar e deitar abaixo. vá lá ponham os orgulhozinhos bacacos e as inuteis invejas de parte e organizem-se procurem actuar colectivamente contra o que não presta e a favor do que é bom que é muito no nosso concelho.

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  29. Anónimo15.2.10

    Margarida,

    "Que tem o Povo de Nisa a dizer sobre o Queijo de Nisa? Estamos a fazer um bom trabalho? Que se poderia fazer mais para promover o nosso queijo?"

    Estas são as perguntas que fazes neste "post". Prometo que darei a minha opinião sobre o assunto, mas antes, permite-me um desvio para me debruçar sobre o comentário do anónimo das 16:37, de 12 de Fevereiro.

    Diz ele: "Agora sim este Blogue está a ficar educativo".

    Na minha opinião, este Blogue é desde o seu início educativo. Se considerar-mos que educar é formar e corrigir, facilmente se percebe que ele tem tido um sentido educacional evidente. Aqui foram abordados temas importantes para a vida da comunidade e, sem preocupação pela sua ordem de importância ou cronológica, lembro-me:

    #Houve a denúncia dessa vergonha imoral que são as lixeiras selvagens que tanto desfeiam o magnífico património paisagístico com que a natureza nos dotou;

    #Houve a denúncia desse verdadeiro atentado à saúde pública e à natureza, que são as águas residuais a ser lançadas directamente nas linhas de água, sem qualquer tratamento,, em pleno Século XXI;

    #Houve a denúncia do abandono a que tem estado a ser votado o nosso mobiliário público por parte dos responsáveis autárquicos. Recorde-se a falta de iluminação, as floreiras enferrujadas e sem flores, as estátuas eivadas de erros, as placas de sinalização colocada em sítios irracionais etc;

    #Houve a denúncia do gasto sumptuário com a Valquíria, menos no sentido do valor da sua aquisição - que é sempre subjectivo - mas mais na inoportunidade dela e pelo facto de uma peça de tal valor, por falta de planeamento, estar a ser "comida" pelo sol, sem espaço onde ser colocada.

    #Discutiu-se o problema do urânio/radão;

    #Criticou-se o apoio ao projecto Zeethoven, exterior ao Concelho, quando a nossa Benda não recebe os apoios mínimos necessários;

    #Analizou-se a classificação da nossa Escola, última no ranking das escolas nacionais;

    Todas estas discussões, caro anónimo, foram, quanto a mim, altamente educativas. Dir-me-á que houve excessos, insuficiências de linguagem e alguma desajustada paixão. Estou tentado a concordar, mas temos de reconhecer que a Autora do Blogue soube sempre pôr os pontos nos iis, como costuma dizer-se.

    Poder-se-á dizer que o móbil das questões discutidas terá sido atacar a autarquia. Não sei o que se passa na cabeça da "Alentejana", mas conhecendo nós o seu amor à terra natal e a sua grande capacidade de análise - que por vezes falha como em todos nós - facilmente se compreende que quis dar o seu contributo para melhorar as coisas exercendo o seu direito/dever de cidadania. E se os seus objectivos não foram ainda totalmente atingidos, há um saldo positivo francamente animador.Porventura pela primeira vez, a sociedade nizense sem ser nos cafés, discutiu questões essenciais à sua vida colectiva. Se ao tempo este Blogue existisse, duvido que fossem apagadas "memórias" tão arreigadas no imaginário nizorro, como as que o foram, devido às obras do Rossio .

    "Continua"

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  30. Anónimo15.2.10

    "Continuação"

    Agora procurarei dar resposta às perguntas contidas no início do "Post":
    "Que tem o Povo de nIsa a dizer sobre o Queijpo de Nisa?Estamos a fazer um bom trabalho? Que se poderia fazer mais para promover o nosso queijo?"

    A resposta para a primeira é, para mim, óbvia e não perederei tempo com ela. Quanto às outras duas, porque são complementares, procurarei responder-lhes em conjunto e prometo não copiar extractos de publicações comerciais ou de economia:-)

    Não, não estamos a fazer um bom trabalho! Se estivessemos, o nosso efectivo de ovinos não teria vindo a desparecer, o nosso número de produtores não teria vindo a diminuir e os nossos factores de produção não estariam a deslocar-se, ou melhor, instalar-se em concelhos que nem vizinhos são do nosso..

    A meu ver, seria necessário um estudo aprofundado da realidade existente, elaborado por entidade credível e, a partir dele, estabelecer um plano de desenvolvimento global para o sector. O estudo teria forçosamente de abordar todos os ângulos da questão, desde as pastagens, dos efectivos pecuários, da formação e da produção, da cadeia de distribuição e da promoção e divulgação.

    Na base de toda produção estão as matérias primas, no caso vertente, o leite. É imprescindível produzi-lo em quantidade e qualidade que propicie um projecto com adequada economia de escala e de molde a garantir a genuinidade de um produto, que faça jus ao nome já adquirido. Haveria portanto de aumentar os efectivos.

    Em simultâneo, haveria que promover o aparecimento de novos produtores, dando-lhes formação e adequar as instalações dos já existentes às exigências do nosso tempo.

    Haveria que estabelecer uma rede de escoamento dos produtos, eficaz e, simultaneamente, também, a criação de uma campanha de promoção e divulgação adequada, com participação nos principais eventos nacionais, acompanhada da divulgação de conteúdos publicitários, com recurso às abundantes novas tecnologias actualmente existentes.

    Perguntar-me-ão como e quem deveris fazer isto. Pois bem a resposta para mim é óbvia: a Autarquia. É ela que devia promover a criação de uma associação de produtores forte, a quem teria de dar o necessário apoio técnico para atingir os objectivos propostos.

    Veja-se, como exemplo, o caso da Câmara Municipal de Vinhais. Apostou nhum produto genuíno: o porco bísaro e, em torno dele, montou-se todo um sistema de produção familiar, divulgou-o, cuja divulgação tem como ponto alto a Feira do Fumeiro de Vinhais, com promoção nacional, promovendo assim o escoamento da produção, com evidentes benefícios para as famílias e para a economia da região.

    E se isto foi possível em Vinhais com um produto até então praticamente desconhecido, mais fácil se tornará com um produto, como o queijo de Nisa, com nome já feito para uma parte importante da populaçãp portuguesa.

    Para isso seria necessário que a Autarquia criasse um gabinete de apoio aos investidores, que os orientasse na organização de projectos, na obtenção de financiamentos, quer nacionais quer comunitários e em todos os passos burocráticos para os quais, naturalmente, um pequeno empresário não está tecnicamente preparado.

    Quanto a este gabinete, que fique claro que poderia/deveria servir para apoio a toda a espécie de empresários, ou potenciais empresários, dada a riqueza genuina da nossa diversificada e reconhecida produção artesanal.
    Teria assim escala suficientee adequada para uma dotação dos necessários meios humanos especializados.

    O que não podemos é ficar à espera que venha alguém de fora resolver os nossos problemas e organizr-se por nós.

    Obrigado "Alentejana", não foras tu e o teu Blogue e estas questões, não
    seriam, seguramente,tão discutidas.

    Um de Nisa (o original)

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