domingo, 31 de janeiro de 2010

Falando a sério com...os FILHOS DE NISA - PARTE I - Consumo de ALCOOL


Nuno (optou por ser chamado assim) teve o primeiro contacto com as bebidas alcoólicas aos 8 anos. À revelia do avô, que lhe pedia para ir à tasca buscar uma garrafa de vinho, aproveitava para tirar uns goles do gargalo.


"Não foi o sabor do vinho" que lhe despertou a curiosidade, nem tão pouco o estado de euforia. Nuno olhava para a garrafa como o "fruto proibido". E, como diz o ditado, este é sempre o mais apetecido.

Por volta dos 14 anos, juntou-se com um grupo de amigos e apanhou as primeiras bebedeiras. "Como tinha um problema de timidez, comecei a gostar do efeito que o álcool provocava em mim, porque me desinibia", recorda. Nuno diz ter conquistado, em conjunto com o seu grupo de pares, um estatuto de liderança na escola. "Na altura, o álcool enchia-me o ego, porque me permitia fazer coisas que no estado normal não seria possível."

Pouco a pouco, foi alimentando um hábito, sem se aperceber que, anos mais tarde, se iria deparar com a gota de álcool que fez transbordar o copo na sua vida. Já na escola secundária, aliou-se a um grupo, "uma espécie de gang", cujo principal objectivo "era beber de manhã até à noite". Nuno esperava ansiosamente pelo intervalo das 9 e meia da manhã (o maior), para se dirigir ao supermercado mais próximo e comprar uma garrafa de cerveja. "Bebia tudo quase de penalty, com mais um ou dois amigos, e até à hora do almoço já aguentava."

O álcool foi o que uniu os amigos de Nuno e o que os separou. Como nem sempre havia dinheiro para sustentar o "hábito", o grupo assumia alguns comportamentos anti-sociais. "Fizemos de tudo para satisfazer o vício", lembra. Mas o álcool empurrou-o para o "mau caminho", até que, por intervenção dos pais e da escola, o grupo se desfez. "Alguns dos meus amigos deixaram de beber, mas eu continuei", lamenta.


De cabeça cheia

Tinha acabado de completar os 18 anos e tirado a carta quando começou a trabalhar. Atingir a maioridade era a vontade de Nuno, já que a isso lhe permitia carimbar o passaporte da independência financeira e, assim, "sustentar o vício". Nesta altura, começou a sair à noite e, todos os dias, excepto ao domingo, "eram bebedeiras de caixão à cova". Por cada saída nocturna, Nuno chegava a gastar perto de 150 euros em álcool".

Começou a trabalhar com automóveis e, apesar de ser o mais novo, estava integrado na equipa, dado que praticamente todos os colegas de emprego bebiam. "Sentia-me nas nuvens, porque podia beber à vontade sem ser repreendido. Pelo contrário, ainda me davam palmadinhas nas costas. Mas estes anos, em que trabalhei neste local, ainda agravaram mais o meu alcoolismo", lamenta.

Depois, passou para a área comercial, que exigia a Nuno mais moderação no consumo, porque um funcionário embriagado não era bem visto pelos clientes. Mas, afirma, contava os minutos que faltavam para largar o expediente.

"Depois, desgraçava-me todo e fazia o rally das capelinhas.". Experimentou de tudo um pouco, mas admite que a bebida de eleição era o Whisky, porque o fazia "atingir o pico mais rapidamente."

Só ao cabo de alguns anos é que Nuno começou a apreciar realmente o que ingeria. Até conhecer o sabor e as sensações de algumas bebidas, tudo servia para saciar a "sede". "Cheguei a beber álcool etílico e after shave porque não tinha dinheiro para consumir.

Estas foram algumas das insanidades que cometi", desabafa. "Se no início comecei a beber para estar com toda a gente, numa fase posterior comecei a isolar-me. Só assim podia consumir álcool à vontade sem que ninguém me dissesse nada. Esta é uma janela do passado. De vez em quando espreito para não me esquecer de onde vim. Mas, actualmente, concentro-me no presente e na minha recuperação."

Hoje, volvidos 20 anos de consumo continuado, Nuno decidiu pôr um ponto final no antigo estilo de vida. Por incentivo da esposa, procurou os Alcoólicos Anónimos (AA), mesmo estando ligeiramente contrafeito. A primeira reunião em que participou mudou a sua vida. Ainda recaiu uma vez, no espaço de quatro anos. Mas há quase dois anos que não toca numa gota de álcool. Tem o seu próprio negócio e sente que o "divórcio" com a companheira inseparável (a bebida) foi decisivo para começar do zero.


"Fogo" que arde sem se ver


Numa sessão pública, realizada em 2008, a Sociedade Portuguesa de Hepatologia (SPH) registou números alarmantes: um terço dos jovens, com idades compreendidas entre os 13 e os 17 anos, são consumidores activos de bebidas alcoólicas. "As medidas restritivas não chegam", adianta o Prof. Fernando Ramalho, vice-presidente da SPH e responsável da Unidade de Hepatologia do Hospital de Santa Maria. Mais do que interditar, o especialista diz que é preciso formar e informar as camadas mais jovens, já que o alcoolismo é um problema do presente e do futuro.

"Quanto mais cedo se começa a beber, maior o número de indivíduos que tendem a tornar-se dependentes do álcool. Isto é especialmente grave se pensarmos nas consequências familiares, sociais e físicas. Os jovens que bebem regularmente apresentam problemas de adaptação na escola, défices de concentração e perturbações de natureza emocional." Fernando Ramalho, parafraseando o psiquiatra Daniel Sampaio, diz que "é proibido proibir". Antes de mais, "é preciso explicar as consequências do consumo exagerado de álcool" aos jovens. Um dos fenómenos que está em voga entre os jovens é o "binge drinking", expressão importada do inglês que significa ingestão rápida de bebidas com elevado teor alcoólico.

"Antigamente, o processo de alcoolização acontecia ao final de quatro a cinco horas de ingestão de vinho ou cerveja. Neste consumo compulsivo, no espaço de uma hora já existem sintomas de intoxicação alcoólica", fundamenta o Dr. Francisco Henriques, especialista em Adictologia e médico na Unidade de Alcoologia de Lisboa, integrada no Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT).
Passar das marcas

O álcool é uma substância depressora do sistema nervoso central. Numa primeira fase contribui para um aparente estado de euforia. Mas, passado este efeito, tem uma acção oposta. "Em termos emocionais, o álcool diminui a tolerância à frustração. O seu consumo é, muitas vezes, usado como meio de diversão e de socialização", completa Francisco Henriques.

Hoje em dia, "a precocidade da idade de início do consumo de bebidas alcoólicas é uma realidade preocupante", confessa o Dr. Samuel Pombo, psicólogo clínico do Hospital de Santa Maria. "Na década de 70, os jovens começam a ingerir álcool aos 18 anos. Mas, actualmente, essa média de idades ronda os 13 ou 14 anos." Mas não só mudou a faixa etária, como, ainda, o padrão de consumo e o modo como os jovens se relacionam com a bebida. Se até há uns anos, a ingestão de álcool passava pela cerveja ou vinho (às refeições), hoje em dia, as escolhas recaem sobre a ingestão quase compulsiva de shots ou bebidas brancas (destiladas).

"Esta questão é preocupante nos jovens, porque o cérebro e o fígado não estão preparados para um consumo alcoólico antes dos 18 anos. Se o uso de álcool for sistemático e continuado, ao final de um ano já se sentem os efeitos perversos. O cérebro perde a capacidade de memorização, de concentração e de raciocínio abstracto", informa Francisco Henriques.

"Uma 'bebedeira' serve para se aprender qual a zona limite de consumo. A relação com o álcool torna-se perigosa quando não há um controlo sobre o momento em que se deve parar autonomamente", aponta o mesmo especialista.

"Nas primeiras experiências com as bebidas alcoólicas, os estudos indicam uma maior preponderância dos factores sociais e psicológicos, ao passo que na dependência do álcool os factores biológicos parecem ter maior relevo", adianta Samuel Pombo.

Segundo o psicólogo clínico, "os factores genéticos parecem influenciar a resposta do adolescente ao efeito do álcool". Um jovem "com elevada tolerância ao efeito tóxico do álcool tem maior risco de desenvolver problemas com esta substância", acrescenta. Se a estes factores se somar "os mecanismos neurobiológicos, um contexto social e cultural vigente (permissivo ao consumo de álcool e alcoolização), pode-se esperar um potencial de abuso de álcool bastante inflacionado". Um adolescente que "inicie um consumo aos 13 anos e que mantenha a sua regularidade, tem uma forte possibilidade de desenvolver dependência alcoólica aos 18 ou 19 anos", garante Rita Lambaz, psicóloga da Unidade de Alcoologia de Lisboa.


Misturas explosivas

"Actualmente, os jovens têm contacto cada vez mais cedo com o álcool, talvez pelo facto de as saídas à noite acontecerem mais precocemente", explica a Dr.ª Rita Lambaz. "Há um viver em fuga, uma pressa em crescer", justifica. Para além destes factores, quais as motivações que levam os jovens a beber? "Há uma acessibilidade da substância, um incentivo ao consumo através da publicidade e dos modelos adultos de referência, passando-se a ideia de que o álcool é inofensivo e que tem efeitos positivos", responde.

"Para alguns jovens, pode mesmo representar a inclusão num grupo de pares", esclarece Samuel Pombo. E adianta: "O álcool, integrado num processo de mimetização de comportamentos, funciona como um agente facilitador dessa integração." Em alguns casos, prossegue, "pode simbolizar um ritual de transição para a idade adulta ou um comportamento de rebeldia, face a uma realidade discordante".

Passar do que é socialmente aceitável para o limiar do consumo abusivo parece ser o padrão "típico dos jovens", considera Rita Lambaz. E por abuso entende-se um consumo regular "acima das seis bebidas, para os rapazes e quatro, no caso das raparigas". Acresce que, em ambientes lúdicos (contexto de discotecas, bares ou concertos) existe, ainda, uma certa "vulnerabilidade para experimentar outras substâncias, nomeadamente o haxixe, ecstasy, e adoptar um padrão de policonsumos", indica a psicóloga.

"É frequente encontrar jovens com necessidades de afecto, confiança, autonomia e segurança. O álcool surge como uma forma ilusória de satisfazer estas carências", justifica. A intervenção no terreno "deve pautar-se pela criação de um espaço empático, seguro, livre de críticas ou julgamentos, onde o próprio se perspectiva na nova relação com a substância".

O foco da intervenção consiste no "olhar psicológico e nas necessidades internas e específicas de cada jovem", tentando libertá-lo do espartilho da dependência do álcool. Em todo o processo educativo, os pais são a peça-chave, cabendo-lhes a responsabilidade de ensinar e supervisionar os filhos a "beber de forma adequada e com controlo", refere Samuel Pombo. "Os pais e interventores de saúde mental têm um papel fundamental enquanto motivadores da mudança de comportamento no adolescente, adoptando uma atitude empática, compreensiva, despojada de crítica. É esta a base de uma 'política' de proximidade com o adolescente", completa.


Danos colaterais

Segundo o Prof. Rui Tato Marinho, hepatologista do Hospital de Santa Maria, "serão necessários, em média, entre cinco a 10 anos de consumo excessivo para desenvolver cirrose hepática ou cancro do fígado". Mas, se um jovem começar a beber aos 13 anos, é de esperar que "por volta dos 30 anos" apresente complicações no fígado. "A cirrose e o cancro do fígado representam 10% da mortalidade em Portugal. Prevê-se que, nos próximos anos, aumente no adulto jovem, à semelhança do que se tem passado em outros países".

De acordo com o especialista, a cirrose hepática na mulher jovem aumentou 1000% no Reino Unido. Já na Rússia, a taxa de mortalidade nos jovens (perto de 90%) é a mais elevada da Europa, em parte, devido ao consumo exagerado de álcool. "A esperança média de vida do homem russo é de apenas 59 anos", indica o especialista.

"E da máxima importância continuar a passar a mensagem de que só se deve consumir bebidas alcoólicas depois dos 18 anos", reforça. Isto porque, antes dessa idade, o fígado não está preparado para o somatório das consecutivas "bebedeiras". Em consequência disso, podem resultar, a longo termo, as cirroses hepáticas, definidas pelo especialista como "uma doença que consiste na destruição do fígado e morte das suas células".

Para além das complicações hepáticas, existem outros efeitos colaterais da ingestão abusiva de álcool. "O coma é frequente em jovens com padrões de consumo 'binge drinking'. Em situações graves, os adolescentes podem sucumbir à morte por overdose de álcool, já que as quantidades consumidas de etanol ultrapassam a tolerância do organismo", informa Rita Lambaz.

Paralelamente, os acidentes de viação continuam a ser a principal causa de morte nos jovens. "O consumo de álcool, associado à pouca experiência de condução, e o acesso a veículos de grande cilindrada são factores que culminam em acidentes com graves consequências para o próprio, família e sociedade".


Prova dos níveis

-1 Cerveja = 4,5% de álcool;
-1 Copo de vinho tinto = 12% de álcool;
-Bebidas destiladas (Whisky, vodka ou martini) = 20% de álcool;
-1 Shot = a 45 e 60% de álcool. Há casos em que pode ser igual ao álcool etílico puro.


Radiografia da "ressaca"

A célebre "ressaca" é uma das consequências de quem bebeu a mais da conta. Os seus efeitos devem-se a várias causas: "Em primeiro lugar, na grande maioria dos casos, alterou-se o ritmo biológico. No período em que o organismo está habituado a descansar, teve lugar um esforço físico, não só para nos manter alerta, como também dispendido em actividades como dançar, conduzir ou relações sexuais", assinala Rui Tato Marinho.

"Devido ao excesso de bebidas alcoólicas, muitos jovens ainda mantêm os níveis de alcoolemia ao acordar. Quem ingere mais de 10 bebidas numa noite pode demorar até 10 horas a metabolizar todo o etanol. Ao despertar, ainda se podem encontrar alterações provocadas pela presença de álcool no sangue: descoordenação motora, perturbação da marcha, afunilamento da visão, diminuição do tempo de reacção e alteração da capacidade de concentração."


Plano nacional de alcoologia

Está em marcha, desde o dia 25 de Junho de 2008, a construção de um plano que visa o combate ao consumo de álcool. Este projecto contempla a implementação de mais de 80 medidas concretas, uma das quais é a alteração da idade (dos 16 passa para os 18 anos) em que é permitida a comercialização de álcool aos jovens.

"Estamos a aguardar a aprovação deste projecto por parte do Governo. Logo que haja luz verde, o próximo passo será a construção de uma proposta legislativa", afirma o Dr. João Goulão, presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT).

Para além desta medida, prevê-se a criação de uma rede de referenciação na área da Alcoologia e a regulação do consumo de álcool em Portugal. "Somos um país com um consumo de álcool elevado per capita. Mas o que nos preocupa é que, nos últimos anos, tem havido um aumento da ingestão de álcool aos fins-de-semana ou em determinados contextos, ao nível das camadas mais jovens."

Retirado de:
http://medicosdeportugal.saude.sapo.pt/action/2/cnt_id/3029/?textpage=5



QUANDO É QUE DESPERTAMOS PARA A REALIDADE QUE SE VIVE EM NISA, RELATIVAMENTE AO CONSUMO DE ALCOOL, PRINCIPALMENTE DO QUE TOCA À CAMADA MAIS JOVEM (abaixo dos 16 anos)?

NISA PROVALMENTE SERÁ O CONCELHO EM QUE SE CONSOME MAIS ALCOOL POR HABITANTE...DIGO EU!

QUAL É A VOSSA OPINIÃO?

39 comentários:

  1. Anónimo31.1.10

    A minha é que em Nisa bebesse bué.Vou a muitos lugares por esse mundo espalhados e não vejo o que vejo aqui.Acho que é um exagero.Os filhos aprendem com os pais.

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  2. Como li " tudo que é proíbido é apetecido ". Também terá que ver os espelhos em que se olham ...
    Eu já percorri três Continentes, e neles encontrei que nos países em que a bebida é proíbida estar ao alcance antes da maior idade, o indíce é elevado.
    No entando o mesmo não acontece " não há regras sem excepção ", nas famílias que tem por costume beber em moderação às refeições, ou dias festivos.
    Quem não sabe da gemada com cerveja preta para a anemia, um cálice de wisk para quem tem a tensão baixa, as sopas de cavalo, etc..
    O aumento do alcoolismo em Portugal, começou em crescente na metade dos anos 70, porque terá sido?
    O aumento na última década porque será?
    Tudo está ligado com o sistema social, que com voto próprio escolhemos viver.

    Quanto à opinião anterior, só é pena que não meta mãos à obra, e comece a dar o exemplo. Os pais não são sempre culpados, pois numa mão temos cinco dedos e nenhum é igual.

    Como néta de Nisa, faço votos para que não trabalhe no departamento encarregue da divulgação da mesma.

    Será que para quem quer que seja, não existe nada de positivo em Nisa?
    Se há divulgue-o por favor, senão o que está ainda aí a fazer?

    No caso do meu nome não sair acima do meu comentário, aí vai
    Lina Maria Louzeiro Correia Zagalo Gameiro das Neves
    pois eu como os meus, não temos medo de dar os nossos pareceres.

    Tenham todos um bom Domingo

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  3. Anónimo31.1.10

    nunca bebi tanto como kuando vim para nisa....em nisa bebe-se muito,,,,poderiamos beber agua???????poderiamos...mas nao era a msm coisa..lol

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  4. José Carlos Monteiro31.1.10

    Cara Margarida,
    Não sei se somos o Concelho onde mais álcool se consome, mas sei que a nossa juventude consome bastante. Escrevi até uma carta aberta a esse propósito, dirigida aos proprietários de estabelecimentos de venda de bebidas alcoólicas do Concelho, que foi publicada no "Jornal de Nisa", em 2009. Por tradição, por uma questão sociológica, por facilitismo dos pais, dos comerciantes e até das autoridades, todas as semanas vejo por aí algumas bebedeiras "de caixão à cova". Então "na Nisartes'09", mesmo debaixo das barbas da GNR e dos nossos autarcas, que emitem as licenças de venda, foi de estarrecer!
    À ASAE, sem prejuízo das outras autoridades, nomeadamente as policiais, compete a fiscalização, mas esta anda mais preocupada em saber se os vendedores de "brenhol" usam luvas ou não!
    Só peço, enquanto pai, que se aplique a lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas a menores de 16 anos, e que se punam os prevaricadores, apenas interessados no lucro fácil, a qualquer custo, inclusive o do desenvolvimento mental dos nossos jovens.

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  5. TIM TIM SEMPRE31.1.10

    ALGUMAS PALAVRAS SOBRE O CONSUMO DO ÁLCOOL
    O álcool é, para todos os efeitos , uma droga, mas, claro, lícita.
    A legislação proíbo a sua venda, assim como o seu consumo a menores de 16 anos, acho que o Governo devia alterar a idade para menores de 18 anos, e devia ser uma medida imediata. Estou convencido que em Nisa há muitos bares que não respeitam a “ LEI “ e consequentemente também estão a contribuir para a onda de alcoolismo que se vê na nossa terra e no país.
    PORQUE É QUE SE BEBE TANTO EM NISA?
    SE calhar, neste momento, em Nisa bebe-se imenso, e por tudo e por nada se consome e facilmente se embebedam. A corrida dos copos de vinho, tinto ou branco, simples ou traçados e das minis sagres começa com o Mártir Santo, depois são as centenas de matanças, aos fins de semana, não vai faltar o carnaval, e a Páscoa, a Srª da Graça, onde se junta a bebida com a NATUREZA, e tudo o que é natural é bom, a seguir são os feriados do 1º de MAIO e do 10 de Junho, e entra-se no período , único no Mundo, o das festas em nome dos: JOSÉS, JOAQUINS, ANTÓNIOS, FRANCISCOS, MANUÉIS…e logo são as festas dos nascidos em: 1930,1932,1933,…1940,…1945,..1950…1955.1956,1957…1960,..1965,…1970…1975…1980…. E E nunca mais acabam, mas as bebidas continuam na feira do ARTESANATO, onde o agente da Sagres, sempre o fornecedor da Feira, porque razão?, vende milhares de litros de bebidas alcoólicas, pelo S. Martinho, muitas castanhas e vinho, pelo Natal é comer e beber, mas há uma vantagem é dentro de casa e a FESTA ao álcool termina no fim do ano com imensas bebedeiras dos 14 até aos 80 anos, em casa, em hortas ou na XL, ou no MOURA.
    Há de facto imensos alcoólicos adultos, Nisa, que todas as noites chegam a casa bêbados.
    Ora isto, também pode contribuir para o consumo de álcool nos jovens que face ao que vêem fazer, também vão fazendo, além disso ainda não consegui perceber, porque é que jovens dos 14 anos at´aos 17, andam na rua, nos fins semana, até às 2 , 3 horas da manhã… Quando chegam a casa os pais dão conta da sua entrada, e se vem ou não alcoolizados???
    Termino dizendo que em 2008, na Srª da Graça vi miúdos, alguns até de gente importante, e da família da **********, carregados de cervejas, para mostrarem que já são ADULTOS…
    Que tristeza!!!

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  6. Wally31.1.10

    temos de beber bué. é o destino. haverá coisas melhores que um remy martin ou uma palácio da brejoeira?

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  7. Wally31.1.10

    e quem fala em excesso de consumo de alcool em Nisa, só pode ser porque não conhece mais nada. Deviam de olhar pro resto do País. E em Espanha? E em França? conheço esses 2 países e é muito pior o consumo de alcool...
    Nisa nem conta nessas contas.

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  8. Parabéns pelo artigo.
    É verdade que em França e Espanha o consumo por pessoa é 0,6 acima do Português, mas o da Suécia por exemplo é 3,8 abaixo do nosso.
    Diz quem estuda o assunto, que o consumo excessivo de bebidas álcoolicas pode provocar cerca de 61 doenças...umas a mais curto prazo que outras... mas é muita doença para uns copos a mais, não será? Se calhar vale a pena pensar um bocadinho, antes de se beber o tal copo a mais...seja em Nisa ou na "Conchichina"...
    Fernanda Pedroso

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  9. Lina Maria, antes de convidarmos as visitas a entrar temos primeiro que limpar a casa...
    Nisa tem muita coisa boa, sim!Mas que não está a ser aproveitado e que está em bruto...
    A questão do alcool em Nisa está caotica...
    Tirei fotos no Martir Santo a os filhos de muito boa gente que vai pros jornais e por ai a falar do passado dos outros ( com o agravante de nem saber do que falam) quando não estão bem a ver o que têm em casa...
    Miúdos com 14 anos, todos os fins de semana em "coma alcoolico"...

    Eu também comecei a beber com 14 anos.Mas não a toda a hora. Vá lá de 15 em 15 dias...
    Quem bebia era fixe!E eu queria ser fixe também!
    Com a agravante de ser filha dos proprietários que tinham o único bar em Nisa (era assim que se sentia o meu café)a tarefa de beber para "parecer mais velha" foi um saltinho...
    Quando se diz que a culpa é dos pais, pode ser ou não. A minha mãe nunca bebeu uma bebida alcoolica e o meu pai bebia muito moderadamente.
    E eu quando comecei a beber fi-lo sem que nenhum dos dois se apercebesse, tal e qual, os vossos filhos fazem agora...
    Eu não tinha os meus pais em casa comigo!Mas vocês estão lá! Que fazem vocês? Não os vêm diferentes??? Já perceberam que estamos a falar dos nossos FILHOS????

    O alcool surge para nos fazer fugir da realidade.
    Desinibe-nos e faz-nos sentir confiantes...tudo isto é ficticio e basta acordar no outro dia para perceber isso mesmo.
    Não bebo com frequência. Mas há um dia na semana que já faz parte de uma especie de ritual.Já sei que se sair na sexta, como se diz por ai, é de caixão à cova!!!
    Uma mini aqui, uma mini ali e mais uns shots à mistura e já sei que no sábado não vejo a luz do sol...é impossivel!Sinto o corpo e a cabeça como se tivessem sido atropeladas por um cilindro!
    Diz-se que a estas pessoas se lhes dá o nome de alcoolicos de fim de semana.
    Será?
    Um alcoolico é alguém que está dependente de alcool.Eu não necessito de beber para viver...
    mas preciso de uns copos para me divertir numa noite em Nisa, caso cotrário, não me divirto... Já saí inúmeras vezes sem beber e sinceramente vou para casa a pensar a figuras que uma pessoa faz quando se encharca de bebida...
    Não sei sair em Nisa à noite sem beber umas minis!
    E como eu há muitos, para não dizer todos!
    Quando alguém está a tomar medicamentos e sabe que nao pode beber, esse alguém nem sai.Ou se sair, depressa e cedo volta para casa...
    Mudar uma mentalidade e um certo comodismo que marcam a maneira de estar dos Filhos de Nisa acho que será muito dificil...
    Mas penso que temos o dever de acompanhar os filhos dos filhos de Nisa e não permitir que comecem a beber e a fumar antes dos 18 anos pelo menos...
    POR ISSO SENHORES QUE VENDEM BEBIDAS ALCOOLICAS (supermercados, cafes, bares e etc...):
    Se estas crianças andam a beber é porque alguém lhes vende ALCOOL, ou seja, acho que está na altura de vos dizer que ou põem "mão nisso" ou no que me toca a mim, vão começar as denúncias às entidades competentes, tudo devidamente comprovado, tanto em documentos como em fotos...
    pois eu estou de OLHO EM VOCÊS!!!

    -EU GOSTAVA DE SABER ONDE È QUE ANDA A GNR???

    -ANDAM COM FALTA DE VISTA???

    -NÃO SE VÊ A QUANTIDADE DE MIÙDOS COMPLETAMENTE INDROMINADOS POR ESSAS RUAS FORA AOS FINS DE SEMANA???

    -ONDE È QUE ANDA A TRABALHAR A NOSSA POLICIA QUE À NOITE QUE NÃO SE VÊ EM LADO NENHUM???

    -E VOCÊS QUE DÂO AUTORIZAÇÃO AOS VOSSOS FILHOS PARA ANDAR POR AI ATÈ DE MANHÃ COM IDADE DE ESTAREM MAS È EM CASA A JOGAR LEGOS, SÒ LAMENTO QUE A SEGURANÇA SOCIAL NÂO TENHA CORAGEM PARA FAZER O QUE FAZ COM MUITOS PAIS POBREZINHOS....

    -A NOSSA AUTARQUIA TAMBÈM TEM CULPA!PRINCIPALMENTE QUANDO LICENCIA 54 CAFÉS EM NISA...viva a rebaldaria!!!Mas eu já estou como o outro que diz, quem não consegue tomar conta do que tem em seu poder, como poderá tomar conta dos outros...

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  10. Susana31.1.10

    Isto tudo é bem verdade!Porque é que os miúdos perdem a vontade e o aproveitamento escolar em Nisa?
    Precisamente por causa disso.
    Quando os pais descobrem já é tarde. Não conseguem re-estabilizar a situação...
    é nessa altura que eles dizem que já não querem estudar!Querem trabalhar.Ganhar o seus dinheiro, beberem e fazer o que lhes dá na real gana sem ter de aturar os sermões dos pais.
    Estamos a educar muito mal os mais pequenos.
    Na escola embebedam-se e ninguém faz nada!
    Isto para não falar em charradas.
    Onde vão buscar dinheiro para isso?
    Quem lhes vende as bebidas?
    Em Nisa 75 % da população acima dos 14 anos bebe...
    os outros 25 % correspondem as esposas que não bebem e os idosos que tomam medicamentos...
    Onde é que isto vai parar???????

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  11. Sónia31.1.10

    Boa Guida!
    Bebe-se muito em Nisa.
    Mas também é isso que nos faz querer ir ai no martir santo, feira da gastronomia, senhora da graça...etc
    Nós só ai vamos de vez enquando, mas o certo é que quando vamos é para ver a familia e os amigos e lhe arrumar uns canecos.
    Acho que o facto da bebida ser mais barata ai também ajuda.
    Um whisky em lisboa num bar qualquer custa 7 euros.
    com sete euros ai bebo 3...
    Acho que deveria haver uma maior fiscalização por parte das autoridades nos bares e cafés. Igualmente, é importante aumentar os preços que não seja nos fins de semana à noite.
    Contra mim falo, porque só bebo bebidas brancas.
    não gosto de cerveja...

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  12. Anónimo31.1.10

    Alcoolismo, Heroína e outros Cavalos


    É um grave problema social, consumos exagerados de substâncias que se consumidas com moderação não surtirão efeitos tão nocivos. E não está só nas que provocam os chamados estados influenciados agora já legislados e criminalizados na condução automóvel mas endeusados no dia a dia. É o caso do adormecimento mental diário provocado pelo álcool nos homens que saem do trabalho e a esposa na espera em casa. A noite prometedora e o adolescente em orgias que começa no álcool e acaba na 1ª primeira experiencia da droga, de heroína, haxixe ou outra. Depois de 2 ou 3 repetições de cavalo, reparaste que serve para tudo, que não há nada melhor “enquanto há efeito”, o que não percebeste é que já tas agarradinho. A tua vida pode ter dado uma volta, é como apanhar a sida ou desenvolver cancro, vais ter que lutar. Se tiveres a cabeça boa e coragem podes vencer… Painel de controlo! Pode ter sido abalado, mas usa-o, não consumas! Só por hoje. Consegues uma semana?

    Há quem beba copos todos os dias, há quem beba 5 minis, há quem se perca e fecha o Boqueirão. Há quem coma tanto e se sinta morrer de gordura! As adições só nos fazem mal, controla os teus consumos mas… mas por favor não consumas “cavalo”.
    Pereira

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  13. UMA ANÓNIMA QUE VIVEU EM NISA E AGORA ESTÁ LONGE31.1.10

    UMA RESPOSTA À MARGARIDA E AO WALLY SOBRE O ÁLCOOL
    A Margarida, como administradora do blog, sabe escrever e não tem papas na língua, porém às vezes deixa no ar suspeições como a que escreveu…”Por isso senhores que vendem bebidas alcoólicas ( Supermercados, cafés , bares e etc…)
    Se estas crianças andam a beber é porque alguém lhes vende ÁLCOOL…” E quem é que lhes vende as bebidas Dona Margarida? Pela sua ordem começam por ser as empresas da distribuição alimentar, onde é EXPRESSAMENTE PROIBIDO VENDER BEBIDAS ALCÓOLICAS A MENORES DE 16 anos, mas a administradora para criar a confusão resolveu começar por estes e sabe perfeitamente quais são os sítios onde o álcool é vendido a menores, principalmente nas sextas-feiras e sábados, quando há escola, e noutros dias quando a juventude menor de idade está de férias.
    Também fiquei indignada com um tal Wally, que fez a apologia nua e dura do álcool ao ponto de fazer propaganda a um brandy francês, muito caro e a um verde alvarinho considerado um dos melhores do Minho.
    Além desta propaganda barata, e de nível provinciano e grosseiro, veio dizer com, muita experiência, pelos vistos, que os nisenses, e os portugueses, não bebem praticamente nada quando são comparados com os espanhóis e os franceses, estes sim são verdadeiros bêbados.
    Será que o Sr. Wally anda a fazer estágios, de como julgar mais rapidamente cidadãos alcoolizados, em Espanha e em França???

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  14. Aqui a DONA MARGARIDA não está a criar confusões nenhumas!falei nos três locais onde podem comprar alcool...esqueci-me de restaurantes!
    Mesmo que não comprem directamente, pedem a alguém que já tem 16 anos para lhes comprar...
    A LEI É PARA CUMPRIR!!!
    Mas perante a forma como fala parece que tem um supermercado e está ofendido (a)...deixe-se de palhaçadas e perceba que o que está aqui em causa é o consumo de alcool por parte de menores...que mania de perseguição!

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  15. Wally31.1.10

    Em primeiro lugar, REMY MARTIN é um cognac, o Palácio da Brejoeira a que me refiro é uma aguardente excelente, apesar de adorar também o vinho verde da mesma marca.
    Em segundo lugar, eu só julgo os políticos, porque tenho um hábito de ir sempre votar, hábito que nunca entendi muito bem, mas enfim, a democracia tem destas coisas.
    Não sou Juiz para julgar seja quem for, nem tenho ambição de tal coisa.
    Deus me livre e guarde.
    E em terceiro lugar toda a gente sabe quem é um tal de Wally, porque todos me conhecem.
    Sou bêbado conhecido e não um alcoólico anónimo.
    E por fim, não gosto de anónimos, são cobardes.
    Sempre dei a cara, não era aqui me ia esconder.
    Boas noites e boas ressacas.
    Elas matam, mas moem.

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  16. A ANÓNIMA QUE VIVEU EM NISA31.1.10

    Não consigo perceber que o blog traga um tema, bastante bem elaborado, contra o consumo de ÁLCOOL, nos jovens, com menos de 16 anos, e surpreendentemente deixa publicar spots fazendo a apologia da álcool. Alas o propagandista, pelos vistos, muito conhecido em Nisa, gosta imenso de Remy Martin, que afinal não é um brandy,. Mas sim segundo, o experto, é um conhaque, e eu acrescentar-lhe-ei que é o equivalente uma aguardente velha, de origem francesa, custando cerca de 35,00 euros, ou seja bebida demasiado fina para estudantes.
    Há aqui um dilema: a directora bate no álcool, em quem o vendo e já agora também se devia ter lembrado que os tais jovens, podem, disfarçadamente, retirar bebidas de casa dos pais, mas para quê ter preocupações com esta questão se o famoso Wally, que detesta anónimos, que não quer julgar ninguém, que gosta de apanhar umas valentes camisolas, vem para aqui dizer maravilhas das bebidas alcoólicas.
    Este elemento até acha que se bebe pouco e deveríamos passar a beber mais as tais aguardentes, por ele nomeadas, para a bebedeira ser mais selecta.
    Achei que a directora do blog quando reponde usa pedras, por isso é que há tantas na sua praça, e não palavras correctas.

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  17. Wally31.1.10

    Para que se esclareça a minha posição, já dizia o meu Avô Besnica, A BEBIDA SÓ É BOA PARA QUEM A VENDE.
    Todas as bebidas alcoolicas dizem "SEJA RESPONSÁVEL, BEBA MODERADAMENTE".
    Somos adultos e responsáveis pelos nossos actos.
    Se alguém não respeita uma opinião, e não publicidade ao alcoól ( até porque isso nunca nunca farei, tenho amigos com filhos já grandotes e nunca paguei uma bebida com alcoól a nenhum que tivesse menos de 18 anos), é mais provinciano que eu.
    E o famoso Wally chama-se PAULO ALEXANDRE PIRES BENTO AMARO, pessoa altamente responsável, com capacidade humana e intelectual reconhecida por muita gente, sócio 100418 do SLB, e amigo do seu amigo.
    Quanto ao alcoolismo, é desgraça de muitos (tenho exemplos que conheço muito bem), nunca farei propaganda a isso.
    Deus me livre
    E aproveito para deixar uma mensagem a todos os jovens de Nisa, que já são poucos,escolhem bem o vosso curso superior, sejam bons nas vossas áreas e apostem numa carreira fora de Portugal.
    E para a Senhora que entrou em diálogo comigo, deixo só uma frase: "As árvores morrem de pé".
    Esta coisa da inveja deixa me triste, mas também me dá alegria: Já dizia um conhecido palhaço de Portugal, conhecido de todos: "É só inveja, é só inveja, é de cobardes que não dão luta, quem fala, quem fala mal de mim, ou são cobardes, os filhos da truta."
    Margarida continua.
    "Deus quer, o homem sonha a obra nasce".
    Quem terá escrito isto?

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  18. Anónimo31.1.10

    Se a autarquia não tivesse culpa é que eu me admirava. minha amiga cada um sabe de si e dos seus..se os pais nao se preocupam ou fazem que não é nada com eles? pois la no fundo eles sabem bem o que ttem em casa mas nao o querem ver..... agora não venhas ca dizer que a autarquia tem culpa....tudo o q acontece em nisa é culpa da autarquia? isso já é perceguissao nao margarida?

    Leonardo

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  19. Eu não disse que tinha culpa.
    Disse também tem culpa!
    Da discussão nasce a luz...
    Boa noite.

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  20. Anónimo1.2.10

    O Alexandre mais conhecido por Wally não é como esta senhora o define e dá ideia. É um optimo profissional, nizorro de gema, sem papas na lingua, livre nas palavras e nos actos e daqueles a quem conjunctura actual renegou.
    Ele pode gostar de beber o seu copo, não é uma droga ilicita! Faz parte da nossa cultura... mas hoje a terra é a tal aldeia global!
    Os teus amigos nunca te deixarão mal.
    Um saudoso abraço
    xixinha

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  21. Wally1.2.10

    Este blogue dá muita dor de cabeça a muita gente.
    Eu sou anti-comuna, mas serei sempre um grande social-democrata, porque sei que a democracia será sempre social-democrata, como nos países nórdicos.
    A minha casa é toda IKEA, porque é linda e barata, e fácil de montar. Eu tenho um GOLF (sim, é meu, paguei-o), eu tenho uma mulher excelente (sim, eu conquistei-a com o AMOR, e a guida sabe como a seduzi, com a minha tranquilidade, é a mulher da minha vida).
    Mas o wally é um grande amigo dos seus amigos.
    O Wally é maradona, e o maradona é o wally. E deixo aqui um grande abraço ao meu amigo spizi e ao seu sobrinho filipe.
    Eles sabem do que eu escrevo. Viva Nisa.
    Viva o FILIPE, ( eu estive com ele na Luz).
    E, GUIDA, boa sorte pro teu SCP.

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  22. Tu dás a boa noite e eu dou o bom dia ... já agora serás a alentejana que penso?
    Na minha intervênção anterior deveria ter começado, por agradecer por à nossa disposição tais estudos, que nem sempre nos veem parar às mãos.

    Lina Maria... antes de convidarmos as visitas a entrar, temos que limpar a casa... CONCORDO

    Por isso pergunto, os 54 bares de que falas são todos na cidade de Nisa? E com licenças dadas pelo departamento correspondente, expostas em lugar visível?
    Quando se autorga uma licença, não fazem um levantamento sobre o que aplica, situação do lugar, por ex., que não se encontre até uma distância de escolas e lugares publicos frequentados por menores de 18 anos?
    Não há horário de abrir e fechar um bar? Não há fiscais, que multem e levem preso o que está atrás do balcão a vender não só ao menor assim como ao que já se encontra bebado? Não há tribunais em Nisa, que à falta de os pais não saberem onde andam os seus filhos fora de horas, ponham os mesmos(pais) presos?

    54 bares???????? Em Nisa?

    Quer dizer que em Nisa de hoje só se preocupam em preencher os tempos livres dos maiores de idade?
    Que actividades há para as crianças, jovens depois da escola?

    Eu tinha 4 anos de idade quando a minha avó Margarida me levava a casa de uma Senhora muito conhecida em Nisa pelas suas mãos de fada para a arte de bordado, e me sentava num banquinho e ali ficava o tempo estipulado com o meu paninho, agulha e linha, e aprendi ponto pé de flor, agrião, cruz, etc.,

    Me vão desculpar e não creiam que sou uma sonsinha ou santinha, mas tive a sorte de ter uma FAMÍLIA, que me ensinou os valores da vida. E quando digo família está incluída a comunidade.
    A COMUNIDADE é responsável pelas suas crianças.

    Sou filha e néta de nicenses de raiz. Que nasceram e foram criados em Nisa até se casarem com 25/24 anos de idade. Que sempre que tiveram oportunidade regressaram e continuam a regressar, ao que seja de visita, mas regressam.

    Onde foi parar a estima própria de cada um?

    Por Deus juntem-me mesmo com as vossas diferências de cor de partido que não vos leva a lado nenhum, unem forças para salvar as crianças e os jovens de Nisa.

    Deixem de pensar em vós mesmos(adultos) e toca a juntar cada um, um grão de areia para bem das nossas crianças. Todos temos algo que aportar, para os que estarão encarregues do futuro da nossa terra.

    Eu estou longe, mas ponho-me à disposisão de quem de mim precisar.
    Talvez pela distância o único que posso aportar no momento será deixar aqui o meu e-mail, e todos os jovens que quizerem ter alguem com quem desabafar, sentirem-se livres de o fazer. Isso sim em português não em calão!!!! Mais de metade dos meus pertencem ao ensino, no meu caso tenho experiência de mais de 20 anos com crianças de 5 até jovens de 18. E não deve ter ido assim tão mal, que muitos deles casados e com filhos continuam a contactar.

    Vamos para a frente para bem dos Filhos de Nisa.

    linamaria_tetense57@live.com ou linamaria.tetense@gmail.com

    o meu e-mail fica aqui registado, que fique bem claro, somente para quem pensar que posso ajudar com as minhas palavras e experiências.

    Para mandar-me para o diabo que carregue, por favor façam-no no blog dos FILHOS DE NISA.

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  23. A ANÓNOMA QUE VIVEU EM NISA1.2.10

    A invejosa dar-te-á a resposta mais tarde, porque primeiro estão as obrigações e depois as devoções. E já agora é MENTIRA que todas as bebidas digam no rótulo, ou no contra rótulo: SEJA PRUDENTE, BEBA MODERADAMENTE. Enganou-se porque isto é dito pela PREVENÇÃO RODOVIÁRIA. E se tem dúvidas posso citar-lhe imensas sem esse dizeres.
    Por agora chega, já consegui que não fizesse a PROPAGANDA, ridícula, grosseira e claro saloia ao álcool...

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  24. Lina Maria, bom dia!

    Tendo em consideração a distância e os anos de afastamento da nossa Vila de Nisa passarei a explicar-lhe melhor.

    A Alentejana sou eu sim, Margarida Barreto Oliveira.
    Há dois meses fiz um post que se chama "Bora ai ao café" que está lá mais atrás. Contabilizamos os cafés, bares e tascos e ao todo são 54. O café do Manso fechou, mas como vai abrir a Taverna da Vila, continuam a ser 54...

    Todos eles foram lincenciados pela câmara. Uns mais antigos outros mais recentes. Só na nossa familia há 2. O Dom Dinis e o café da minha mãe.
    A Câmara dá a lincença sim!Sem querer saber se há habitantes para tanto "estaminé" e sem se preocupar com nada!Poderiam influênciar o investimento noutros negócios!pois podia!Mas tudo o que pode dar lucro quem abre é a câmara e pondo as pessoas a trabalhar para ela (câmara) faz com que as pessoas se tornem dependentes da mesma...isto é a DEMOCRACIA COMUNISTA em Nisa!
    Nada melhor do que ter um povo "adormecido" para tratar esta "dependencia" à vontade e sem dó nem piedade!!!


    Em Nisa não há basicamente comercio nenhum.
    Há 2 lojas dos chineses, 5 boutiques, 1 sapataria antiquissima, 4 supermercados, 6 duzia de mercearias pequeninas, 3 lojas de artesanato, 1 loja dos 300, um centro de artesanato e o centro da srª Dinis, 8 ou 9 restaurantes, 3 lojas de material de construção (tintas, ferramentas, etc), 2 bombas de Gasolina, 2 papelarias, uma grafica, 1 firma de computadores, 2 ouriversarias, 2 bancos e mais 2 ou 3 lojas de bijouterias (etc) e uma zona indústrial sem industria...
    Penso não me ter esquecido de nada!

    Nisa parou no tempo!Em 100% de população activa, 70% estão dependentes dos serviços (camara municipal, santa casa, juntas, etc). Os outros 25 % diz-se que se dedica à Agro-pecuaria, os outros 5 % ocupam esses pequenos comercios que fazem a Vila não morrer de vez...

    Já havia no seu tempo, o habito de se fazerem petiscos nas hortas, mas normalmente era só os homens. As mulheres dedicavam-se muito mais à familia.

    Os tempos mudaram e o facto de Nisa não ter ofertas ocupacionais, fez surgir esta geração ( que já começou há mais de 25 anos)que bebem desalmadamente. Contra mim falo. Ninguém sai nos fins-de-semana sem ser para encher a cabeça de bebida...

    CONT

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  25. Tira Picos1.2.10

    Sem querer tirar uma palavra do que escreveste, ainda falta falar noutras agravantes, o consumo de Droga!Há mais rusgas em Nisa por ano do que no distrito de Portalegre...
    E sem sombra de dúvidas, deixa-me dar-te os parabéns!
    No que toca a estes assuntos acho que tens todas as condições para falares destes temas sem dó nem piedade!
    Tenho orgulho em ti Margarida...
    Força!Manda-te pra frente!

    PS- Esqueceste-te de falar na construção civil...

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  26. Traduzindo!
    Nisa é uma Vila cheia de carências que por sua vez acomoda a população e faz surgir novos costumes. Antigamente as pessoas vinham a Nisa ver a familia, comer uma boa gastronomia, etc...
    Agora, principalmente os Filhos de Nisa que estão fora, vêem a Nisa nos Fins-de-semana para encher a cabeça de alcool à vontade, pois foi esse o hábito que nos foi incutido e pior!Todos nós gozamos com a situação...

    É usual nos sábados dizer-se pelos cafés:
    "-Estou que nem posso!Grande ressaca!
    -Está calado!Eu é que estou!A minha bezana foi muito maior que a tua!!!"

    Em Nisa, para não parecer tão mal, de tudo fazem um motivo para se comemorar e apanhar uma bezana...

    Porque ninguém toca nesta ferida???????
    Porque a grande maioria vive este ambiente desde que nasceu. O porque o pai é um bêbado. Ou o avô, ou o tio, ou o pai do amigo...
    E isto é motivo de gozo e não de lamentação...
    Basta ver o testemunho do Wally lá em cima.
    O Wally é uma das pessoas mais responsáveis que conheço...
    Quando falou no comentario, estava a lamentar mas gozando com a realidade que se vive em Nisa.De todo estava a fazer publicidade a bebidas alcoolicas.Quem o conhece sabe que estou a falar verdade...

    Da parte dos "grandes" que temos por cá, nada nos serve de exemplo, pois eles próprios bebem e muito mais que o povo!!!Como tal, é melhor nem entrar por ai!Mas quando cá voltar, digo-lhe quem são para que veja bem vincado nos rostos a assinatura "negra" de alcoolicos...

    Em Nisa LINA, os miúdos a partir dos 12 anos saiem até às tantas (4 da manhã). Porque o filho de A pode sair ou outro filho de B também pode.
    Se saiem e bebem têm dinheiro!
    Se bebem é porque se lhes vende bebida!
    Se saiem e não têm dinheiro, tiram bebida das garrafeiras dos pais e bebem no jardim e azinhagas...

    Se vier cá na altura da feira da gastronomia, vê bem o que estou a dizer ao vivo!!!

    A policia anda por ai sim. Mas só são chamados quando há sessões de chapada às 4 da manhã na rua precisamente porque está tudo bêbado. São sessões de chapada entre freguesias. O de Tolosa contra Alpalhão. Nisa contra Tolosa e se calhar já me estou a esticar na lingua!

    Tem de haver um maior controlo na venda de bebidas a menores, mas também tem de haver na rua, pois há muitos que trazem de casa e bebem nas ruas...

    Aliás!Perguntemos aos nossos emigrantes que vivem na França e que vêm a Nisa todos os Verões e eles que digam se é mentira o que lhe estou a explicar...

    Os pais.
    Estes estão cheios de problemas profissionais, financeiros, conjugais, familiares e estão tão cegos a olhar para os seus umbigos que nem se apercebem com o que se está a passar...

    Alguém tem de meter mãos nisto!Ou então já sei que vai abrir prai Alcoolicos anónimos por todo o lado. Já sei! Deve ser a ADN que vai tratar disto!Podem comerçar por...

    Beijos pra Familia e pra América
    God Bless Nisa :)

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  27. Anónimo1.2.10

    Qualquer dia estamos na Primavera e vão começar a surgir as esplanadas. Resultado ?
    Os pais dão-se ao luxo de ir para as esplanadas com os filhos (a maior parte crianças) até às tantas da manhã e só saem quando a mesa estiver cheia de cervejas vazias ou quando já estiverem com uma boa azoadela. Logicamente que mais tarde estas crianças vão imitar os pais.

    Será que estes pais sabem o que é ir ao cinema, ou aos sábados com histórias, fazer um piquenique no campo ?
    Isso não sabem, mas de certeza que sabem onde é o bar do Zaba, do Bocas e do Pedro.

    É esse o futuro que querem para os seus filhos ?

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  28. JOÃO QUINTEIRO1.2.10

    Sempre se bebeu e bebe muito em nisa, tambem ja passei a idade em que nos fins de semana bebia uns copos a mais...........mas o problema quanto a mi nem sao os copos que se bebem, mas sim a maneira como as pessoas se comportam com os copos . eu felizmente bebia os meus copos ( tambem nada de exageros) e nunca me portei mal nem andei a porrada nem a partir carros, nem no gamanço. as mentalidades estao incutidas e ha muita informaçao , logo cada um bebe aquilo que quer e tem que acarretar com as consequencias dos seus actos.obviamente que nao sou a favor da venda de bebidas alcoolicas a menores, mas de uma maneira ou de outra quem quer beber sempre arranja.... JA AGORA UM PEQUENO APARTE.....OH WALLY AGORA TAS MUITO FINO, SO BEBIDAS CARAS, HA UNS ANOS ATRAS ATE BEBIAS BRANDYMEL COM FORMIGAS. VE LA SE VENS PAGAR UM COPO AO TEU AMIGO , POIS PORQUE NÓS APESAR DE PEQUENINOS JA SOMOS MAIORES DE IDADE. ABRAÇO

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  29. Anónimo1.2.10

    Nisa é reconhecida internacionalmente não pelos queijos, nem pelos bordados muito menos pela holaria... Mas sim, porque em Nisa se consome em exagero e de forma compulsiva alcool e drogas!!!
    MArgarida fazes um trabalho excelente, com este blog, dizem.... seria mais importante corrigirem o nome de uma estátua, o preocuparem-se me arranjarem formas de intervir com os adolescentes/jovens para que esse gravissimo problema melhorasse... talvez se esqueçam que os menores que já consomem alccol e drogas, serão o vosso futuro..... se agora se queixam, nem quero imaginar como será daqui a uns anos....

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  30. A ANÓNIMA QUE VIVEU EM NISA2.2.10

    UMA RESPOSTA AO FAMOSO WALLI

    Afinal obriguei-o a reflectir, e a ter que afirmar que não estava a fazer a apologia do alcoolismo, como chegou a dizer e a defender com o conhaque Remy Martin e a Aguardente Palácio da Brejoeira, e isto podia ter sido evitado se o Sr. tivesse respeitado o assunto que estava a ser tratatado.r.
    Por outro lado não havia necessidade de trazer para a praça pública a sua visa privada em que salienta que tudo, em mobiliário, é IKEA e até tem um Golf….
    Sobre os móveis só lamento que em vez do IKEA, multinacional sueca, que explorar a mão de obra chinesa, do Tibete e da Índia, porque assim estamos a dar dinheiro aos estrangeiros, que insisto são EXLORADORES, 90% do que vendem é Made in CHINA, não tenha comprado esses móveis na MOVIFLOR, empresa 100% PORTUGUESA…

    Adeus e da minha parte acabou a troca de galhardetes, que seja muito feliz com o Remy Martin e com as suas óptimas ideias.

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  31. Tira Picos2.2.10

    ò ANONIMA QUE VIVEU EM NISA, como viveu em Nisa e não conhece o WALLY???
    Você obrigou a quê? a reflectir????
    Toda a gente aqui sabe que o Wally não estava a fazer publicidade a nada. Apenas estava a ironizar um problema gravissimo que esta directamente a afectar Nisa...
    Olhe faça um buraco na terra como as avestruzes!!!
    É só disto!Haveria de mandar o Wally comprar a mobilia, mas àquela senhora que tinha cá uma fabrica e que foi corrida à pedrada pela presidenta...assim era mobilia portuguesa e feita em Nisa!!!

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  32. Beato Filipe2.2.10

    A Moviflor é uma empresa de capital Português com parceiros de negócio que vão da Ásia á América Latina e á Europa...

    Sobre a IKEA em Portugal
    A IKEA trabalha com fornecedores portugueses desde 1974, tendo aberto escritório de compras em Leça da Palmeira em 1986.

    Cada um que tire as suas ilações...mas isto apenas serve para dizer que até a Mobiladora Nisense trabalha com madeira proveniente de outros países! Mais espantoso é nós evitarmos comprar produtos nas lojas de chineses e vamos a um qualquer supermercado comprar umas ferramentas ou uns sapatos...e voilá! MADE IN CHINA! Alguns "Golf" até são produzidos em Portugal, mas de onde julgam que vêm as peças?

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  33. Abstémio2.2.10

    Tal como em Nisa também na Rússia ( coincidência? ou conspiração?), o presidente russo, mandou duplicar o preço do vodka para acabar com os alcoólicos, hihihihihihhii!
    Boa ideia a adoptar por aqui?! Toda a gente bebe, do vizinho da frente à vizinha de cima, porque será? para esquecer?

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  34. Anónimo2.2.10

    Até me admirava, se o Beato filipe não viesse opinar...
    Bela hora para opinar...
    E o trabalho?
    Ah pois, o trabalho, não há...
    Já está feito da semana passada

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  35. Beato Filipe3.2.10

    Pelos vistos temos a PIDE aqui instalada...o senhor anónimo por acaso sabe o meu horário de trabalho?

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  36. Wally3.2.10

    obrigado a quem me compreendeu. Ainda há gente que pensa pela sua cabeça e aceita a opinião alheia.
    Quanto à IKEA e à Moviflor, a primeira trabalha com todo o mundo e é uma empresa reconhecida pela sua responsabilidade social.
    A segunda, dizem que é portuguesa, mas nada é feito cá.
    A IKEA tem uma fábrica própria de madeiras em Paços de Ferreira (penso que Paços de Ferreira não é na China ou noutro qualquer lugar do Sudoeste Asiático, pois não?) e trabalha muito com vidros e loiça portuguesa (todas as peças dizem onde são feitas e eu tenho em casa muitas feitas em Portugal).
    Não sei os números, mas entre empregos directos e indirectos, e peso na economia portuguesa é de certeza muito mais importante que a Moviflor.
    Mas não sei esses números, só digo isto por convicção, pelo aquilo que vejo e leio na imprensa.
    Quanto ao GOLF e à VW, só pode ser afirmações de quem não conhece uma empresa ali pros lados de Palmela (Palmela também não é no Sudoeste Asiático, pois não? Acho que não, porque já lá fui de carro e não passei nem o Mediterrâneo nem africa) chamada Autoeuropa.
    A Autoeuropa, quando chegou a Portugal, representava 10 % do PIB anual.
    Felizmente o País cresceu (e cresceu, porque quando alemães cá chegaram estávamos muito mal) e neste momento esse peso no PIB decresceu bastante.
    Comprar um VW é investir em Portugal e nos Portugueses.
    Todos sabem o quanto essa empresa representa em Portugal.
    O Golf não é feito em Portugal, mas tem muitas peças feitas em Portugal.
    É montado cá um irmão gémeo do Golf, o conhecido EOS.
    Mas só vê quem quer ver.
    Já dizia o outro, o pior cego é o que não quer ver.
    Bem, agora vou pra Luz porque o tempo já escasseia.
    Boas noites e tomem pastilhas Rennie.
    (vamos ver se eu não tenho de tomar algum mais logo).

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  37. NISA É UM CONCELHO DE GENTE HUMILDE E TRABALHADORA

    O consumo de álcool em Portugal e, claro, também em Nisa é uma problema CULTURAL. Enquanto pessoas somos um produto do contexto social em que nascemos, crescemos e vivemos. Os hábitos, usos e costumes reproduzem-se e passam de geração em geração, independentemente da vontade das pessoas. Existe como que uma «teia» , uma pressão social que não se vê mas que actua forte e que nos leva a «copiar» e «reproduzir», quase que «mecanicamente», comportamentos mesmo quando inadequados. Como alguém escreveu “os filhos seguem o exemplo dos pais”, “os mais novos seguem o exemplo dos mais velhos”. Nós conhecemos a realidade que se vive em Nisa, mas temos que fazer um esforço para entender porque é que somos o que somos e não outra coisa.

    Em primeiro lugar convém termos em conta que antes de sermos filhos de Nisa, somos filhos de um País que “ocupa a 10ª posição no que respeita a consumo de álcool, num total de 177 países, com um consumo médio de 11,5 litros de álcool puro por habitante”, segundo um estudo da OMS referente ao ano de 2008 publicado na internet pela Cruz vermelha Portuguesa. A nível nacional, a pressão social para o consumo de álcool é portanto, muito, muito alta.

    Em segundo lugar, no que respeita a Nisa, temos que ter em conta o nosso passado para percebermos o que somos hoje. Vivi até aos 15 anos numa das aldeias do concelho, ainda no tempo da ditadura, e guardo na minha memória o contexto social prevalecente na altura (finais da década de 50, meados a década de 60). A célula base do convívio social eram as «tabernas», locais de conversa, de divertimento e lazer (jogos de cartas, do fito, etc) e de consumo de álcool, não raro de cenas de pancadaria. Os homens quando regressavam do trabalho não iam directos para casa, iam directos para a taberna. Muitas vezes chegavam a casa, era inevitável com o tal «grão na asa». As tabernas eram frequentadas apenas pelos homens as mulheres não tinham lá entrada . As mulheres não bebiam. As «regras» sociais condenavam em absoluto o consumo de bebidas pelas mulheres e eram completamente tolerantes para com os homens.

    Outra forma de convívio eram as «patuscadas», feitas mais pela malta solteira, com petisco e muito vinho. Os casados bebiam nas tabernas. Outra forma de convívio eram os jogos de futebol com a inevitável patuscada no final e claro muito vinho. O convívio também se fazia nos «bailes», oportunidade para as raparigas se mostrarem e arranjarem os seus namoricos. Nos bailes não havia álcool. E … este quadro repetindo-se dia após dia … mês após mês … ano após ano … década após década, fez com que a vida da generalidade dos chefes de família girasse à volta do trabalho (sustento da casa e dos dependentes) e dos copos. Daqui resultou a transformação da anormalidade que é o consumo excessivo de álcool, numa normalidade socialmente aceite. Mas nem todos eram considerados bêbados, estes eram apenas os que «não conseguiam» chegar a casa e caiam pelo caminho, os outros eram normais.
    (Parte I)

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  38. Parte II)

    A reprodução dessas relações sociais, a passagem de pais para filhos, sem qualquer controlo, desses hábitos, usos e costumes, provocou fortes constrangimentos no campo dos comportamentos que ainda hoje se sentem com enorme força. E mais, praticamente todos esses aspectos foram potenciados no pior que têm pelas alterações que as formas de vida foram tendo ao longo dos anos.

    Às tabernas sucederam os bares, muito mais sofisticados e com maior oferta de álcool; aos bailes sucederam-se as discotecas, também com oferta abundante de álcool; as mulheres adoptaram (vai lá saber-se porquê … ) alguns hábitos e vícios que eram quase exclusivo dos homens e passaram a frequentar os mesmos espaços onde a oferta de álcool é dominante. E assim chegámos, como nisenses e como portugueses, ao que temos e somos hoje, uma sociedade que comporta a essência dos problemas de ontem, potenciados com os problemas resultantes do dito «desenvolvimento» apenas «disfarçados» com as novas formas que a vida foi tomando.

    Estamos perante um problema global com forte incidência no nosso concelho, sim é verdade. Herdámos uma herança pesada de muitas décadas (desiludam-se os saudosistas porque as causas profundas vêm mesmo do tempo da ditadura) como portugueses e como nisenses. MAS EU RECUSO-ME A ACEITAR QUE NISA SEJA UMA TERRA DE BÊBADOS, DE ALCOÓLICOS E DE DROGADOS!!! E sei que Nisa não é o concelho onde se consome mais álcool. Tenha-se em atenção que há concelhos em Portugal onde desde sempre todos beberam /bebem (?), os homens, as mulheres e até a crianças (estas porque pequenas tinham direito a um copo pequenino). Em Nisa durante décadas o consumo foi feito pelos homens e ainda hoje seguramente que grande parte das mulheres não bebem. E muitos homens e jovens também não bebem.

    Mas estamos perante um problema sério, muito, muito sério!!! (aproveito para felicitar a Margarida por o ter colocado e pela forma como o colocou). Então que devemos fazer?

    OS MAIS NOVOS TENDEM A COPIAR OS ADULTOS PRINCIPALMENTE OS PAIS

    A base de tudo é a MUDANÇA DE COMPORTAMENTOS de todos e de cada um, cada um no seu lugar, no seu papel: os pais, as escolas, os amigos, os autarcas, as associações, o governo, TODOS numa frente ampla contra uma CULTURA e um tipo de sociedade (onde o consumismo desenfreado e o lucro tudo comanda), que traga a preocupação com as PESSOAS para primeiro plano. Mas o papel principal cabe aos pais, a intervenção dos outros agentes é necessária mas neste caso é secundária. Os pais porque são os heróis dos filhos e estes copiam-nos, têm de mudar comportamentos, têm que fazer o que os «avós» não conseguiram fazer, têm que se libertar dessa «teia» social que a todos constrange e influencia, que nos «empurra» para consumirmos álcool e drogas como se isso fosse normal e importante, ser positivos, melhorar a auto-estima, ser bons exemplos. E «aproximar-se» dos filhos, dedicar-lhe mais tempo, ser pedagógicos, evitar atitudes repressivas. Se têm problemas com as 6ªs feiras fiquem em casa. Ajam. Não fiquem à espera que outros façam o trabalho que só os pais podem fazer. E acho que não vale a pena estarmos a «acusar-nos» uns aos outros porque somos todos «vitimas» do mesmo contexto social.

    Nota Final:
    (Sou um filho de Nisa. Aos 15 anos deixei a aldeia e os pais e migrei, sòzinho, para Lisboa. A última vez que bebi «a sério» tinha 16 anos. Consegui libertar-me da «teia», da «pressão social». Os meus filhos não bebem. É possível, querendo).

    BOA SORTE!!!

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  39. Anónimo5.2.10

    Ora aqui está uma boa desculpa para o director do agrupamento fazer chegar ao ministério da educação:
    - A escola está em último lugar? Sim, e a razão é porque as crianças bebem muito álcool e têm os neurónios adormecidos quando vão para a escola!
    Nisa podia ser diferente? Podia...mas não era a mesma coisa,lol

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