segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O Alto Alentejo como um dos últimos paraísos rurais do velho mundo, na linha da Provença e da Toscânia


CONVIDADOS: ÁLVARO DOMINGUES E JOÃO NUNES
"A paisagem é aquela coisa que corre, ao longe, nos vidros dos nossos carros". Será só isto a paisagem? Aquilo que fazemos do território quando o ocupamos e trabalhamos? Dias depois de o The New York Times ter classificado o Alto Alentejo como um dos últimos paraísos rurais do velho mundo, na linha da Provença e da Toscânia, o geógrafo Álvaro Domingues e o arquitecto paisagista João Nunes debatem sobre o que é e sobre o que podia ser a paisagem portuguesa. Sobre as falácias da expressão "desenvolvimento sustentável", sobre auto-estradas e estradas secundárias e sobre como salvar os queijos de Serpa ou os enchidos beirões. Uma emissão surpreendente.

http://camaraclara.rtp.pt/

Grande reportagem.Agradeço à pessoa que me enviou esta mensagem...

10 comentários:

  1. "Anónima"24.11.09

    Escusado será dizer, que não se fala de Nisa...
    logo, alguma conclusão poderemos tirar disto!Nisa terra de queijo e enchidos, bordados e cantarinhas esquecida, em 360 dias e lembrada em 5 por causa do José Cid!É triste não é!?Como haveremos de mudar esta situação?!

    Para quem não sabe:

    A Toscânia, em Itália, é um lugar de fantasia. Cidades como Florença e Siena ou a região de Chianti tornam a Toscânia num dos destinos turísticos mais procurados em Itália.

    Montes e Vales:

    Grande parte da beleza e da mística da Toscânia deve-se às paisagens campestres. Montes, vinhas e villas. Desde Quintas rurais a ‘villas’ para alugar, a oferta agrada tanto ao turista de luxo como ao mais aventureiro. O aluguer de um automóvel poderá revelar-se como uma boa ideia para quem pretende explorar a região.

    Comércio:

    A emergir enquanto centro de negócios, podemos encontrar na região da Toscânia empresas de sucesso nas áreas do mobiliário, moda e artesanato. São estas empresas que colocam a região no Século XXI, enquanto os habitantes e a cultura mantêm o olhar no passado.

    Destino de férias:

    Para quem aprecia o romance, a tradição e a cultura, a Toscânia será, sem dúvida, um dos destinos a considerar. No entanto, mesmo para quem procura passar férias em cidades cosmopolitas, esta região de Itália não será, certamente, uma desilusão.

    É lamentável que continuemos a ver outros a evoluir e não consigamos ter força para acompanhá-los!

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  2. Anónimo24.11.09

    Pioledo disse:
    http://camaraclara.rtp.pt/
    No ultimo domingo, 22 Novembro, o programa "Camara Clara" da RTP2 (cujo o link aqui deixo)foi dedicado ao tema do território português - paisagem, património, tradição, memórias e estratégias.
    A escolha (urgência) deste tema surge, e passo a sitar, "Dias depois de o The New York Times ter classificado o Alto Alentejo como um dos últimos paraísos rurais do velho mundo, na linha da Provença e da Toscânia".
    Esse Alto Alentejo do qual Nisa faz parte... um dos ultimos paraísos rurais do velho mundo!!! AO NÍVEL DA TOSCÂNIA!!!
    Podemos até relativizar a opinião desta revista, a TIMES, no entanto é uma edição de referência e não só nos EUA.

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  3. A evolução de Nisa regrediu. Diz-se que o motivo se deve ao desvio do trânsito nacional que por cá passava...
    Os Srs. Arquitectos dizem neste programa que o Alto Alentejo (onde se inclui Nisa) tem toda uma riqueza ao nivel da Toscânia. Eu também penso que sim. Se Nisa não fosse um concelho com "milhentas" situações que se destacam pela positiva, quando tudo foi destruido entre a batalha de Dom Dinis e seu irmão, o assunto tinha ficado "arrumado".
    Temos paisagens nunca vistas em lugar algum. Daí a emergência num turismo rural, com qualidade e monetáriamente acessivel.

    Já repararam que são poucas as vilas do nosso distrito que têm isso?!Temos uma gastronomia riquissima para todos os amantes de "um bom garfo". Já repararam que não há um restaurante em Nisa que se dedique única e exclusivamente à nossa gastronomia?!Quando vem alguém de fora temos de andar a perguntar de "tasco" em "tasco" onde há maranhos?!

    Temos um artesanto fantástico que se fosse acompanhando a evolução dos tempos, não se perdia por esse mesmo tempo?!Posso falar disso!A minha mãe tem clientes do minho a encomendar cortinados "inventados por ela".A minha mãe criou uma coisa que nunca tinha sido feita em Nisa:Encharpes para cerimónias em "ponto cadeia".Como a minha mãe há muitas que sabem o que estão a fazer, sem retirar créditos a ninguém, a srª Dinis Galucho, tem feito muito por nós!O centro de artesanato igualmente, mas têm que inovar!

    A nivel do barro, porque não criar moldes e "reinventar" pequenas peças, como candeeiros, bancadas de cozinha, paredes pedradas, e estava aqui até amanhã!Infelizmente não tenho dinheiro!
    Não critico a câmara nesse sentido.A Câmara investiu em formações para senhoras se especializarem em loiça pedrada.Assim que se apanharam com o dinheiro na mão,...ala que é cardoso!E isso desmotiva que fez e quem quer continuar a fazeer.Uma coisa é certa! Nisa não quer trabalhar...

    Senhores(as) executivos(as) da Câmara Municipal,gostaria de vos deixar aqui uma idéia.
    Tendo em consideração que a "Nisartes" recebe essas pessoas todas que com tanto orgulho assumem, porque não, começarmos já neste próximo ano, a valorizar o vinho "terras de Nisa", do Sr. Joaquim Figueiredo e ajudamos quem não teve medo de investir e que trabalhou!Como fazê-lo?! Obrigando quem quer ir ganhar dinheirinho para a feira a representar apenas e exclusivamente o vinho da nossa terra. Não só divulgamos o produto, como não deixamos a idéia morrer.Quem sabe se daí não poderá vir a resultar uns postozinhos de trabalho.
    *Pensem nisso*

    Margarida Oliveira

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  4. Carla Sofia24.11.09

    Só quem já visitou Itália, percebe de que magia e fantasia se sente quando lá chegamos.
    As paisagens podem ser comparáveis, mas as pessoas são de todo diferentes, às do no pais.
    A gastronomia pode ser degustada, no seu esplendor de sabores deliciosos e aromáticos ( esteja preparado para engordar uns quilitos).
    Hoteis de arquitectura impar e jardins maravilhosos, produtos de imensa qualidade apesar de rústicos.
    Facilidade em conseguir trocar de casa para férias, com familias italianas.
    Um bom exemplo a seguir...

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  5. Toumarado24.11.09

    Estou viciado neste blog...porquê não sei!
    A continuar assim vou ter de ser internado para desintoxicação,lol

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  6. Toumadivertir24.11.09

    Falaram em paraíso... conheço alguns que dizem isso, mas é antes de virem para cá viver.
    A malta até pensa que por cá haver muito espaço chegou à terra encantada, não pensa é que se fugiram daqui por alguma coisa foi?!
    Com o tempo percebem que afinal era só propaganda,lol

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  7. Álvaro Santos24.11.09

    Já experimentaram viajar pelo estrangeiro e dizerem que são portugueses?
    Têm sorte se perceberem que Portugal fica na Europa, já me aconteceu perguntarem-me se ficava em África?!
    O que se responde neste caso?
    Ficamos a pensar, que a ideia que temos de que o mundo gira à nossa volta, está desfazada da realidade e que de facto somos tão insignificantes que nem em bicos de pés, chegamos longe...

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  8. Maria Antónia24.11.09

    Proponho que se faça publicidade neste blog. Assim todos ficamos a saber onde fica o quê?
    Com tantas visitas, ficamos a saber quem vende o quê! Já aprendemos onde fica o D. Dinis e os outros comerciantes?
    Uma boa forma de financiar este blog que bem merece!
    Sabem que outro dia andava um carro de reportagem da RTP à procura da Oficina do bordado e foi uma trabalhera...ao fim de perguntar a cerca de 8 pessoas, o rapazito teve de telefonar para a câmara a perguntar?!
    Tá explicado ou querem um desenho?

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  9. Anónimo24.11.09

    Boa noite

    Caríssima Alentejana estou, no essêncial, de acordo com as suas observações. Urge apostar objectivamente naquilo que de melhor temos para oferecer a quem nos visita: artesanato, gastronomia, etnografia, termas e turismo de natureza! Mas apostar seriamente, com projectos de fundo, e não de forma pontual e desgarrada! De que nos serve uma Feira de Artesanato, recentemente travestida em Nisartes, se ao que é genuinamente nosso não se lhe dá o devido lugar de destaque, basta olhar para divulgação que é dada aos grupos do Concelho, basta olhar para a importância que a restauração local dá à gastronomia tipicamente nisense, é urgente a criação e divulgação de um circuito que integre as artes tradicionais deste Concelho e outro para a gastronomia local e integrar aqui as queijarias e como muito bem disse a Adega do Sr. Joaquim Figueiredo. Relativamente à inovação no a nosso artesanato chamo a atenção para o fantástico trabalho feito pelo Tiago Pires com o projecto 6050.Fashion, este é apenas um dos exemplos que devem ser seguidos! È claro que, em última análise, serão sempre as entidades competentes a estimular e motivar, criando as condições necessárias para que estes preciosos recursos que em cima mencionei, sejam definitivamente transformados em produtos de qualidade! Fica aqui o meu incentivo para que tal aconteça muito em breve!
    Só para concluir, caríssima Alentejana, a propósito da sua observação acerca da Batalha entre Dinis e o seu irmão o Infante D. Afonso, aconselho-a a fazer uma leitura atenta do livro "Nisa, A Outra História" do Prof. Carlos Tomás Cebola, vai ver que, se calhar, não foi bem assim!

    Diogo Machado

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  10. Anónimo24.11.09

    Bem revindo Diogo Machado!
    Concordo consigo e assino por baixo!

    Ficamos á espera de novas crónicas, mas peço-lhe desde já um favor não faça como fez no passado recente e não politize muito as suas opiniões , ok?
    Os filhos de Nisa agradecem, mas no essencial estamos de acordo, se bem que faltou aí falar de uma coisa muito importante também para o desenvolvimento turistico.
    falo concretamente do turismo ligado à arqueologia e aos monumentos históricos, patrimoniais e naturais e nisso Nisa é exemplo de grandeza.

    Um abraço

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